MINHA
MÃE!
Neste dia dedicado
as mães, quero dar asas meus pensamentos, deixar meu coração falar de um
tesouro que eu acredito ter lá no céu, rogando a Deus por mim!
Ela era o sol das minhas manhãs, a estrela de maior
brilho, a flor mais bela do meu jardim!
Tinha ternura no
olhar, doçura nas palavras, simplicidade de uma criança e sabedoria de uma
mestra!
Minha mãe só sabia
amar! Seus olhos brilhavam de alegria quando recebia meus singelos gestos de
carinho, o coração recortado no papel de pão, a flor do mato que eu trazia de
longe, e que já chegava murcha em suas mãos! Os versinhos que eu declamava pra
ela, nas festinhas pras mães, lá na minha escolinha!
Minha mãe tinha uma
alegria estampada no olhar, aprendi com ela, que a alegria é sinal do nosso
agradecimento pela vida, que não podemos deixar que as pedras do caminho
ofusquem nossos olhos diante das maravilhas que Deus nos oferece a cada dia e
que podemos extrair coisas boas, até mesmo das nossas dores! Aprendi também,
que a vida é como um jardim: florida, que o amor é o alimento da nossa alma e
que devemos amar sem medida, sem esperar algo em troca...
Ela foi o anjo que
sempre me amparou, que me deixou ser criança, correr, subir em arvore, rolar na
terra... Era uma mulher que unia a fé com a
vida, falava-me de Deu não somente com palavras, mas principalmente com
atitudes.
Minha Mãe, via nos
pobres, o próprio CRISTO CRUCIFICADO! As
portas lá de casa ficavam sempre abertas, para acolher aquela gente sofrida,
que vinha de longe buscar ajuda. Todos
sabiam, que, de lá de casa, ninguém saía com as mãos e o coração vazio!
Ainda me lembro do
DEME, da TUCA, da TIADORA, do PAULINHO, um menino pobrezinho que não saia lá de
casa, só pra ter onde comer! Mamãe
tratava todos como se fossem da família, tinha paciência de ouvir as queixas
daquelas pessoas, que além de coisas materiais, buscavam nela força, ânimo e
carinho. Ela fazia tudo por amor,
sem saber, que ao mesmo tempo, ela passava
para os filhos, grandes ensinamentos! Eu era bem menina, mas observava tudo,
via a alegria de cada pobre, que saia lá
de casa, com um sorriso nos lábios e com seus cestos cheios de alimentos!
Um dia, Deus levou minha mãe deste mundo! Mas não deixou
desamparado nenhum dos seus filhinhos! Além de cobri-los com suas Bênçãos, Deus trocou o meu coração de menina,
por um coração de mãe, assim, eu aprendi a amá-los com amor de mãe!
Vivi com minha mãe
apenas quinze anos, mas seus ensinamentos foram suficientes para construir em
mim, pilares que irão me sustentar por toda minha vida!
Maria Olívia
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