07 DE JUNHO-- Terça - Evangelho - Mt 5,13-16
Bom dia!
De que vale ser cristão se não tentamos pelo menos mudar algo ao
nosso redor, ou melhor, TEMPERAR A VIDA? Já vi tantos exemplos do sal em nossa
vida, mas um novo (ou pelo menos diferente) eu gostaria de inserir na nossa
reflexão diária.
Num aniversário do meu filho, enchi um grande isopor com água,
refrigerantes, gelo e sal. Se o “trem” já estava gelado, o sal deixou ainda
mais, pois a temperatura cai abaixo de zero, mas a água não congela. O
refrigerante “coitado” não tem a mesma sorte, acaba, se ali ficar muito tempo,
congelando. O sal não permite que a água congele diferentemente da água que
esta confinada na garrafa de refrigerante.
O que aprendemos com isso? O sal que temos nos faz resistir às
dificuldades sem congelar, ou seja, nossa oração, nossa fé, nossa esperança
pode até esfriar, mas não congela tão facilmente. Se isso é verdade por que
temer ser sal no isopor?
O isopor representa esse mundo que aos poucos se acostumou a se
manter na mesma temperatura. Um mundo insosso, nem quente, nem frio, que não se
indispõe, sempre “na dele”. O refrigerante representa as “panelinhas” que se
resumem nossas vidas. Tornamos-nos pessoas doces, cheias de gás, mas que temem
se misturar, enfrentar, opinar…
“(…) Todos nós devemos testemunhar Jesus e os valores do Reino dos
céus a fim de que o mundo não se corrompa, mas descubra os caminhos da
santidade, da justiça e da graça. Com isso, é de suma importância que o anúncio
da Palavra seja acompanhado pela coerência de vida, pela busca da santidade e
pelo seguimento de Jesus a partir da vivência dos seus mandamentos. O Papa
Paulo VI nos falava sobre isso na sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi,
quando se referia à exigência da santidade em todo trabalho evangelizador. Todo
trabalho evangelizador deve começar pela caridade, pelo serviço, ou seja, pela
explicitação, através da vida, dos valores do Evangelho”. (reflexão proposta
pela CNBB)
Quando o assunto é religião reserva-se apenas a sua pastoral,
movimento, grupo… No mundo somos chamados a ser SAL e não garrafas fechadas de
refrigerante. “(…) Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um
cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos
os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os
outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está
no céu”.
Não pensem aqui que estou afirmando que nunca congelaremos, pois
até quimicamente isso é provado que não. Esfriar, até grandes estrelas sofrem
disso.
Uma vez fui a Campos do Jordão a convite de um amigo padre
(Wilson). Nossa que frio! Dois negativos durante a madrugada. Foi uma das
piores noites da minha vida, pois quem mora em Cuiabá esta acostumado com
quarenta e cinco graus (45ºC). Aprendi pela manhã com um dos donos da
hospedaria, que testasse colocar água quente numa garrafa PET e a enrolasse com
Jornais. Feito isso a pusesse sobre a cama e a cobrisse por completo com um
edredom.
Ao deitar descobri que lá dentro eu poderia me dar o luxo de dormir
com poucas roupas de frio, pois o ambiente estava agradabilíssimo. \o/
Não é porque sou SAL que devo me expor ao mundo “esperando” não
congelar. Esse mundo é paciente e esperará um bom momento. Se quero ser GARRAFA
PET, devo me revestir do que tem de melhor e mais saudável desse mundo e assim,
bem aquecidos, possamos servir para aquecer aqueles que não esperavam o frio, a
surpresa, a tristeza…
“(…) De vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente
palavras boas, capazes de edificar e de fazer bem aos ouvintes. Não
entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes marcados, como por um
sinal, para o dia da redenção. Desapareça do meio de vós todo amargor e
exaltação, toda ira e gritaria, ultrajes e toda espécie de maldade. Pelo
contrário, sede bondosos e compassivos, uns para com os outros, perdoando-vos
mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios 4, 29-32)
Saibam, sendo SAL ou GARRAFA não importa, mas se não SERVE, NÃO
SERVE!
Vulcões que surgem no meio do oceano travam batalhas titânicas
contra as águas frias do mar, Parece até desleal, o calor certamente sucumbirá
ao frio imposto pela grande qualidade de água, mas uma coisa é certa: SUGIRÃO
ROCHAS.
Ao enfrentar a TIBIEZA, que é algo bem comum (frio espiritual),
deixe o calor de Deus mantê-lo aquecido, levante a cabeça, enfrente, torne-se
uma rocha! Mas se me sinto a água e não o fogo, saiba que Deus fará com que o
seu SAL não o deixe congelar. Evite se isolar em garrafas.
Um imenso abraço fraterno!
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