SÁBADO DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA 30/04/2016
1ª Leitura Atos 16, 1-10
Salmo 99/100.2.b “Servi o Senhor com alegria”
Evangelho João 15, 18-21
A Palavra "mundo" é largamente empregada pelo evangelista
João, mas as vezes com sentido diferente, neste evangelho por exemplo, mundo
não é o planeta ou a Obra da Criação, mas sim o mundo do mal, dos que
deliberadamente se opõe a Verdade que Deus revelou em Jesus. Odiar é o
contrário do Amar, o amor quer a Vida do outro e a sua alegria, o Ódio quer a
morte e a destruição daquele que é odiado.
O homem quer um Deus forte e poderoso, um ser de moral
irrepreensível, seguidor da lei de Moisés, um Deus que privilegie os justos e
santos, e que castigue implacavelmente os injustos e pecadores. Um Deus que
continue a ter uma raça escolhida, exemplo de pessoas boas, sinceras, e que por
isso mesmo são sempre abençoadas com longa vida, e bens materiais. Um Deus que
se valorize e que não se misture com os míseros mortais.
O primeiro problema na relação da comunidade judaica tradicional
com Jesus, Ele não atende essa expectativa e ainda por cima, se relaciona com
pessoas que nem de longe fazem parte da "raça escolhida e Nação
Santa". Mas o que provocou o ódio e a rejeição a Jesus por parte dos
Judeus tradicionais, foi ele ter se apresentado como Filho de Deus, o grande
esperado e não havia outro.
Os seguidores autênticos de Jesus o imitam em tudo, ensinam suas
palavras, realizam as mesmas obras, ou seja, dão continuidade á Missão de Jesus
tornando-se assim a prova inequívoca de que Jesus ressuscitou, está vivo e
caminha com eles. Quem odeia a alguém, quer ver esse alguém morto, esmagado e
destruído para sempre, e alguém que lembre 4 essa presença, só fará aumentar o
ódio dos seus opositores.
Na pós modernidade essa rejeição e esse ódio por Jesus, seu
evangelho e seu reino, continua. Muda-se a referência, os Judeus conservadores
o odiavam porque ele não correspondia ao modelo de Messias que eles
acreditavam, a partir de suas tradições e da escritura, já o homem da pós
modernidade quer um Jesus que seja á sua imagem e semelhança, adequado a um
estilo de vida que privilegie a busca de prazer, de realização pessoal, em um
egocentrismo exacerbado onde o homem é o deus de si mesmo.
Qualquer postura, pensamento ou atitude que contrarie tudo isso,
irá atrair ódio e rejeição. O discípulo de Jesus sempre navega contra a
correnteza! (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP- E-mail cruzsm@uol.com.br)
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