Evangelhos Dominicais
Comentados
16/novembro/2014 – 33o
Domingo do Tempo Comum
Evangelho: (Mt 25, 14-30)
Já estamos chegando ao final do ano litúrgico
A. No próximo domingo estaremos celebrando a festa de Cristo Rei e com essa
festa, acontece o encerramento deste ano litúrgico. Depois da festa de Cristo
Rei, vem o primeiro domingo do Advento, quando então, iniciamos um novo ano
litúrgico, o ano B.
No evangelho de hoje Jesus nos conta a
parábola dos talentos. Esta parábola provoca ou pelo menos deveria provocar em
nós uma profunda reflexão sobre a nossa missão e vivência cristã.
Jesus sempre procurou ensinar através de
parábolas. Sabia que através de exemplos do dia-a-dia, ele seria melhor
entendido pelo povo. Jesus sempre foi talentoso na forma de ensinar. As
parábolas são claros exemplos de seu talento didático.
Percebeu que dissemos que Jesus tem muito
talento para ensinar e, o chamamos de talentoso? Verificando no dicionário,
talento é uma antiga e valiosa moeda grega e romana. Talento também é um dom
natural ou habilidade adquirida. Talento virou sinônimo de dom.
É dessa maneira que devemos entender o talento
da parábola, como um dom. Um dom que recebemos de Deus e que devemos preservar,
fazer crescer, multiplicar. Os talentos, os bens do Senhor, não podem ficar escondidos,
enterrados, sem render o esperado.
Nascemos para produzir frutos, fomos criados
para assumir a missão. Missão na família, na sociedade e na comunidade. Missão
de evangelizar, de levar aos povos a Boa Nova da presença de Deus em nosso
meio.
O empregado da parábola não perdeu nem
multiplicou o seu talento. Na verdade, ele só não fez uso de seu dom. Ele cavou
o chão, guardou-o muito bem guardado e deixou-o intacto. "Tive medo de
arriscar, poderia perder tudo, aqui tens o que te pertence". Covardemente
disse isso e devolveu o talento, sem uso.
Quantas e quantas vezes fazemos o mesmo. Os
compromissos sociais, a televisão, as novelas, o comodismo, o medo de assumir,
não nos deixam arriscar. Vem um desejo enorme de cavar o chão e enterrar os
nossos dons e talentos.
Vontade de enterrar tudo que quebra a rotina e
que exige mudança de comportamento. Vontade de fugir de tudo que nos amarra aos
compromissos. Como já dissemos, esta parábola deve servir de alerta e fazer-nos
refletir.
É bom lembrar que virá a cobrança e, quem não
multiplicou seus talentos será excluído e abandonado nas trevas. Em
compensação, o muito será confiado, para aquele que soube administrar o pouco.
O talentoso será premiado.
Ainda é tempo, ao invés de enterrarmos nossos
dons, vamos enterrar o comodismo e a covardia. Vamos assumir a vocação cristã e
o compromisso batismal. Vamos administrar o muito; esse muito que Deus nos deu
e que, certamente, qualquer dia destes, virá pedir para prestarmos contas.
(1844)
jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 16/novembro/2014
que bom ver seu comentário, tenho muitos de seus livros... parabéns suas palavras me inspiram muito!!!
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