Segunda-feira- 28
de Agosto de 2017- Evangelho - Mt
23,13-22
Bom
dia!
Gostaria
de prender sua atenção na colocação de Jesus sobre o que fazem as pessoas: “(…)
Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se
alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou.”
Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro?
Vocês também ensinam isto: “Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a
cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é
obrigado a cumprir o que jurou”…
Mais do
que estar muito bravo com a hipocrisia, Jesus demonstrava nitidamente decepção
com que se apegavam aqueles que se diziam seguidores das leis. Isso ainda
acontece muito hoje.
Alguém
já se pôs nu lugar daquele que resolve voltar ou se arrepender de algo, mas ao
dar o primeiro passo da volta pensa duas vezes como será recebido (a)? Quantas
pessoas conheço que trocaram de religião ou de comunidade em virtude dos
“santos” que o receberam no seu retorno?
Aprendi
ao longo dos anos na RCC e ao participar do Seminário de Vida no Espírito, que
há algo maravilhoso em uma das palestras ou ensinamentos chamada “o pecado e a
salvação”. Afirmo e digo que esse seminário deveria ser feito por todas as
pessoas, pastorais ou movimentos e em especial essa palestra. Nesta palestra,
em especial, tomamos noção que o pecado pode nos
afligir ao ponto de fecharmos os olhos para Deus e para sua bondade em nos
perdoar, mas o que me toca nessa palestra é que sim pecamos, mas muito maior
que nossos erros é a vontade gritante do Pai em nos ter de volta… Ou seja,
maior que o pecado é o amor de Deus.
As
pessoas erram. Você já errou e eu também e sempre na volta ou no fundo do posso
encontramos a mão segura de Deus a nos apoiar, mas a pergunta é: E eu? Eu
apoio? Eu ajudo a levantar?
Confesso
que me entristeço quando vejo irmãos e irmãos cristãos, sejam eles ou católicos
ou evangélicos, caçando bruxas! Pessoas mal amadas e mal resolvidas em suas
vidas, que tristemente até andam com a bíblia ou terços nas mãos, que dizem
amar o templo, mas sim ao ouro que esta lá depositado. Trazendo a nossa
realidade essa colocação, mais preocupados em ser um poço de
falso moralismo do que bons samaritanos.
Não
devemos cansar de perseguir e denunciar o pecado, mas termos a docilidade de
acolher ao pecador. É triste ver que a vida dessas pessoas que perseguem
cristãos geralmente não é exemplo para ninguém e não seria difícil de ver que
elas não conheceram a Deus. Geralmente quase vivem na igreja, perpetuam-se como
coordenadores, perturbam as novas lideranças, não dão espaço para a juventude e
se possível for até celebrariam no lugar do padre se pudessem…
O
evangelho de hoje não é só para mim e sim para todo aquele que se reveste do
poder ou da balança da justiça ao invés do simples e bucólico cajado do pastor.
Se dizer cristão assim é ser superficial. O cristão que Deus quer deve ir além
disso.
“(…)
Muitas vezes, temos dificuldades de ver a religião na sua totalidade e, com
isso, a reduzimos a alguns aspectos que julgamos mais importantes, mas que são
frutos na nossa subjetividade. O problema é que, na maioria das vezes, nos
prendemos ao que é acidental no plano da fé, como, por exemplo, sinais externos
ou formas de espiritualidade e nos esquecemos dos valores que de fato são
essenciais à nossa fé, seja no plano das verdades, seja no campo da
espiritualidade, seja no campo da moral ou da virtude, de modo que a nossa
religiosidade fica sendo superficial e unilateral, a religião que nós queremos
viver e não a religião que Deus quer que nós vivamos“. (Reflexão segundo a
CNBB)
Um
imenso abraço fraterno.
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