10/04/2016
- III Domingo da Páscoa – 1ª. Leitura Atos 5, 27-32.40-41 – “a perseguição é o
sinal de que estamos cumprindo com a nossa missão”
Quando
somos perseguidos por causa do trabalho do reino nós resmungamos, ficamos
contrariados (as) e, com frequência queremos desistir da nossa missão, pois tudo
nos desestimula e não aceitamos ser contestados (as), criticados (as) nem muito
menos “injuriados (as) ”. Com os apóstolos não acontecia assim! É o que nos
conta o Livro dos atos dos Apóstolos: “Os
apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos
de injúrias por causa do nome de Jesus”. Isto é algo que precisamos
refletir! Se seguíssemos o exemplo dos apóstolos perceberíamos que o sofrimento
por causa do nome de Jesus é sinal de que estamos cumprindo com a nossa missão
e se estamos incomodando é porque a Palavra de Deus está sendo proclamada e
dando frutos. Dar testemunho de Cristo implica em renúncia, incompreensão e
humilhação. Se fizermos a experiência comprovaremos que vale a pena sofrer até
ingratidão por causa do Nome de Jesus, pois quando damos testemunho Dele
estamos sendo sustentados e motivados pelo Espírito Santo que é o doador dos
dons. Portanto, a alegria, a paz, o entusiasmo, o zelo e a ousadia são dons que
o Espírito nos concede quando obedecemos a Deus e somos fiéis ao Seu projeto de
salvação. Precisamos ter consciência de que também contribuímos para morte de
Jesus. O nosso pecado foi a causa pela qual Jesus se entregou. Na realidade, fomos nós quem O matamos e O
pregamos numa cruz, por causa dos pecados que ainda hoje nós cometemos. Jesus
pagou pelas transgressões que continuamos praticando, mas espera de nós reconhecimento do nosso ser pecador e
conversão. Deus ressuscitou Jesus Cristo para nos dar uma vida nova pelo poder
do Espírito Santo. – Qual a sua reação diante das dificuldades na missão do
reino? – Você tem o Espírito Santo como um aliado? – Você tem consciência de
que ao transgredir a lei de Deus, está também crucificando Jesus? - Você também, como os apóstolos, se alegria quando recebe injúrias por causa
do nome de Jesus?
Salmo 29 – “Eu vos exalto, ó
Senhor, porque vós me livrastes!”
Esse salmo
retrata o sentimento do pecador arrependido que se apodera da salvação de Jesus
e, por isso, canta salmos de louvor. Quem acolhe a salvação e a misericórdia de
Deus vê o seu pranto transformado em festa e a alegria acontecer depois do
sofrimento. “Vós tirastes minha alma dos
abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!” Cante também você hinos de louvores pelas suas
experiências.
Apocalipse 5, 11-14 – “sozinhos, para ver e ouvir!”
Quando nos
sentirmos solitários e prisioneiros, devemos perceber que Deus nos concede
momentos de isolamento para que possamos ver e ouvir os Seus sinais. O céu e a
terra estão muito pertinho de nós e somente quando estamos quietos nós podemos
perceber isso. Assim aconteceu com o apóstolo São João que hoje continua dando
testemunho do que viu e ouviu quando esteve prisioneiro na ilha de Patmos. O
Senhor o escolhera para fazer revelações importantes para a humanidade por meio
de símbolos e mensagens misteriosas. João, que já tinha intimidade com o Mestre
foi fiel na sua missão, por isso testemunhou Jesus ressuscitado e proclamou a
Sua gloria, vendo-O exaltado entre os anjos e os santos. A visão de João nos
mostra uma realidade celeste e terrena, porque reúne o louvor e a adoração de
todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, isto
é, toda a criação de Deus. Podemos,
então, ter consciência de que existe uma unidade espiritual entre nós e todas
as criaturas de Deus e desde já, podemos nos unir aos anjos e santos para
adorar Aquele que vive para sempre. –
Você também tem visto e ouvido o que o Senhor quer revelar- lhe? – Você se
inquieta quando percebe que está na solidão? – Você tem aproveitado estes
momentos? – Você alguma vez sentiu-se
prisioneiro? – Você tem louvado juntamente com os anjos?
Evangelho – João 21, 1-14 – “Jesus está presente na pesca da nossa
vida”
Mais uma
vez Jesus ressuscitado aparece aos Seus discípulos, quando, eles, reunidos à
beira mar estavam à espera de que algo lhes pudesse acontecer. Foi Pedro, que
resoluto, tomou a iniciativa de pescar como que tentando retornar ao seu antigo
ofício de pescador. E os outros entraram na barca com ele, “mas não pescaram nada naquela noite”. A
narrativa revela que ao amanhecer Jesus já estava de pé na margem e os
observava de longe. Jesus sabia o que eles deveriam fazer para que a pesca
fosse abundante, e, por isso, interveio mandando que lançassem a rede a direita
do barco, ao ver que estes continuavam insistindo em fazer as coisas do mesmo
modo como faziam antes. Aconteceu, então que quando eles seguiram as instruções
de Jesus a pesca foi copiosa. Depois que eles obedeceram e o milagre aconteceu.
“Lançai a rede à direita do barco e
achareis”.
Na pesca
da nossa vida também é importante saber que Jesus está vivo e está de pé perto
da nossa barca. Precisamos ter a certeza de que Ele nos dá a garantia da Sua
Palavra e que, por isso, nunca poderemos duvidar e agir conforme a nossa
própria vontade. Quando agimos na
escuridão da noite, isto é, seguindo a nossa própria inclinação não temos
perspectivas, mas quando agimos sob a Luz de Jesus nós aprendemos a fazer
coisas novas. Sozinhos (as) nós nunca teremos sucesso. Muitas vezes, Jesus nos
pede de comer e nos manda lançar a rede de outro modo, de um jeito novo e nós
continuamos envolvidos (as) com a nossa “falta de sorte” por isso, não ouvimos
o que Ele fala. Ficamos presos (as) nas nossas expectativas e buscamos apenas
os milagres que desejamos que aconteçam na nossa vida e perdemos as
oportunidades deixando a hora da graça passar. Jesus, hoje também compartilha
conosco da Sua Palavra e nos dá de comer do Seu próprio Corpo e Sangue do mesmo
jeito que fez com os apóstolos. Depois que nos alimenta, assim como fez com
Pedro, Jesus também nos convoca para uma missão, não se importando com o nosso
pecado nem com a nossa incapacidade. Assim como fez com Pedro Jesus nos convoca
para apascentar as Suas ovelhas mesmo que muitas vezes também tenhamos negado a
nossa fé no Seu poder. Pedro, que antes negara Jesus teve a oportunidade de
declarar o seu amor e confirmar a sua fidelidade. Assim, o Senhor nos ensina também,
que, mesmo sendo traidores e infiéis por nossas negações, a Sua misericórdia é
imensa e Ele precisa do nosso serviço na construção do Seu reino. “Apascenta os meus cordeiros!” “Apascenta as
minhas ovelhas!” este o Seu pedido para cada um de nós que nos
envergonhamos da nossa miséria. Não podemos esperar ser melhores para poder
atender ao pedido de Jesus. Aproveitemos o momento presente! – Você também tem
aprendido com Jesus a pescar de um jeito diferente? - O que mudou nas suas ideias e ações depois
que encontrou Jesus? – Você se acha indigno de servir no reino de Deus? – Jesus
também te pergunta: tu me amas mais que aos teus? Dê a sua resposta para Jesus.
Obrigado!!!
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