22/01/2017 - III Domingo
comum – 1ª. Leitura Isaías 8, 23-9,3 – “a misericórdia e o poder de Deus se
manifestam a todo o momento”
Uma terra que havia sido humilhada e desprezada pelos antigos
tornou-se morada do Salvador que viria como Luz para iluminar as trevas. Diante
desta profecia de Isaías podemos entender que o tempo passado, tempo da
ignorância e do desconhecimento de Deus já não existe para nós, assim como não
existiu para os habitantes da terra de “Zabulon e de Neftali”. Todas as
profecias sobre a vinda do Messias nos revelam que a misericórdia e o poder de
Deus se manifestam a todo o momento na vida da humanidade. Deus está sempre a
acenar para o homem dando a este, motivos para que tenha esperança de dias
melhores. Na verdade, todos nós vivíamos na escuridão do pecado sem perspectiva
de libertação, fadados a uma morte eterna. O jugo que nos oprimia, era a
ignorância nas coisas de Deus, a angústia, tristeza, solidão, depressão, vazio,
dureza de coração. As trevas vêm do mal, do demônio e seus anjos. A Luz vem do
bem, de Deus e todos os que creem em Jesus são retirados da escuridão. Jesus
Cristo é a Luz de Deus que veio ao mundo nos tirar das trevas do pecado e da
morte. Peçamos, portanto, ao Senhor que
Ele ilumine o nosso coração e tire de dentro de nós as trevas que porventura
teimem em persistir. Que o Senhor abata em nós a carga que pesa sobre os nossos
ombros, o pecado que às vezes, ainda nos escraviza. Que Ele nos renove e faça
de nós, homens e mulheres novos, no Seu Amor. – Você ainda vive preso (a) ao
passado, tempo em que você ainda não conhecia o amor de Deus? – Você consegue
olhar para o futuro com esperança confiando nas promessas do Senhor? – Ainda
existem trevas no seu coração? – Você sabe esperar com paciência pelas coisas
que o seu coração deseja? – Você acha que a humanidade está perdida ou ainda há
esperança?
Salmo 26 – O
Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
Dentro do nosso coração, às vezes,
há ainda muito medo e dúvidas, por isso, é muito bom que rezemos este
salmo com bastante contrição. As perguntas que costumamos fazer a Deus quando
não entendemos os acontecimentos da nossa vida, podem muito bem serem substituídas pelas afirmações e indagações do
salmista: “O Senhor é minha luz e
salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida, perante
quem eu tremerei”? Assim fazendo nós iremos exercitando a nossa fé e confiança
nos planos de Deus para nós. O que precisamos dia a dia pedir e desejar é estar
com Ele por toda a nossa vida, conscientes de que a Sua bondade é experimentada
por nós, desde já.
2ª. Leitura
– 1 Coríntios 1, 10-13.17 “ Será que
Cristo está dividido?”
Nesta carta São Paulo nos exorta, em nome de Jesus, a não dividir o
Corpo de Cristo com partidos e contendas entre nós, mas manter a unidade no
Espírito Santo. As nossas preferências e discriminações em relação aos nossos
irmãos vão minando a integridade do Corpo de Cristo, que aqui é representado
pela Igreja, pela Comunidade, pela Família e todos os cristãos. Apesar de
sermos pessoas diferentes e únicos, cada um com a sua missão, com seus dons,
atribuições e jeito de ser precisamos, porém, ter um só objetivo, o mesmo
ideal, com a mesma motivação. Jesus Cristo foi crucificado por amor a cada um
de nós em particular, portanto, não há um melhor que o outro. Todos nós, somos
iguais perante Ele. Isso vale também para cada círculo do qual participamos,
dentro do nosso trabalho, na nossa família, na comunidade, no meio em que
vivemos. Quando caminhamos tendo como preceito a Palavra de Deus nós
conseguimos acolher os dons e talentos de cada pessoa distinguindo as suas
virtudes e aceitando as suas fraquezas
do mesmo modo como também reconhecemos as nossas falhas e assumimos os
nossos predicados. Muitas famílias estão divididas e enfraquecidas por causa
das preferências, das comparações, das rivalidades, sem razão de ser. Pela
Palavra nós percebemos que diante de Deus todos nós somos maravilhosos e
preciosos aos Seus olhos, por isso Ele cuida de cada um com zelo e carinho. Não
podemos, portanto, perder o tempo que temos para Deus, em contendas com os Seus
filhos. – Você já tem consciência de que todos nós somos importantes para Deus?
– Você costuma fazer distinção entre as pessoas? – Para você, alguém tem mais
valor do que os outros? – Na sua família, você é traço de união ou barra de
divisão? – Como você encara as pessoas que têm mais sucesso que você, no
trabalho?
Evangelho –
Mateus 4, 12-23 ou 12-17 “chamados à conversão ”
A profecia de Isaias se concretizou quando Jesus, deixando Nazaré,
foi morar em Cafarnaum, justamente na região de Zabulon e Neftali que no
passado fora considerada pagã: “o povo
que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Desde então, Ele começou a
cumprir a Sua missão de Salvador da humanidade anunciando o reino de Deus e a
conversão dos pecados. Embora fosse
Deus, Jesus não quis fazer tudo sozinho e começou a chamar os Seus discípulos
do meio do povo, não procurou os mestres da lei nem os entendidos. Foi ao
encontro de pescadores, pois eram homens acostumados às intempéries do mar e a
enfrentar tempestades, por isso, não ficavam instalados nem acomodados a uma
vida rotineira. Eles eram homens acostumados com a busca do dia a dia, sem
previsão de nada, sem planos, entregues à lida pela sua sobrevivência. Ao mesmo
tempo em que os exortava, dizendo: “Convertei-vos,
porque o reino dos céus está próximo” Jesus também dizia: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de
homens”. Jesus não se preocupou com
o fato daqueles homens serem ignorantes e cheios de defeitos, mas com firmeza e
convicção, os convocou para viver um
tempo novo, abandonando tudo o que era velho. É assim que Ele faz até hoje,
conosco também. Jesus nos chama, não porque sejamos os melhores e mais
preparados, mas porque nos ama e quer nos regenerar, ao mesmo tempo em que, nos
capacita a trabalhar no serviço do Seu reino. Assim também é a missão de quem
serve ao reino de Deus. Vai aonde Deus os manda e enfrenta todas as barreiras
confiando somente Naquele que os chamou. Podemos dizer também que somos
pescadores de homens e estamos a serviço do reino se nos desapegarmos das redes
que nos amarram deixando-nos presos a nós mesmos e às nossas preocupações.
Jesus chamou os seus discípulos, dois a dois, como para nos alertar de que não podemos viver sozinhos entregues aos
nossos ideais egoístas, mas precisamos uns dos outros para ter sucesso na nossa
missão. Damos prova de que temos um coração convertido quando saímos de nós mesmos e buscamos salvar as
almas para Jesus. – Você já aceitou o convite de Jesus? – Você acha que tem
capacidade para pescar almas para Jesus? – Você ainda vive muito amarrado (a)
aos seus ideais e suas preocupações? – Qual é a rede que o (a) prende e não o
(a) deixa seguir a Jesus?
Obrigado, belíssima reflexão, como sempre !!!
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