Sexta-feira,
11 de Maio de 2012.
Evangelho: Jo 15, 12-17
“O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a
sabedoria, a força e a honra, aleluia!” (Ap 5,12)
O evangelista João destaca sempre a palavra amor. Podemos até afirmar que
João escreveu o Evangelho do amor. Não iremos encontrar relevância
do amor nos outros evangelista quanto em João. Mas, sua tese baseia na unidade
da comunidade a partir da vivência do amor.
Para dar segurança nos seus escritos João fundamenta sua teoria na vida de
Jesus. Não tem outro sujeito corajoso, perspicaz e audacioso do que Jesus. Ele
revelou com dignidade o amor e expressou com tenacidade para todos verem e
copiá-lo. Jesus é o amor verdadeiro. Jesus é o tronco da
videira que alimenta os ramos para produzir frutos bons, Jesus é o encantador
pela sua fala, pelo seu trabalho e pelo seu legado.
Depois de mostrar o caminho a ser trilhado com maestria, Jesus vai deixar
saudade em sua comunidade. Seus amigos verdadeiros foram aqueles que ouviram
seu chamado, abandonou tudo, e partiu para a missão. Por isso Jesus os
chama de amigos. Não levaram nada a não ser a vontade de mudar de vida e
construir o Reino da justiça com veemência. A missão visualizada por Jesus
era clarear aos olhos de todos a necessidade de amar. Amar sempre. Amar
sem nada em troca. Amar verdadeiramente.
Jesus proclama aos discípulos a bem fazer do amor na sua plenitude, amai-vos
uns aos outros como vos amei. Jesus recebeu o amor do Pai e por sua natureza
divina repassou este amor aos seus amigos, pois, aquele que vive o ensinamento
do amor, conhece Jesus e torna-se amigo. Sim amigo e não servo. O servo executa
serviço mecanicamente, o amigo compromete-se com o outro, dá sua vida para
salvar o outro, coloca-se a disposição com único objetivo: trazer a felicidade
e o amor para o irmão marginalizado.
Claro que os discípulos não queriam perder visualmente o melhor amigo que era
Jesus. Ele era simpático e determinava a caminhada com destreza. Todos adoravam
o Mestre. Ficar longe do Mestre e ter que seguir o caminho sozinho não
era tarefa fácil. Com certeza, caminhar com Jesus era maravilhoso, era cheia de
graça e cheia de vicissitude. Agora percorrer as trilhas sem o ponto de
referência visível era chocante. Mas, Jesus os preparava muito bem e
afirmava: “o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá”. Logo,
eles não estariam sozinhos, pois tinham apoio do Deus Supremo nas ocasiões
necessárias e conflitantes.
Enfim, João termina o Evangelho firmando que todos devem amar uns aos
outros como Jesus amou, somente assim que o mundo torna-se viável para assentar
os irmãos na graça de Deus e ver a plenitude do amor reinar. Amém.
Claudinei
M. Oliveira
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