Dia 08
SEXTA FEIRA DA 9ª SEMANA DO TEMPO COMUM 08/06/2012
1ª Leitura 2Tm 3, 10-17
Salmo 118 (119) , 165,a
Evangelho Marcos 12, 35 – 37
Para os mestres da lei, o Messias
está atrelado á história e embora seja anunciado como alguém excepcional, de
grande poder e glória, está exatamente dentro de uma categoria humana e
nesse caso, inferior a Davi ou no mínimo igual a ele em valentia e conquista na
vida terrena., pois o Povo de Israel também tinha seus mitos e o Rei Davi era
um deles. Justamente por tê-lo como referência mais importante, o maior
de todos os reis, aquele que havia unificado o maior império que o Oriente já
tinha visto, os demais mitos que fossem surgir na história, tinham que ter uma
relação com ele para ter credibilidade, daí o Messias vindouro ser sempre
apresentado como o Filho de Davi.
Nos escritos de Marcos, Jesus não
quer fazer concorrência á Davi e nem menosprezar a sua importância e
grandiosidade na historia de Israel, mas fica muito claro que a sua identidade
enquanto Messias esperado, não se esgota nos acontecimentos da história, e nem
pode ser compreendido apenas nessa linha da poderosa estirpe do Rei Davi. Ele é
Deus e o seu Senhorio supera todo e qualquer empreendimento ou conquista
humana. Jesus ao ensinar no templo, lembra a seus ouvintes que o próprio Davi
chamou-o de “Meu Senhor”. Escrevendo sobre isso aos Efésios, o apóstolo Paulo
afirmou que “O Pai o assentara à sua direita nos lugares celestiais,
muito acima de todo governo, e autoridade, e poder, e senhorio, e todo nome
dado, não só neste sistema de coisas, mas também no que há de vir’. (Efésios
1:20, 21).
O homem de nossos tempos quer
compreender Jesus não como Senhor Absoluto, mas como alguém atrelado á
história, famoso, admirável, grandioso e poderoso, mas que apenas está entre as
maiores personalidades do mundo e da história e assim, não se submetem a Ele,
não aceitam como Deus e Senhor, e embora todos admirem seus ensinamentos
contidos nos evangelhos, estes têm pouca ou nenhuma influência sobre o que se
pensa e o que faz nesta pós-modernidade onde cada homem quer ser o Deus de si
mesmo.
Como então não ser influenciado por
este pensamento nefasto que venera o Antropocentrismo? Nós cristãos não estamos
em uma redoma de vidro, protegidos de tais pensamentos e costumes....A resposta
sem sombra de dúvida está na primeira leitura da liturgia de hoje onde em sua
carta pastoral direcionada a Timóteo, o apóstolo exorta com toda firmeza e
convicção “Permanece firma naquilo que aprendeste e aceitastes como Verdade; Tu
sabes de quem o aprendestes...”
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