segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Chamados à conversão-Helena Serpa


22/01/2017 -  III Domingo comum – 1ª. Leitura Isaías 8, 23-9,3 – “a misericórdia e o poder de Deus se manifestam a todo o momento”
Uma terra que havia sido humilhada e desprezada pelos antigos tornou-se morada do Salvador que viria como Luz para iluminar as trevas. Diante desta profecia de Isaías podemos entender que o tempo passado, tempo da ignorância e do desconhecimento de Deus já não existe para nós, assim como não existiu para os habitantes da terra de “Zabulon e de Neftali”. Todas as profecias sobre a vinda do Messias nos revelam que a misericórdia e o poder de Deus se manifestam a todo o momento na vida da humanidade. Deus está sempre a acenar para o homem dando a este, motivos para que tenha esperança de dias melhores. Na verdade, todos nós vivíamos na escuridão do pecado sem perspectiva de libertação, fadados a uma morte eterna. O jugo que nos oprimia, era a ignorância nas coisas de Deus, a angústia, tristeza, solidão, depressão, vazio, dureza de coração. As trevas vêm do mal, do demônio e seus anjos. A Luz vem do bem, de Deus e todos os que creem em Jesus são retirados da escuridão. Jesus Cristo é a Luz de Deus que veio ao mundo nos tirar das trevas do pecado e da morte.  Peçamos, portanto, ao Senhor que Ele ilumine o nosso coração e tire de dentro de nós as trevas que porventura teimem em persistir. Que o Senhor abata em nós a carga que pesa sobre os nossos ombros, o pecado que às vezes, ainda nos escraviza. Que Ele nos renove e faça de nós, homens e mulheres novos, no Seu Amor. – Você ainda vive preso (a) ao passado, tempo em que você ainda não conhecia o amor de Deus? – Você consegue olhar para o futuro com esperança confiando nas promessas do Senhor? – Ainda existem trevas no seu coração? – Você sabe esperar com paciência pelas coisas que o seu coração deseja? – Você acha que a humanidade está perdida ou ainda há esperança?

Salmo 26 – O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
Dentro do nosso coração, às vezes,  há ainda muito medo e dúvidas, por isso, é muito bom que rezemos este salmo com bastante contrição. As perguntas que costumamos fazer a Deus quando não entendemos os acontecimentos da nossa vida,   podem muito bem serem  substituídas pelas afirmações e indagações do salmista: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida, perante quem eu tremerei”? Assim fazendo nós iremos exercitando a nossa fé e confiança nos planos de Deus para nós. O que precisamos dia a dia pedir e desejar é estar com Ele por toda a nossa vida, conscientes de que a Sua bondade é experimentada por nós, desde já.

2ª. Leitura – 1 Coríntios 1, 10-13.17 “ Será que Cristo está dividido?”
Nesta carta São Paulo nos exorta, em nome de Jesus, a não dividir o Corpo de Cristo com partidos e contendas entre nós, mas manter a unidade no Espírito Santo. As nossas preferências e discriminações em relação aos nossos irmãos vão minando a integridade do Corpo de Cristo, que aqui é representado pela Igreja, pela Comunidade, pela Família e todos os cristãos. Apesar de sermos pessoas diferentes e únicos, cada um com a sua missão, com seus dons, atribuições e jeito de ser precisamos, porém, ter um só objetivo, o mesmo ideal, com a mesma motivação. Jesus Cristo foi crucificado por amor a cada um de nós em particular, portanto, não há um melhor que o outro. Todos nós, somos iguais perante Ele. Isso vale também para cada círculo do qual participamos, dentro do nosso trabalho, na nossa família, na comunidade, no meio em que vivemos. Quando caminhamos tendo como preceito a Palavra de Deus nós conseguimos acolher os dons e talentos de cada pessoa distinguindo as suas virtudes e aceitando as suas fraquezas  do mesmo modo como também reconhecemos as nossas falhas e assumimos os nossos predicados. Muitas famílias estão divididas e enfraquecidas por causa das preferências, das comparações, das rivalidades, sem razão de ser. Pela Palavra nós percebemos que diante de Deus todos nós somos maravilhosos e preciosos aos Seus olhos, por isso Ele cuida de cada um com zelo e carinho. Não podemos, portanto, perder o tempo que temos para Deus, em contendas com os Seus filhos. – Você já tem consciência de que todos nós somos importantes para Deus? – Você costuma fazer distinção entre as pessoas? – Para você, alguém tem mais valor do que os outros? – Na sua família, você é traço de união ou barra de divisão? – Como você encara as pessoas que têm mais sucesso que você, no trabalho?


Evangelho – Mateus 4, 12-23 ou 12-17 “chamados à conversão ”

A profecia de Isaias se concretizou quando Jesus, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, justamente na região de Zabulon e Neftali que no passado fora considerada pagã: “o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz”. Desde então, Ele começou a cumprir a Sua missão de Salvador da humanidade anunciando o reino de Deus e a conversão dos pecados.    Embora fosse Deus, Jesus não quis fazer tudo sozinho e começou a chamar os Seus discípulos do meio do povo, não procurou os mestres da lei nem os entendidos. Foi ao encontro de pescadores, pois eram homens acostumados às intempéries do mar e a enfrentar tempestades, por isso, não ficavam instalados nem acomodados a uma vida rotineira. Eles eram homens acostumados com a busca do dia a dia, sem previsão de nada, sem planos, entregues à lida pela sua sobrevivência. Ao mesmo tempo em que os exortava, dizendo: “Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo” Jesus também dizia: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”.  Jesus não se preocupou com o fato daqueles homens serem ignorantes e cheios de defeitos, mas com firmeza e convicção, os convocou para viver  um tempo novo, abandonando tudo o que era velho. É assim que Ele faz até hoje, conosco também. Jesus nos chama, não porque sejamos os melhores e mais preparados, mas porque nos ama e quer nos regenerar, ao mesmo tempo em que, nos capacita a trabalhar no serviço do Seu reino. Assim também é a missão de quem serve ao reino de Deus. Vai aonde Deus os manda e enfrenta todas as barreiras confiando somente Naquele que os chamou. Podemos dizer também que somos pescadores de homens e estamos a serviço do reino se nos desapegarmos das redes que nos amarram deixando-nos presos a nós mesmos e às nossas preocupações. Jesus chamou os seus discípulos, dois a dois, como para nos alertar de que  não podemos viver sozinhos entregues aos nossos ideais egoístas, mas precisamos uns dos outros para ter sucesso na nossa missão. Damos prova de que temos um coração convertido quando  saímos de nós mesmos e buscamos salvar as almas para Jesus. – Você já aceitou o convite de Jesus? – Você acha que tem capacidade para pescar almas para Jesus? – Você ainda vive muito amarrado (a) aos seus ideais e suas preocupações? – Qual é a rede que o (a) prende e não o (a) deixa seguir a Jesus? 

Um comentário:

  1. Jose Maria Nascimento22 de janeiro de 2017 às 05:13

    Obrigado, belíssima reflexão, como sempre !!!

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