Quinta - feira, 23 de Agosto de 2012.
Evangelho: Mt 13, 44-46
O evangelista Mateus volta para sua comunidade à reflexão a cerca do reino dos céus. Para justificar a prática da justiça sobre as práticas maléficas que destroem a comunidade Mateus compara o reino dos céus com o achado de um tesouro ou do comprador de pérolas. Ambos são maravilhosos e de grande valia. Assim deve ser o reino dos céus para o homem: cheio de alegria, ternura e uma vontade de ter para si toda a beleza do encanto.
Porém, o reino é belo para quem o procura, mas não deve escondê-lo na intenção de usufruir individualmente. A beleza do reino deve ser colocada em evidência para que todos possam enxergá-lo e participar das entranhas que as conceberam o reino.
Acontece que algo pode atrapalhar a procura do reino. O tesouro poderá permanecer escondido caso a injustiça paira sobre a prática do homem. Não poderá ser possível conceber a grandeza do mundo em igualdade e feliz para todos se as mazelas sociais insistirem em fazer parte da sociedade. Enquanto o ”homem ser o lobo do homem” , destruir a essência da humanidade com intuito do proveito próprio, de prevalecer sobre o outro, de mascarar os pequenos e de elevar o ego a partir do princípio da pujança econômica, o reino dos céus não aparecerá. Será preciso mudar de vida e acreditar na comunidade e nas práticas do bem e da justiça.
Foi bem isso que Mateus propôs para sua comunidade. Exemplificando para todos nas parábolas de Jesus à multidão. Jesus falava para todos com facilidade e seu exemplo demonstrava um seguimento reto e cheio de misericórdia. Dessa forma todos compreendiam.
Aproveitando a lição de Jesus à multidão Mateus cobrava de seu povo prática maleável de concórdia. Seu povo precisava voltar para a unidade entre todos, pois assim viveriam em paz. O resultado seria o reino dos céus seu maior tesouro.
Para o homem de hoje que vive a procura de pérolas e de tesouro o reino dos céus passa a não ter sentido. Os encantos da fé e o paraíso dos céus passaram a ser como história de carochinha. Não acredita mais, ou passa a ser uma estória de criança.
O homem de hoje perdeu a sensibilidade para as coisas dos céus. Não compraz sentimento de amor, fé, respeito, solidariedade, comprometimento, igualdade e felicidade. O homem de hoje tornou insensível para as coisas do Alto. Colocou em seu coração toda a maldade televisiva, a maldade da corrupção, a maldade da destruição, em troca do apego aos bens da vida mundana. Enfim, o homem de hoje se esqueceu de Deus momentaneamente.
Claro que tem exceções. Quando afirmo ao homem estou referindo à natureza humana. Nem todo o cristão esqueceu-se de Deus. Mas o homem sim. Perdeu a sensatez da ação do Espírito Santo em sua vida.
Portanto, o maior tesouro é o reino dos céus e para tê-lo em mãos é necessário enxergar com os olhos da simplicidade e da justiça, mas lembre-se de apresentar aos outros irmãos que ainda não encontraram a beleza da vida. Que assim seja, amém!
Claudinei M. Oliveira
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