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domingo, 30 de setembro de 2012

Palma. Uma planta sem beleza- Alexandro Soledade




Dia 1º de Outubro
Lc 9,46-50

Bom Dia!
Essa história foi escrita no ano passado, mas tem um tremendo valor ainda no dia de hoje
“(…) Houve certa vez um conferencia sobre todas as plantas que existiam em uma região. Todos foram convidados a enviar seus representantes para que ao final saísse qual era a planta, árvore ou arbusto mais importante.
Horas e horas de longos debates e apresentações foram necessárias para que três espécimes fossem selecionados dentre tantas que ali se apresentaram e bravamente foram defendidas. A Sequóia americana, a Orquídea e a Palma.
A Sequóia começou a ser apresentada como a rainha imponente da floresta. Aquela que homem nenhum poderia arrancá-la do solo, pois seu porte de tronco e raízes profundas deixavam claro sua força e por ser uma arvore americana, ou seja, importada, era que tinha mais requisitos para o cargo.
Após muitas palmas, o defensor da Orquídea pôs-se em defesa dela dizendo logo de cara que ninguém consegue ser tão bela e também tão destemida como ela. Dizia ele que alguns gostam de difamá-la como fresca por gostar de pouco de sol e de muitos cuidados, mas desafiava a poderosa Sequóia a ficar presa, com suas raízes fortes nas paredes de um precipício íngreme igual ela – com o discurso provocativo a orquídea foi aplaudida de pé.
Veio então a Palma. Uma planta sem beleza, sem raízes e troncos fortes que se comparassem a poderosa Sequóia; não era bela ou de aparência agradável tão pouco intrépida ao ponto a se alojar um penhasco. Seu defensor, sem ter muito que falar pelo clima de “já ganhou” da Orquídea, pois se então a falar:
- Colegas e irmãos! Reconheço que temos pouco a apresentar para contrapor a beleza e a força dos nossos adversários. Deixo claro que não são nossos inimigos, apenas temos nossas belezas diferentes. Sinto-me feliz em estar aqui! Gostaria de apresentar a PALMA que nada mais é que um cacto. Ela não possui a beleza da Orquídea e nem a imponência da rainha Sequóia, mas creio que temos chances… Surgiram alguns risos na platéia, iguais aos dados a Suzan Boyle no programa Ídolos Inglês.
- Esta é a PALMA! O local que vive e não fácil. Lá não chove, não tem belas cachoeiras, não tem um terreno rico para mantê-la sempre bela, mas mesmo assim ela tem flores! Nunca se ouviu dizer de uma palma que se entregou, pois as condições eram adversas; nunca ouviu-se dizer que alguém quis tirar fotos com ela para mostrar o quanto era grossa e imponente; nunca se ouviu dizer seria fácil ser uma ou ter sua vida
- Atrevo-me a dizer, que não existe nada igual a ela. Animais vêm de longe para poder se alimentar dela, pois mesmo em condições extremas de calor e sofrimento permanecem vivas. A dor sempre rondou sua vida, mas mesmo assim era uma referencia para quem tinha fome
- Por fim, creio eu, que certo dia numa cidade do deserto, quando viu um homem ser levantado numa cruz por coisas que não fez, homem esse também sem beleza ou força física, a motivou a também a se dar pelos outros sem precisar perder o que ainda tinha de belo que eram suas flores. Deixo, portanto a escolha para vocês!
“(…) Cresceu diante dele como um pobre rebento enraizado numa terra árida; não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos; como aqueles, diante dos quais se cobre o rosto, era amaldiçoado e não fazíamos caso dele. Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós. Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador”. (Ele não abriu a boca.) (Isaias 53, 2-7)
Conseguiu entender a mensagem? Criei essa estória para mostrar que existem coisas que ainda preciso aprender com a vida.
Um imenso abraço fraterno

Alexandre Soledade



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