Quinta-feira
- 3 de Agosto de 2017- Evangelho
- Mt 13,47-53
Bom
dia!
Será
que temos a dimensão desse reino? Temos noção concreta que todos são acolhidos
e recolhidos por essa rede? Temos ainda problemas em entender que não sou eu
que escolho quem deve entrar na rede e tão pouco quem ficará no cesto? Dom
Alberto certa vez disse:
“(…)
Nada antepor a Cristo. É esse pedido que faço hoje. Que nada passe na frente
Dele. Que nenhuma escolha, que nenhuma outra coisa seja preferida no lugar de
nosso Senhor Jesus Cristo”. (Dom Alberto Taveira)
O
Senhor um dia nos convidou e volta a nos convidar a lançar as redes, e talvez
na direção que nunca imaginei.
Por
acaso temos nos lançado mar adentro para buscar novos cardumes ou nos
acostumamos a pescar no aquário? Estamos ainda esperando que as pessoas venham
a nós? Não desacredito que o Bom Pastor as traga ao seu redil, mas não é hora
de desenterrar esse talento para resgatar o irmão ao invés de apenas ficar
esperando o meu senhor voltar.
“(…)
Quero dar um outro acento à tarefa da RCC… Chamem as pessoas para a Igreja. Por
favor, vocês encontrarão muita gente sem os sacramentos do batismo, sem 1ª
comunhão, sem crisma. Mesmo quem não é catequista formalmente, seja a pessoa
que ecoa a Palavra de Deus em sua vida, no seu comportamento para que isso
chegue a muitos. Siga Jesus sem medo de dar respostas”. (Dom Alberto Taveira)
Nossa
igreja é como Padre Joãozinho diz: um dínamo. Não é estática. O vento sopra
para onde quer e não como quero. A igreja publicou as Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 a 2015, já lemos? O Documento de
Aparecida… Estamos pondo-o em prática?
Por
vezes achei que estava sozinho, pois às vezes parece que nossas comunidades (as
pessoas) parecem andar na contramão do que a igreja pede. Vemos grupos de
oração mais parecendo com igrejas protestantes, vemos a falta de paciência e
compromisso das pessoas, vemos as pessoas não querendo ser corrigidas… Enquanto
isso quem perde são as ovelhas que desejam um lugar seguro pra voltar e quando
nos vêem brigando, fogem.
Sei que
não estou só nesse pensamento:
“(…) A
primeira experiência de São Bento foi a solidão. Uma solidão habitada por Deus.
Uma solidão digna. Ficar sozinho por si mesmo não é sadio e nem tem sentido.
Mas essa solidão habitada pela presença de Deus, essa sim é digna. Essa solidão
atraiu outras pessoas, que quiseram viver junto dele. E a família espiritual de
Bento cresceu e gerou frutos pelos séculos no mundo inteiro. Ele perdeu o medo,
encheu-se de coragem, formou pessoas e ajudou a muitos a se aproximarem de
Deus”. (Dom Alberto Taveira)
Quando
reafirmo sobre o que padre Joãozinho diz sobre a natureza dinâmica do Espírito
Santo estou colocando certa conotação a frase do Senhor “Verdades novas e
verdades velhas”… Falo isso, pois até um tempo atrás nosso foco era a formação,
o reconhecimento das pessoas dentro de nossas comunidades e a necessidade
emergencial daqueles que mais precisavam, mas hoje, movidos pelo mover proposto
em Aparecida chamado de “discípulo missionário”, temos que ir além de nossos
muros.
Nossa
formação não pode ser mais baseada em pequenas resenhas ou apostilas,
precisamos de estudo, mas realmente sólido. Documentos da Igreja, subsídios
pastorais da CNBB e principalmente um estudo mais refinado da Bíblia e da
exegênese.
Pessoas
nesse mundo estão cada vez mais sozinhas, depressivas, angustiadas e sedentas
de palavras de conforto, amizade e carinho (…) e nós aqui com uma pá na mão e
com o talento na outra, prontos para enterrá-lo.
Não é a
RCC ou o ECC ou MCC ou a Pastoral A ou B, o Espírito Santo dínamo de nossa
igreja e nossa fé nos convocando a cumprir a vontade daquele que é o Senhor de
nossas vidas:
“(…)
Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. (Mateus 28, 19-20)
Vamos
apresentar as pessoas o tesouro que encontramos e vendemos tudo para
alcançá-lo.
“(…)
Vocês entenderam essas coisas”?
Escrevi
esse texto ano passado… E o que mudou?
Um
imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário