Dia 02 de Fevereiro de 2017
Evangelho de Lc 2,22-35
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, vem nos falar da apresentação de Jesus no templo.
Quarenta dias após o seu nascimento, Maria e José vão ao templo cumprir uma lei de Moisés: a purificação da mãe e a apresentação do menino no templo, isto é: todo primogênito do sexo masculino deveria ser consagrado ao Senhor.
Num gesto de obediência e de entrega, José e Maria, consagram a Deus aquele preciosíssimo tesouro que eles sabiam não lhes pertencer! Com este gesto, a Mãe de Jesus e o seu pai adotivo, nos dão um grande exemplo de responsabilidade para com o que pertence a Deus, lembrando-nos que a vida dos nossos filhos não nos pertence, pertence a Deus, somos apenas depositários destes tesouros.
Em se tratando da apresentação do Filho de Deus, o ritual da apresentação, adquire um significado muito profundo, estreitamente ligado ao mistério da encarnação, o que celebramos no Natal.
O rito da apresentação de Jesus, como podemos perceber, é diferente dos demais ritos; nos outros ritos, os pais apresentavam seus filhos a Deus, já no rito de Jesus, acontece o inverso: Deus apresenta o seu Filho aos homens, pela boca do profeta Simeão.
Tanto, na apresentação de Jesus no templo, quanto no seu nascimento, Deus deixou transparecer a sua predileção pelos os “pequenos”; foi para os “pequenos” que Jesus se manifestou primeiro: na gruta de Belém, os primeiros visitantes de Jesus, foram os pastores, pessoas excluídas da sociedade que nem eram vistos como gente. O mesmo acontece na sua apresentação no templo, foi também para os pequenos, que Jesus se manifestou primeiro, ou seja, para os “pobres de Javé”: Simeão e Ana, que podemos intitulá-los como os profetas da esperança!
O velho Simeão, esperava pela a libertação de Israel, ele já havia recebido a promessa de Deus, de que ele não morreria sem antes ver o Messias.
Guiado pela a inspiração Divina, Simeão chega ao templo, exatamente no momento em que Maria e José levam Jesus para ser apresentado.
Já prestes do final de sua existência terrena, Simeão toma o menino Jesus em seus braços definindo-o como: a salvação que chegou para todos os povos, salvação, que chega na fragilidade de um menino que estava começando a vida e que mais tarde daria esta vida, para o resgate da humanidade que se deixou corromper pelo pecado.
Os olhos de Simeão, viram longe, viram naquele menino, ainda totalmente dependente do humano, a salvação do próprio humano!
As palavras proféticas de Simeão, sobre o futuro de Jesus, constituem o centro do relato: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição.”
Na cena, Maria permanece em silencio, certamente ela ainda não havia entendido tudo a respeito da trajetória do filho, mas acolhe as profecias de Simeão sobre o futuro de Jesus, aceitando com serenidade, os desígnios de Deus.
Após ter tido a felicidade de ter o Messias em seus braços, Simeão sente que já poderia partir deste mundo, afinal, seus olhos já haviam visto o que ele tanto esperava: a “libertação do povo de Israel".
Contemplando o Messias em seus braços, Simeão não pensou em si, pensou no bem do povo, pois ele mesmo, não iria usufruir da alegria de ver o Messias caminhando neste chão.
Contemplemos a figura de Simeão, tomando para nós, o seu exemplo, exemplo de um homem que via longe, que apesar da fragilidade de sua idade avançada, sonhava grande!
Simeão representa o povo fiel a Deus, o povo perseverante que não perde a esperança, que confia nas realizações das promessas de Deus!
Assim como Simeão, sejamos também esperançosos, pacientes nas nossas esperas, sem nunca desistir dos nossos sonhos, afinal, se temos Deus conosco, tudo nos será possível.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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DEUS lhe abençoe e lhe ilumine. Obrigado p/ reflexão D. Fernando.
ResponderExcluirDEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado p/ reflexão.
ResponderExcluirSuas reflexões são sempre lindas e compreensíveis obrigada por sua disponibidade para servir ao SENHOR>
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