25
de Abril de 2016- Segunda - Evangelho - Mc 16,15-20
Bom
dia!
Hoje
a igreja celebra o dia de são Marcos, evangelista discípulo de Pedro.
A
narrativa de hoje convida a todos a uma profunda reflexão sobre nosso ser missionário,
uma missão embutida no DNA cristão de todo batizado (a) que vive sua igreja.
Para começar essa reflexão, revisemos um trecho do documento de aparecida:
“(…)
O caminho de formação do seguidor de Jesus lança suas raízes na natureza
dinâmica da pessoa e no convite pessoal de Jesus Cristo, que chama os seus por
seu nome e estes o seguem porque conhecem a sua voz. O Senhor despertava as
aspirações profundas de seus discípulos e os atraía a si, maravilhados. O
seguimento é fruto de uma fascinação que responde ao desejo de realização
humana, ao desejo de vida plena. O discípulo é alguém apaixonado por Cristo a
quem reconhece como o mestre que o conduz e o acompanha“.
O
que havia nos primeiros cristãos, que mesmo perseguidos desbravavam o mundo e
que hoje falta e não motiva novas missões e novos missionários? O batismo é
diferente? O que encantou esse Marcos que virou são Marcos?
É
fácil buscar culpados como a falta de acesso a comunidade igreja, dizer que os
padres envelheceram e que perderam aos poucos o carisma dinâmico cristão, que
nossos projetos não têm apoio, pelas rusgas internas por preferências por essa
ou aquela pastoral ou movimento (…), fatos que não deixam de ser verdade, mas
não são motivos para que elas não estejam acontecendo. O fato é que as pessoas
não estão buscando…
Após
a quaresma e semana santa somos convidados a propor um gesto concreto de vida,
conversão e missão aos nossos dias. Ser cristão, comungar e não evangelizar faz
pouco sentido.
Pedro
narra o que viu e ouviu pelas linhas de Marcos. Poderia ser decisão desse
discípulo a contemplação, ou seja, em ouvir as narrações encantadas e cheias de
sentimento de seu mestre sobre tudo que Jesus fez e operou, mas decide
registrar. Esse projeto ou proposta, por mais que seja simples, permite que
hoje conheçamos Jesus pelos olhos daquele que foi tão próximo de Jesus.
Uma
missão não pode ser vista apenas como o ato de deixar seu lar e desbravar o
mundo, um gesto grandioso ou de dimensões macro. Uma missão pode iniciar com um
pequeno propósito de ser exemplo para outros. Catequizamos mais com os gestos
concretos do que com as palavras, em especial aqueles que nesse mundo
perambulam.
Assumir
uma missão faz-nos entender que nossas falhas, pequenos deslizes nada são se
nossa fé e vontade de servir ainda nos conseguem mover a ver o irmão que esta
ao nosso lado, que de fato tem problemas e que poderiam ser atenuados se eu,
você, nós não fossemos tão medrosos e egoístas.
Somos
convidados a desbravar um mundo onde o inimigo de Deus ruge em busca dos frágeis,
que enfrentam turbulências e sugestionáveis.
“(…)
Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a
rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que
iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. Depois de
terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua
glória eterna, em Cristo, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e
seguros. A ele pertence o poder, pelos séculos dos séculos. Amém”. (1Pd 5,
8-11)
Um
Imenso abraço fraterno!
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