Bom dia!
Qual é o limite que suportam nossas forças? Sabemos até onde podemos
chegar ou suportar antes de “entregar os pontos”?
A tolerância que temos para suportar as pressões pode sim variar de
pessoa para pessoa e conforme o que estamos passando sendo assim, a fé também
pode ser umas das possíveis vítimas. Ela (a fé) pode sofrer abalos momentâneos
ou duradouros quando somos submetidos diretamente ao sofrimento em especial,
nas situações de sofrimento ou penúria imposta pelas moléstias (doenças) ou
pela morte.
Quantas pessoas que ao passar por momentos de profundo e intenso
estresse sucumbiram à descrença? Quantas que desistiram ao ver seu mundo virar
ao avesso?
Moisés certa vez, cansado da incredulidade e “pedição” do povo, desconta
toda sua raiva e decepção num rochedo que “se nega” a dar água da primeira vez
que é solicitado e que precisa ser novamente atingido para que se contentasse o
povo descrente. Deus concedeu muito a Moisés, mas naquele momento o humano
“escapou” do divino e a raiva tomou conta. Somos assim também.
“(…) Em seguida, tendo Moisés e Aarão convocado a assembléia diante do
rochedo, disse-lhes Moisés: ‘Ouvi, rebeldes: acaso faremos nós brotar água
deste rochedo? Moisés levantou a mão e feriu o rochedo com a sua vara duas
vezes; as águas jorraram em abundância, de sorte que beberam, o povo e os
animais. Em seguida, disse o Senhor a Moisés e Aarão: “Porque faltastes à
confiança em mim para fazer brilhar a minha santidade aos olhos dos israelitas,
não introduzireis esta assembléia na terra que lhe destino’“. (Números 20,
10-12)
Como enxergamos as fatalidades? Como vemos a morte? Em ambas as
perguntas a resposta deveria vir precedida da palavra DEPENDE.
Sim! A resposta é proporcional a importância que damos a pergunta. Como
assim? A fatalidade geralmente acontece na casa dos outros, mas quando ocorre
no nosso quintal é catástrofe!
Anos e anos de RCC (Renovação Carismática Católica) me ensinaram e
fizeram refletir algo que carrego no meu exercício como ministro: Quem nos
procura volta pra casa com algo melhor? Será que estamos ensinando o que Jesus
nos pediu?
O próprio documento de Aparecida nos sugere um ensino querigmático, ou
seja, com foco no anúncio da Boa Nova, mas por que muitos grupos, pastorais,
homilias e pregações dão tanta importância ao povo “pidão” que insiste em ver a
água brotar da terra ao invés de educar? Temos em nosso conviver um povo que
tem medo de enfrentar as tempestades e já no primeiro vento acorda Jesus. O
foco do QUERIGMA é ensinar que antes de gritar é ACREDITAR QUE JESUS ESTA NO
BARCO!
Não quero aqui diminuir a dor de quem sofre fisicamente com uma doença
ou uma perda, mas dar a ela um sentido que gere o conforto. Deus esta no Barco!
Creia!
Lembrei de outra passagem em que o apóstolo dos gentios, Paulo, ia em
direção a Roma para ser julgado. A vontade de ser levado a Roma o fez enfrentar
uma tremenda tempestade que sacudia o barco e tudo levava a crer que o viraria
e levaria todos os ocupantes a morte. Lançaram ao mar todo material que podia
ser desprezado e ao final restando apenas a tripulação veio a idéia de pularem
no mar. Paulo então diz:
“(…) Desde muito tempo ninguém havia comido nada. Paulo levantou-se no
meio deles e disse: Amigos, deveras devíeis ter-me atendido e não ter saído de
Creta, e assim evitar esse perigo e essas perdas. Agora, porém, vos admoesto a
QUE TENHAIS CORAGEM, POIS NÃO PERECERÁ NENHUM DE VÓS, MAS SOMENTE O NAVIO. Esta
noite apareceu-me um anjo de Deus, a quem pertenço e a quem sirvo, o qual me
disse Não temas, Paulo. É necessário que compareças diante de César. Deus
deu-te todos os que navegam contigo. POR ISSO, AMIGOS, CORAGEM! EU CONFIO EM
DEUS QUE HÁ DE ACONTECER COMO ME FOI DITO. VAMOS DAR A UMA ILHA“. (Atos 27,
21-26)
Não abandonemos o barco, haverá sempre uma ilha.
Pessoas que passaram por grandes tormentas na vida testemunham que em um
dado momento, quando viam a esperança a certa distancia, perceberam a mudança no
sentido do vento. No olho do furação que viviam, Deus concedia pela fé uma ilha
de tranqüilidade a aqueles que não desistiam. Derrotas, percas, tormentas,
[...] também nos ensinam, mesmo que duramente, no entanto é preciso crer que
venceremos.
Por fim, saiba que ACREDITAR, no dicionário, vem antes de gritar,
portanto, não pule do barco!
Um imenso abraço fraterno!
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