Sexta - feira, 18 de Maio de 2012.
Evangelho: Jo 16, 20-23
Disse Jesus: “vocês vão chorar e ficar tristes, mas as pessoas do
mundo ficarão alegres. Vocês ficarão tristes, mas essa tristeza virará
alegria”.
Jesus enquanto estava com os discípulos trazia segurança e muita alegria. Tudo
que fazia enchia de paz; estar com Jesus era viver no paraíso bem esclarecido,
na verdade Ele era uma peça fundamental para nortear as boas ações junto ao
povo; mas nem todos ficavam contentes com sua presença, pois as
intervenções do Mestre mostravam as feridas bem abertas dos conflitos vividos
na sociedade. Jesus não usava meio termo para apresentar a realidade nua e
crua. Mostrava diretamente para quem quiser ver que a situação dos judeus
e poderosos não comprometia com o seu projeto. Assim, machucava aqueles que
usavam do poder para manter os privilégios à custa do povo.
Para dar um basta na situação de perca os poderosos resolveram matar
Jesus. Isto mesmo, acabar com sua vida. Uma vez feito isto estavam prontos para
continuar fazendo o que bem entendesse com os subalternos. Ninguém mais iria
atrapalhar suas negociatas explorativas.
Jesus sabia que iria morrer em breve, tanto que preparava aos discípulos
há muito tempo. Jesus deveria deixar o mundo terreno para voltar junto ao Pai
do céu. Uma vez discernido sua partida, simbolizava que sua missão estava se
completando. Porém, não significava que seu projeto estava sendo
enterrado, mas sim revigorado com sua vitória sobre a morte. Assim, aqueles que
acompanharam o Mestre aprenderam a destreza da evangelização e deveriam
continuar pregando o Novo Reino da Justiça.
A alegria de alguns se firmariam na morte de Jesus. Para os mortíferos a morte
de Jesus era uma vitória, mas não sabiam que estava sentenciando o caminho para
o inferno. Era na verdade uma alegria falsa e devaneia que não fundamentava em
princípios de amor e solicitude. Era uma alegria da agonia da morte. Jesus
falou para os discípulos que muitos iriam alegrar com a crueldade e/ou morte de
um homem que lutou para ver todos felizes; mas a recompensa dos discípulos
estaria na ressurreição de Jesus. Muitos missionários chorariam, ficariam
tristes, mas com a vitória da vida sobre a morte, todos se alegrarão.
O comprometimento com a proposta de Jesus ainda continua para ser levada a
sério no seio da sociedade em que estamos inseridos. Não temos tempo a perder.
Diante de nossa realidade encontramos muitos maltratando o próprio Cristo com
ofensas pesadas, pois estão negando para muitos humildes a vida digna e feliz.
Jesus deixou o legado para nós pregarmos os ensinamentos aos povos, mas o
que fazemos, quase nada. Temos medo, acomodamos e fazemos de conta que nada tem
a ver conosco. Não dá para ficarmos paradas inertemente diante de
tantas aberrações sociais. Tem momento que parece que estamos contentes com
tantas desgraças ao nosso redor, não temos iniciativas nenhuma de levar uma
palavra, um consolo, ou até mesmo uma caridade. Somos criados para viver e
aceitar a desgraça alheia, quanto mais os vizinhos e irmãos sofrem mais
adoramos. Veja o que os judeus e poderosos fizeram com Jesus, alegraram com sua
morte e, nós, povo de Deus, ainda não aprendemos a viver no amor fraternal.
Portanto, como afirma alguns escritores: a presença de Jesus gera uma
alegria divina que nos permite um novo olhar a respeito de nós mesmos; das
pessoas e das situações que estamos vivendo; uma alegria que gera em nós ânimo
para enfrentarmos as lutas e vencermos, pois Ele está conosco, Ele nos ama, Ele
tem poder para fazer a tempestade deter-se. Amém!
Claudinei
M. Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário