SEGUNDA FEIRA DO TEMPO PASCAL 11/04/2016
1ª Leitura Atos 6, 8-15
Salmo 118 (119), 1 Felizes aqueles cuja vida é pura e seguem a Lei
do Senhor”
Evangelho João 6, 22-29
A multiplicação dos pães teve uma grande repercussão. A
popularidade crescia com a fama de Jesus e os seus discípulos. Um Deus que
supre as necessidades do ser humano, inclusive a fome, é único e verdadeiro.
Por essa razão, aonde vai Jesus e seus discípulos a multidão de famintos e
necessitados vai atrás. É o que ocorre nesse evangelho refletido junto as
comunidades Joaninas, oitenta a noventa anos após a morte-ressurreição de
Jesus.
Que olhar de Esperança temos para com Jesus? A perspectiva de uma
Vida Nova que vem pela Salvação que Ele realiza, ou nossa esperança Nele se
limita as necessidades desta Vidinha Terrena que um dia vai terminar?
O Evangelista convida suas comunidades a mudar o enfoque, e a
reflexão é para todos nós, que muitas vezes somos Cristãos atrelados as coisas
da Terra e temos pouca ou nenhuma expectativa para com as coisas do Céu. O
próprio Jesus procura orientar seus seguidores e o povão que o procurava nessa
circunstância. As pessoas não querem ir direto ao assunto, e em vez de indagarem
se ele vai fazer ali um daqueles milagres espetaculares, como as multiplicações
do pão preferem perguntar quando foi que ele chegou ali.
Jesus não faz rodeios e vai direto ao assunto “Vocês me procuram,
não porque viram os milagres, mas porque comeram o pão e ficaram saciados”.
Ver os milagres, no evangelho de João, significa ver o “Sinal” e
aderir a Jesus, o que ele tem a oferecer é infinitamente superior a qualquer
milagre. Em outras palavras Jesus está dizendo que aquelas pessoas não sabem
quem é ele e o que tem a oferecer, pois ficaram parados no milagre da
multiplicação dos pães, e acham que isso é suficiente para acreditarem Nele e o
seguirem. Não compreendem que o discipulado significa comprometimento com o seu
evangelho e com a edificação do Reino Novo que ele inaugurou em meio a
humanidade. Isso é bem típico do Cristianismo sem compromisso, religiãozinha
que os espertalhões da pós Modernidade inventaram, para atender as necessidades
do Homem que vê na Divindade um Posto de Autoatendimento, á serviço do homem,
um Cristo do Consumismo, vendido em vitrines de luxo na grande Mídia onde o Céu
é aqui mesmo, como sinônimo de riqueza, prosperidade, Felicidade terrena.
E acontece o mesmo que nesse evangelho, um Cristo assim atrai
multidões....(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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