Solenidade da Epifania do Senhor – Ano
A
8 Janeiro 2017
ANO A
SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
Tema do Domingo da
Epifania
A liturgia deste
domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que
se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o
projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa
história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação,
da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.
LEITURA I – Is 60,1-6
Leitura do Livro de
Isaías
Levanta-te e
resplandece, Jerusalém,
porque chegou a tua luz
e brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a terra
e a escuridão os povos.
Mas sobre ti levanta-Se o Senhor,
e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz
e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê:
todos se reúnem e vêm ao teu encontro;
os teus filhos vão chegar de longe
e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando o vires ficarás radiante,
palpitará e dilatar-se-á o teu coração,
pois a ti afluirão os tesouros do mar,
a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos,
de dromedários de Madiã e Efá.
Virão todos os de Sabá;
hão-de trazer ouro e incenso
e proclamando as glórias do Senhor.
porque chegou a tua luz
e brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a terra
e a escuridão os povos.
Mas sobre ti levanta-Se o Senhor,
e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz
e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê:
todos se reúnem e vêm ao teu encontro;
os teus filhos vão chegar de longe
e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando o vires ficarás radiante,
palpitará e dilatar-se-á o teu coração,
pois a ti afluirão os tesouros do mar,
a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos,
de dromedários de Madiã e Efá.
Virão todos os de Sabá;
hão-de trazer ouro e incenso
e proclamando as glórias do Senhor.
AMBIENTE
Aos capítulos 56-66 do
Livro de Isaías, convencionou-se chamar “Trito-Isaías. Trata-se de um conjunto
de textos cuja proveniência não é totalmente consensual… Para alguns, são
textos de um profeta anónimo, pós-exílico, que exerceu o seu ministério em
Jerusalém após o regresso dos exilados da Babilónia, nos anos 537/520 a.C.;
para a maioria, trata-se de textos que provêm de diversos autores pós-exílicos
e que foram redigidos ao longo de um arco de tempo relativamente longo
(provavelmente, entre os sécs. VI e V a.C.). De qualquer forma, estamos na
época a seguir ao Exílio e numa Jerusalém em reconstrução… As marcas do passado
ainda se notam nas pedras calcinadas da cidade; os judeus que se estabeleceram
na cidade são ainda poucos; a pobreza dos exilados faz com que a reconstrução
seja lenta e muito modesta; os inimigos estão à espreita e a população está
desanimada… Sonha-se, no entanto, com esse dia futuro em que vai chegar Deus
para trazer a salvação definitiva ao seu Povo. Então, Jerusalém voltará a ser
uma cidade bela e harmoniosa, o Templo será reconstruído e Deus habitará para
sempre no meio do seu Povo.
O texto que nos é proposto é uma glorificação de Jerusalém, a cidade da luz, a “cidade dos dois sóis” (o sol nascente e o sol poente: pela sua situação geográfica, a cidade é iluminada desde o nascer do dia até ao pôr do sol).
O texto que nos é proposto é uma glorificação de Jerusalém, a cidade da luz, a “cidade dos dois sóis” (o sol nascente e o sol poente: pela sua situação geográfica, a cidade é iluminada desde o nascer do dia até ao pôr do sol).
MENSAGEM
Inspirado, sem dúvida,
pelo sol nascente que ilumina as belas pedras brancas das construções de
Jerusalém e faz a cidade transfigurar-se pela manhã (e brilhar no meio das
montanhas que a rodeiam), o profeta sonha com uma Jerusalém muito diferente
daquela que os retornados do Exílio conhecem; essa nova Jerusalém levantar-se-á
quando chegar a luz salvadora de Deus, que dará à cidade um novo rosto. Nesse
dia, Jerusalém vai atrair os olhares de todos os que esperam a salvação. Como
consequência, a cidade será abundantemente repovoada (com o regresso de muitos
“filhos” e “filhas” que, até agora, assustados pelas condições de pobreza e de
instabilidade, ainda não se decidiram a regressar); além disso, povos de toda a
terra – atraídos pela promessa do encontro com a salvação de Deus – convergirão
para Jerusalém, inundando-a de riquezas (nomeadamente incenso, para o serviço
do Templo) e cantando os louvores de Deus.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode
fazer-se a partir das seguintes linhas:
• Como pano de fundo
deste texto (e da liturgia deste dia) está a afirmação da eterna preocupação de
Deus com a vida e a felicidade desses homens e mulheres a quem Ele criou. Sejam
quais forem as voltas que a história dá, Deus está lá, vivo e presente,
acompanhando a caminhada do seu Povo e oferecendo-lhe a vida definitiva. Esta
“fidelidade” de Deus aquece-nos o coração e renova-nos a esperança… Caminhamos
pela vida de cabeça levantada, confiando no amor infinito de Deus e na sua
vontade de salvar e libertar o homem.
• É preciso, sem dúvida,
ligar a chegada da “luz” salvadora de Deus a Jerusalém (anunciada pelo profeta)
com o nascimento de Jesus. O projecto de libertação que Jesus veio apresentar
aos homens será a luz que vence as trevas do pecado e da opressão e que dá ao
mundo um rosto mais brilhante de vida e de esperança. Reconhecemos em Jesus a
“luz” libertadora de Deus? Estamos dispostos a aceitar que essa “luz” nos
liberte das trevas do egoísmo, do orgulho e do pecado? Será que, através de
nós, essa “luz” atinge o mundo e o coração dos nossos irmãos e transforma tudo
numa nova realidade?
• Na catequese cristã
dos primeiros tempos, esta Jerusalém nova, que já “não necessita de sol nem de
lua para a iluminar, porque é iluminada pela glória de Deus”, é a Igreja – a
comunidade dos que aderiram a Jesus e acolheram a luz salvadora que Ele veio
trazer (cf. Ap 21,10-14.23-25). Será que nas comunidades cristãs e nas
comunidades religiosas brilha a luz libertadora de Jesus? Elas são, pelo seu
brilho, uma luz que atrai os homens? As nossas desavenças e conflitos, a nossa
falta de amor e de partilha, os nossos ciúmes e rivalidades, não contribuirão
para embaciar o brilho dessa luz de Deus que devíamos reflectir?
• Será que na nossa
Igreja há espaço para todos os que buscam a luz libertadora de Deus? Os irmãos
que têm a vida destroçada, ou que não se comportam de acordo com as regras da
Igreja, são acolhidos, respeitado
s e amados? As diferenças próprias da diversidade de culturas são vistas como uma riqueza que importa preservar, ou são rejeitadas porque ameaçam a uniformidade?
s e amados? As diferenças próprias da diversidade de culturas são vistas como uma riqueza que importa preservar, ou são rejeitadas porque ameaçam a uniformidade?
SALMO RESPONSORIAL –
Salmo 71 (72)
Refrão: Virão
adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra.
Ó Deus, concedei ao
rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Florescerá a justiça
nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.
Os reis de Társis e
das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.
Socorrerá o pobre que
pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
LEITURA II – Ef
3,2-3a.5-6
Leitura da Epístola do
apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Certamente já ouvistes falar
da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação,
foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo.
Nas gerações passadas,
ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens
como agora foi revelado pelo Espírito Santo
aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus,
pertencem ao mesmo corpo
e participam da mesma promessa,
em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Certamente já ouvistes falar
da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação,
foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo.
Nas gerações passadas,
ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens
como agora foi revelado pelo Espírito Santo
aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus,
pertencem ao mesmo corpo
e participam da mesma promessa,
em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
AMBIENTE
A Carta aos Efésios
(cuja autoria paulina alguns discutem por questões de linguagem, de estilo e de
teologia) apresenta-se como uma “carta de cativeiro”, escrita por Paulo da
prisão (os que aceitam a autoria paulina desta carta discutem qual o lugar onde
Paulo está preso, nesta altura, embora a maioria ligue a carta ao cativeiro de
Paulo em Roma entre 61/63).
É, de qualquer forma, uma apresentação sólida de uma catequese bem elaborada e amadurecida. A carta (talvez uma “carta circular”, enviada a várias comunidades cristãs da parte ocidental da Ásia Menor) parece apresentar uma espécie de síntese do pensamento paulino.
O tema mais importante da Carta aos Efésios é aquilo que o autor chama “o mistério”: trata-se do projecto salvador de Deus, definido e elaborado desde sempre, escondido durante séculos, revelado e concretizado plenamente em Jesus, comunicado aos apóstolos e, nos “últimos tempos”, tornado presente no mundo pela Igreja.
Na parte dogmática da carta (cf. Ef 1,3-3,19), Paulo apresenta a sua catequese sobre “o mistério”: depois de um hino que põe em relevo a acção do Pai, do Filho e do Espírito Santo na obra da salvação (cf. Ef 1,3-14), o autor fala da soberania de Cristo sobre os poderes angélicos e do seu papel de cabeça da Igreja (cf. Ef 1,15-23); depois, reflecte sobre a situação universal do homem, mergulhado no pecado e afirma a iniciativa salvadora e gratuita de Deus em favor do homem (cf. Ef 2,1-10); expõe, ainda, como é que Cristo – realizando “o mistério” – levou a cabo a reconciliação de judeus e pagãos num só corpo, que é a Igreja (cf. 2,11-22)… O texto que nos é proposto vem nesta sequência: nele, Paulo apresenta-se como testemunha do “mistério” diante dos judeus e diante dos pagãos (cf. Ef 3,1-13).
É, de qualquer forma, uma apresentação sólida de uma catequese bem elaborada e amadurecida. A carta (talvez uma “carta circular”, enviada a várias comunidades cristãs da parte ocidental da Ásia Menor) parece apresentar uma espécie de síntese do pensamento paulino.
O tema mais importante da Carta aos Efésios é aquilo que o autor chama “o mistério”: trata-se do projecto salvador de Deus, definido e elaborado desde sempre, escondido durante séculos, revelado e concretizado plenamente em Jesus, comunicado aos apóstolos e, nos “últimos tempos”, tornado presente no mundo pela Igreja.
Na parte dogmática da carta (cf. Ef 1,3-3,19), Paulo apresenta a sua catequese sobre “o mistério”: depois de um hino que põe em relevo a acção do Pai, do Filho e do Espírito Santo na obra da salvação (cf. Ef 1,3-14), o autor fala da soberania de Cristo sobre os poderes angélicos e do seu papel de cabeça da Igreja (cf. Ef 1,15-23); depois, reflecte sobre a situação universal do homem, mergulhado no pecado e afirma a iniciativa salvadora e gratuita de Deus em favor do homem (cf. Ef 2,1-10); expõe, ainda, como é que Cristo – realizando “o mistério” – levou a cabo a reconciliação de judeus e pagãos num só corpo, que é a Igreja (cf. 2,11-22)… O texto que nos é proposto vem nesta sequência: nele, Paulo apresenta-se como testemunha do “mistério” diante dos judeus e diante dos pagãos (cf. Ef 3,1-13).
MENSAGEM
A Paulo, apóstolo como
os Doze, também foi revelado “o mistério”. É esse “mistério” que Paulo aqui
desvela aos crentes da Ásia Menor… Paulo insiste que, em Cristo, chegou a
salvação definitiva para os homens; e essa salvação não se destina
exclusivamente aos judeus, mas destina-se a todos os povos da terra, sem
excepção. Paulo é, por chamamento divino, o arauto desta novidade… Percebemos,
assim, porque é que Paulo se fez o grande arauto da “boa nova” de Jesus entre
os pagãos…
Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e único “corpo” (o “corpo de Cristo” ou Igreja), partilham o mesmo projecto salvador que os faz, em igualdade de circunstâncias com os judeus, “filhos de Deus” e todos participam da promessa feita por Deus a Abraão (cf. Gn 12,3) – promessa cuja realização Cristo levou a cabo.
Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e único “corpo” (o “corpo de Cristo” ou Igreja), partilham o mesmo projecto salvador que os faz, em igualdade de circunstâncias com os judeus, “filhos de Deus” e todos participam da promessa feita por Deus a Abraão (cf. Gn 12,3) – promessa cuja realização Cristo levou a cabo.
ACTUALIZAÇÃO
A reflexão pode
fazer-se a partir dos seguintes elementos:
• A perspectiva de que
Deus tem um projecto de salvação para oferecer ao seu Povo – já enunciada na
primeira leitura – tem aqui novos desenvolvimentos. A primeira novidade é que
Cristo é a revelação e a realização plena desse projecto. A segunda novidade é
que esse projecto não se destina apenas “a Jerusalém” (ao mundo judaico), mas é
para ser oferecido a todos os povos, sem excepção.
• A Igreja, “corpo de
Cristo”, é a comunidade daqueles que acolheram “o mistério”. Nela, brancos e
negros, pobres e ricos, ucranianos ou moldavos – beneficiários todos da acção
salvadora e libertadora de Deus – têm lugar em igualdade de circunstâncias.
Temos, verdadeiramente, consciência de que é nesta comunidade de crentes que se
revela hoje no mundo o projecto salvador que Deus tem para oferecer a todos os
homens? Na vida das nossas comunidades transparece, realmente, o amor de Deus?
As nossas comunidades são verdadeiras comunidades fraternas, onde todos se amam
sem distinção de raça, de cor ou de estatuto social?
• Destinatários,
todos, do mistério, somos “filhos de Deus” e irmãos uns dos outros. Essa
fraternidade implica o amor sem limites, a partilha, a solidariedade…
Sentimo-nos solidários com todos os irmãos que partilham connosco esta vasta
casa que é o mundo? Sentimo-nos responsáveis pela sorte de todos os nossos
irmãos, mesmo aqueles que estão separados de nós pela geografia, pela
diversidade de culturas e de raças?
ALELUIA – Mt 2,2
Aleluia. Aleluia
Vimos adorar a sua
estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor.
e viemos adorar o Senhor.
EVANGELHO – Mt 2,1-12
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Tinha Jesus nascido em
Belém da Judeia,
nos dias do rei Herodes,
quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está – perguntaram eles –
o rei dos judeus que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado
e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo
e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam:
«Em Belém da Judeia,
porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Judá,
n&atil
de;o és de modo nenhum a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos
e pediu-lhes informações precisas
sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino;
e, quando O encontrardes, avisai-me,
para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente
seguia à sua frente
e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa,
viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, caindo de joelhos,
prostraram-se e adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes:
ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram à sua terra por outro caminho.
nos dias do rei Herodes,
quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está – perguntaram eles –
o rei dos judeus que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado
e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo
e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam:
«Em Belém da Judeia,
porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Judá,
n&atil
de;o és de modo nenhum a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos
e pediu-lhes informações precisas
sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino;
e, quando O encontrardes, avisai-me,
para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente
seguia à sua frente
e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa,
viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, caindo de joelhos,
prostraram-se e adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes:
ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram à sua terra por outro caminho.
AMBIENTE
O episódio da visita
dos magos ao menino de Belém é um episódio simpático e terno que, ao longo dos
séculos, tem provocado um impacto considerável nos sonhos e nas fantasias dos
cristãos… No entanto, convém recordar que estamos, ainda, no âmbito do
“Evangelho da Infância”; e que os factos narrados nesta secção não são a
descrição exacta de acontecimentos históricos, mas uma catequese sobre Jesus e
a sua missão… Por outras palavras: Mateus não está, aqui, interessado em
apresentar uma reportagem jornalística que conte a visita oficial de três
chefes de estado estrangeiros à gruta de Belém; mas está interessado,
recorrendo a símbolos e imagens bem expressivos para os primeiros cristãos, em
apresentar Jesus como o enviado de Deus Pai, que vem oferecer a salvação de
Deus aos homens de toda a terra.
MENSAGEM
A análise dos vários
detalhes do relato confirma que a preocupação do autor (Mateus) não é de tipo
histórico, mas catequético.
Notemos, em primeiro lugar, a insistência de Mateus no facto de Jesus ter nascido em Belém de Judá (cf. vers. 1.5.6.7). Para entender esta insistência, temos de recordar que Belém era a terra natal do rei David e que era a Belém que estava ligada a família de David. Afirmar que Jesus nasceu em Belém é ligá-lo a esses anúncios proféticos que falavam do Messias como o descendente de David que havia de nascer em Belém (cf. Mi 5,1.3; 2 Sm 5,2) e restaurar o reino ideal de seu pai. Com esta nota, Mateus quer aquietar aqueles que pensavam que Jesus tinha nascido em Nazaré e que viam nisso um obstáculo para O reconhecerem como o Messias libertador.
Notemos, em segundo lugar, a referência a uma estrela “especial” que apareceu no céu por esta altura e que conduziu os “magos” para Belém. A interpretação desta referência como histórica levou alguém a cálculos astronómicos complicados para concluir que, no ano 6 a.C., uma conjunção de planetas explicaria o fenómeno luminoso da estrela refulgente mencionada por Mateus; outros andaram à procura de um cometa que, por esta época, devia ter sulcado os céus do antigo Médio Oriente… Na realidade, é inútil procurar nos céus a estrela ou cometa em causa, pois Mateus não está a narrar factos históricos. Segundo a crença popular da época, o nascimento de um personagem importante era acompanhado da aparição de uma nova estrela. Também a tradição judaica anunciava o Messias como a estrela que surge de Jacob (cf. Nm 24,17). Ora, é com estes elementos que a imaginação de Mateus, posta ao serviço da catequese, vai inventar a “estrela”. Mateus está, sobretudo, interessado em fornecer aos cristãos da sua comunidade argumentos seguros para rebater aqueles que negavam que Jesus era esse Messias esperado.
Temos, ainda, as figuras dos “magos”. A palavra grega “mágos” usada por Mateus abarca um vasto leque de significados e é aplicada a personagens muito diversas: mágicos, feiticeiros, charlatães, sacerdotes persas, propagandistas religiosos… Aqui, poderia designar astrólogos mesopotâmios, em contacto com o messianismo judaico. Seja como for, esses “magos” representam, na catequese de Mateus, esses povos estrangeiros de que falava a primeira leitura (cf. Is 60,1-6), que se põem a caminho de Jerusalém com as suas riquezas (ouro e incenso) para encontrar a luz salvadora de Deus que brilha sobre a cidade santa. Jesus é, na opinião de Mateus e da catequese da Igreja primitiva, essa “luz”.
Além de uma catequese sobre Jesus, este relato recolhe, de forma paradigmática, duas atitudes que se vão repetir ao longo de todo o Evangelho: o Povo de Israel rejeita Jesus, enquanto que os “magos” do oriente (que são pagãos) O adoram; Herodes e Jerusalém “ficam perturbados” diante da notícia do nascimento do menino e planeiam a sua morte, enquanto que os pagãos sentem uma grande alegria e reconhecem em Jesus o seu salvador.
Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu Povo; mas vai ser acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos “magos” reflecte a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se decididamente a caminho para o encontrar, perguntam aos judeus – que conhecem as Escrituras – o que fazer, encontram Jesus e adoram-n’O como “o Senhor”. É muito possível que um grande número de pagano-cristãos da comunidade de Mateus descobrisse neste relato as etapas do seu próprio caminho em direcção a Jesus.
Notemos, em primeiro lugar, a insistência de Mateus no facto de Jesus ter nascido em Belém de Judá (cf. vers. 1.5.6.7). Para entender esta insistência, temos de recordar que Belém era a terra natal do rei David e que era a Belém que estava ligada a família de David. Afirmar que Jesus nasceu em Belém é ligá-lo a esses anúncios proféticos que falavam do Messias como o descendente de David que havia de nascer em Belém (cf. Mi 5,1.3; 2 Sm 5,2) e restaurar o reino ideal de seu pai. Com esta nota, Mateus quer aquietar aqueles que pensavam que Jesus tinha nascido em Nazaré e que viam nisso um obstáculo para O reconhecerem como o Messias libertador.
Notemos, em segundo lugar, a referência a uma estrela “especial” que apareceu no céu por esta altura e que conduziu os “magos” para Belém. A interpretação desta referência como histórica levou alguém a cálculos astronómicos complicados para concluir que, no ano 6 a.C., uma conjunção de planetas explicaria o fenómeno luminoso da estrela refulgente mencionada por Mateus; outros andaram à procura de um cometa que, por esta época, devia ter sulcado os céus do antigo Médio Oriente… Na realidade, é inútil procurar nos céus a estrela ou cometa em causa, pois Mateus não está a narrar factos históricos. Segundo a crença popular da época, o nascimento de um personagem importante era acompanhado da aparição de uma nova estrela. Também a tradição judaica anunciava o Messias como a estrela que surge de Jacob (cf. Nm 24,17). Ora, é com estes elementos que a imaginação de Mateus, posta ao serviço da catequese, vai inventar a “estrela”. Mateus está, sobretudo, interessado em fornecer aos cristãos da sua comunidade argumentos seguros para rebater aqueles que negavam que Jesus era esse Messias esperado.
Temos, ainda, as figuras dos “magos”. A palavra grega “mágos” usada por Mateus abarca um vasto leque de significados e é aplicada a personagens muito diversas: mágicos, feiticeiros, charlatães, sacerdotes persas, propagandistas religiosos… Aqui, poderia designar astrólogos mesopotâmios, em contacto com o messianismo judaico. Seja como for, esses “magos” representam, na catequese de Mateus, esses povos estrangeiros de que falava a primeira leitura (cf. Is 60,1-6), que se põem a caminho de Jerusalém com as suas riquezas (ouro e incenso) para encontrar a luz salvadora de Deus que brilha sobre a cidade santa. Jesus é, na opinião de Mateus e da catequese da Igreja primitiva, essa “luz”.
Além de uma catequese sobre Jesus, este relato recolhe, de forma paradigmática, duas atitudes que se vão repetir ao longo de todo o Evangelho: o Povo de Israel rejeita Jesus, enquanto que os “magos” do oriente (que são pagãos) O adoram; Herodes e Jerusalém “ficam perturbados” diante da notícia do nascimento do menino e planeiam a sua morte, enquanto que os pagãos sentem uma grande alegria e reconhecem em Jesus o seu salvador.
Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu Povo; mas vai ser acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos “magos” reflecte a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se decididamente a caminho para o encontrar, perguntam aos judeus – que conhecem as Escrituras – o que fazer, encontram Jesus e adoram-n’O como “o Senhor”. É muito possível que um grande número de pagano-cristãos da comunidade de Mateus descobrisse neste relato as etapas do seu próprio caminho em direcção a Jesus.
ACTUALIZAÇÃO
Considerar as seguintes
questões:
• Em primeiro lugar,
meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em
confronto com Jesus: os “magos”, Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os
escribas do povo… Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, estes
distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os
“magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os
sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse
Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Identificamo-nos com algum
destes grupos? Não é fácil “conhecer as Escrituras”, como profissionais da
religião e, depois, deixar que as propostas e os valores de Jesus nos passem ao
lado?
• Os “magos” são
apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da
chegada da libertação… Somos pessoas atentas aos “sinais” – isto é, somos
capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de
Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso ca
minho a vontade de Deus?
minho a vontade de Deus?
• Impressiona também,
no relato de Mateus, a “desinstalação” dos “magos”: viram a “estrela”, deixaram
tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude
de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso
colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem? Somos capazes de
deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
• Os “magos”
representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que
acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a
imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas
cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
ALGUMAS SUGESTÕES
PRÁTICAS PARA A SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
(adaptadas de “Signes d’aujourd’hui”)
1. A PALAVRA MEDITADA
AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior ao Domingo da Solenidade da Epifania do Senhor, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa…
Ao longo dos dias da semana anterior ao Domingo da Solenidade da Epifania do Senhor, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-la pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa…
2. HONRAR AS
DIFERENTES CULTURAS.
A Solenidade da Epifania tem a sua plena significação quando as comunidades honram as diferentes culturas que as compõem e dão lugar às expressões litúrgicas dos vários países: danças, cânticos, instrumentos de música, objectos, vestes… Uma proposta, entre outras: proclamar as leituras em diferentes línguas.
A Solenidade da Epifania tem a sua plena significação quando as comunidades honram as diferentes culturas que as compõem e dão lugar às expressões litúrgicas dos vários países: danças, cânticos, instrumentos de música, objectos, vestes… Uma proposta, entre outras: proclamar as leituras em diferentes línguas.
3. BILHETE DE
EVANGELHO.
Nos passos dos Magos… Como os Magos, ponhamo-nos a caminho. Não sabemos exactamente o que será a aventura. Tenhamos confiança. Como eles, ergamos os olhos. A luz vem de Deus, deixemo-nos iluminar. Como eles, procuremos, não tenhamos demasiadas certezas. Tenhamos somente convicções, descubramos os sinais de uma presença. Como eles, ofereçamos presentes: o da oração, o do respeito de todo o homem. Procuremos agradar a Deus e aos irmãos. Como eles, aceitemos começar um novo caminho. Deixemo-nos interpelar por Deus e pelo seu Evangelho, pelos homens e mulheres deste tempo.
Nos passos dos Magos… Como os Magos, ponhamo-nos a caminho. Não sabemos exactamente o que será a aventura. Tenhamos confiança. Como eles, ergamos os olhos. A luz vem de Deus, deixemo-nos iluminar. Como eles, procuremos, não tenhamos demasiadas certezas. Tenhamos somente convicções, descubramos os sinais de uma presença. Como eles, ofereçamos presentes: o da oração, o do respeito de todo o homem. Procuremos agradar a Deus e aos irmãos. Como eles, aceitemos começar um novo caminho. Deixemo-nos interpelar por Deus e pelo seu Evangelho, pelos homens e mulheres deste tempo.
4. ORAÇÃO NA LECTIO
DIVINA.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
Na meditação da Palavra de Deus (lectio divina), pode-se prolongar o acolhimento das leituras com a oração.
No final da primeira
leitura:
Deus de luz, erguemos os nossos olhos para Ti, cheios de admiração; nós Te bendizemos, porque a tua glória ergueu-se sobre nós, arrancaste-nos das trevas e colocas-nos de pé, a caminho da nova Jerusalém.
Nós Te pedimos por todos os povos da terra que ainda vivem nas trevas e pelas pessoas que conhecemos e que procuram o fim do túnel.
Deus de luz, erguemos os nossos olhos para Ti, cheios de admiração; nós Te bendizemos, porque a tua glória ergueu-se sobre nós, arrancaste-nos das trevas e colocas-nos de pé, a caminho da nova Jerusalém.
Nós Te pedimos por todos os povos da terra que ainda vivem nas trevas e pelas pessoas que conhecemos e que procuram o fim do túnel.
No final da segunda
leitura:
Pai de todos os homens, nós Te bendizemos pela revelação do teu mistério, pela promessa que Tu destinas a todos os povos e pela herança à qual tanta desejas associá-los, na tua luz.
Nós Te pedimos por todos os missionários que partiram para longe a anunciar esta Boa Nova pela palavra e pelos actos.
Pai de todos os homens, nós Te bendizemos pela revelação do teu mistério, pela promessa que Tu destinas a todos os povos e pela herança à qual tanta desejas associá-los, na tua luz.
Nós Te pedimos por todos os missionários que partiram para longe a anunciar esta Boa Nova pela palavra e pelos actos.
No final do Evangelho:
Nosso Pai, único rei digno deste nome, nós Te louvamos pelos sinais que nos guiam para Ti e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus, estrela que está sempre presente, em todos os instantes das nossas vidas.
Nós Te pedimos pela tua Casa, que é a tua Igreja, e por todas as suas comunidades: que o teu Filho Jesus nos guie, através da nova estrela que é o teu Espírito presente nas nossas vidas.
Nosso Pai, único rei digno deste nome, nós Te louvamos pelos sinais que nos guiam para Ti e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus, estrela que está sempre presente, em todos os instantes das nossas vidas.
Nós Te pedimos pela tua Casa, que é a tua Igreja, e por todas as suas comunidades: que o teu Filho Jesus nos guie, através da nova estrela que é o teu Espírito presente nas nossas vidas.
5. ORAÇÃO EUCARÍSTICA.
Pode-se escolher a Oração Eucarística IV.
Pode-se escolher a Oração Eucarística IV.
6. PALAVRA EXPLICADA
1: A CASA IGREJA.
O Evangelho da Epifania precisa que os Magos entraram na casa. Esta palavra aparece muitas vezes nos Evangelhos. Jesus entrou em muitas casas. É na casa que Ele celebrou a Última Ceia (Mt 26,18), que Se manifestou aos discípulos e que partiu o pão, em Emaús. É ainda numa casa que os apóstolos receberam o Espírito Santo, no dia de Pentecostes. As primeiras comunidades cristãs reuniam-se nas casas para partir o pão, em Jerusalém, em Corinto, em Troas e noutros lugares (Act 1,3; 2,46; 20,7-12; 1Cor 11,19). Pelas saudações de Paulo, no final das suas cartas, sabemos que os cristãos punham as suas casas à disposição para reunir a Igreja de Deus: Gaio em Corinto (Rom 16,23); Áquila e Prisca em Éfeso (Rom 16,5; 1Cor 16,19). Durante os dois primeiros séculos, os cristãos não tinham outros locais para as suas assembleias dominicais senão as casas particulares. Consideravam-se, em cada localidade, como uma família.
O Evangelho da Epifania precisa que os Magos entraram na casa. Esta palavra aparece muitas vezes nos Evangelhos. Jesus entrou em muitas casas. É na casa que Ele celebrou a Última Ceia (Mt 26,18), que Se manifestou aos discípulos e que partiu o pão, em Emaús. É ainda numa casa que os apóstolos receberam o Espírito Santo, no dia de Pentecostes. As primeiras comunidades cristãs reuniam-se nas casas para partir o pão, em Jerusalém, em Corinto, em Troas e noutros lugares (Act 1,3; 2,46; 20,7-12; 1Cor 11,19). Pelas saudações de Paulo, no final das suas cartas, sabemos que os cristãos punham as suas casas à disposição para reunir a Igreja de Deus: Gaio em Corinto (Rom 16,23); Áquila e Prisca em Éfeso (Rom 16,5; 1Cor 16,19). Durante os dois primeiros séculos, os cristãos não tinham outros locais para as suas assembleias dominicais senão as casas particulares. Consideravam-se, em cada localidade, como uma família.
7. PALAVRA EXPLICADA
2: SÃO GREGÓRIO E O CANTO.
O Papa São Gregório I (590-604) não interveio muito pela criação de instituições litúrgicas, porque tudo estava já organizado. Mas foi um pastor devotado, numa altura em que toda a Itália sofria duras provas. Nos séculos seguintes, o nome de Gregório serviu de referência para valorizar tudo o que vinha de Roma, em particular os livros litúrgicos. Quanto ao canto gregoriano, o seu qualificativo provém de legendas do século IX, que apresentavam o Papa Gregório como o autor dos cantos da missa, que teria composto por inspiração do Espírito Santo. Os pintores e os autores de miniaturas ilustraram a cena, apresentando o Papa na sua sala de trabalho, com a pomba do Espírito Santo perto da orelha. Esta ilustração contribuiu muito pouco para vulgarizar a atribuição do canto gregoriano ao Papa. De facto, no repertório gregoriano, os textos das orações provêm de livros compilados na época carolíngia. As anotações musicais só aparecem nestes livros a partir do século XI. Antes, as melodias eram transmitidas por tradição oral.
O Papa São Gregório I (590-604) não interveio muito pela criação de instituições litúrgicas, porque tudo estava já organizado. Mas foi um pastor devotado, numa altura em que toda a Itália sofria duras provas. Nos séculos seguintes, o nome de Gregório serviu de referência para valorizar tudo o que vinha de Roma, em particular os livros litúrgicos. Quanto ao canto gregoriano, o seu qualificativo provém de legendas do século IX, que apresentavam o Papa Gregório como o autor dos cantos da missa, que teria composto por inspiração do Espírito Santo. Os pintores e os autores de miniaturas ilustraram a cena, apresentando o Papa na sua sala de trabalho, com a pomba do Espírito Santo perto da orelha. Esta ilustração contribuiu muito pouco para vulgarizar a atribuição do canto gregoriano ao Papa. De facto, no repertório gregoriano, os textos das orações provêm de livros compilados na época carolíngia. As anotações musicais só aparecem nestes livros a partir do século XI. Antes, as melodias eram transmitidas por tradição oral.
8. PALAVRA PARA O
CAMINHO.
Audácia missionária. Assembleias dominicais cada vez mais diminutas… Vocações sacerdotais e religiosas cada vez mais raras… Não reduzamos a Missão aos nossos problemas! A Estrela que se levanta na escuridão brilha para todos os povos da terra e convida-nos à audácia missionária. Que iniciativa poderíamos tomar – em comunidade paroquial, em comunidade religiosa, em equipa litúrgica – para nos abrirmos para além de nós mesmos?
Audácia missionária. Assembleias dominicais cada vez mais diminutas… Vocações sacerdotais e religiosas cada vez mais raras… Não reduzamos a Missão aos nossos problemas! A Estrela que se levanta na escuridão brilha para todos os povos da terra e convida-nos à audácia missionária. Que iniciativa poderíamos tomar – em comunidade paroquial, em comunidade religiosa, em equipa litúrgica – para nos abrirmos para além de nós mesmos?
UNIDOS PELA PALAVRA DE
DEUS
PROPOSTA PARA ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador: P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 – 1800-129 LISBOA – Portugal
Tel. 218540900 – Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org – www.dehonianos.org
PROPOSTA PARA ESCUTAR, PARTILHAR, VIVER E ANUNCIAR A PALAVRA NAS COMUNIDADES DEHONIANAS
Grupo Dinamizador: P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho
Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos)
Rua Cidade de Tete, 10 – 1800-129 LISBOA – Portugal
Tel. 218540900 – Fax: 218540909
portugal@dehonianos.org – www.dehonianos.org
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