11
de Abril - Segunda - Evangelho - Jo 6,22-29
Bom
dia!
Tiberíades
era uma cidade muito importante para o império romano, durante certo tempo foi
a capital da Galiléia. Foi de lá que Jesus vinha antes de chegar a Cafarnaum,
cidade esta considerada a “base” de Jesus, pois lá residiu e de sua redondeza
saíram boa parte dos apóstolos.
Muitos
milagres foram vistos em Cafarnaum; Jesus a considerava como sua cidade, mas
mesmo assim, mesmo com tantas demonstrações de amor, o povo insistia em não se
arrepender sendo talvez por isso justificado a forma mais enérgica e exortativa
ao se referir aos que o procuravam apenas por interesses. “(…) Eu afirmo a
vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e
ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres”.
E
hoje, o que mudou? Jesus continua a operar, continua a curar, a fazer milagres
no nosso meio, mas a quantas anda nosso arrependimento?
É
duro dizer isso, mas o texto do evangelho de hoje demonstra um Jesus
profundamente chateado com a demagogia na fala das pessoas ao omitir seus
verdadeiros interesses. Pessoas essas, e infelizmente ainda hoje, que vão à
busca de situações favoráveis transitórias, esquecendo do que pode ser
permanente e duradouro.
Quando
buscamos ao Senhor, apresentamos o que na real queremos? E quando recebemos ou
somos atendidos, permanecemos junto dele ou também partimos até a próxima vez
que precisarmos?
Buscar
o Senhor na aflição é bíblico e amplamente orientado nas passagens do novo e
antigo testamento; é bom, prudente e valioso esse contato íntimo, mas não
podemos ter Jesus como milagreiro e sim como Senhor. Temos a ingrata “mania” de
procurá-lo e logo em seguida esquecê-lo. Quantas pessoas lotam reuniões e
grupos onde se lê “semana da graça”, “corrente dos milagres” e ao terminar
somem?
Precisamos
repensar essas concentrações sobre a ótica de alguns pontos de vista:
O
movimento interessante é ainda viável, mas precisamos repensar de quem estamos
fazendo propaganda: Jesus ou do milagre?
É
importante que continuem acontecendo, mas saber de fato o que esperamos:
adoradores ou quantidade de gente?
Que
tipo de pessoa queremos que surja desses encontros?
Adoro
a idéia de acampamentos de oração promovidos pela Canção Nova. Pessoas que se
reúnem para louvar e ouvir a palavra de Deus. Ao se encontrar assim deixamos
sob a vontade plena de Deus tudo que ali acontecer.
Criamos
concepções que geram expectativas nas pessoas. Precisamos ensinar as pessoas
que tudo acontecerá a seu tempo, pois Deus deseja muito o nosso bem. Ouço essa
política milagreira muito bem definida nas igrejas neo-pentecostais, uma política
onde o Espírito Santo é “empregado” com hora e lugar marcado para “realizar”
milagres mediante a NOSSA vontade (hunf!). É esse tipo de respeito que temos
com Deus?
“(…)
Considerai os lírios, como crescem; não fiam, nem tecem. Contudo, digo-vos: nem
Salomão em toda a sua glória jamais se vestiu como um deles. Se Deus, portanto,
veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã se lança ao fogo, quanto
mais a vós, homens de fé pequenina! Não vos inquieteis com o que haveis de
comer ou beber; e não andeis com vãs preocupações. Porque os homens do mundo é
que se preocupam com todas estas coisas. Mas vosso Pai bem sabe que precisais
de tudo isso. Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas
vos serão dadas por acréscimo. NÃO TEMAIS, PEQUENO REBANHO, PORQUE FOI DO
AGRADO DE VOSSO PAI DAR-VOS O REINO”. (Lucas 12, 27-32)
Um
imenso abraço fraterno
Nenhum comentário:
Postar um comentário