20 DE JUNHO DE 2021
12º DOMINGO DO TEMPO
COMUM
Cor verde
1ª Leitura - Jó 38,1.8-11
Leitura do Livro
de Jó 38,1.8-11
1O Senhor respondeu a Jó, do
meio da tempestade, e disse: 8Quem fechou o mar com
portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio
materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando
marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: 'Até aqui chegarás, e não além;
aqui cessa a arrogância de tuas ondas? ` Palavra do Senhor.
Reflexão - “como enxergar a
Criação de Deus”
Neste trecho do Livro de Jó o
Senhor Deus na Sua grande sabedoria e onipotência faz a ele alguns
questionamentos que se ajustam a nós, hoje.
Quantas vezes nós também nos arvoramos de juízes dos acontecimentos e
queremos desvendar as causas e os porquês das nossas venturas ou desventuras!
Quantas vezes censuramos a Deus por ter permitido que os nossos planos
fracassassem e O culpamos pelas coisas que não dão certo na nossa vida! No
entanto, diante das indagações que Ele próprio nos faz nesta leitura, nós constatamos
que, na verdade, nós não sabemos nada e que não nos cabe julgar o modo divino
de proceder, mas aceitar humildemente tudo quanto Deus julga oportuno
enviar-nos, confiando na força do Seu Amor poderoso por cada um de nós. E a
primeira manifestação do Amor e do Poder de Deus se revela ao homem por meio da
Sua Criação. Ninguém jamais poderá explicar, ou querer entender o porquê das
coisas criadas por Deus. Ele sabe o porquê e o para que, foram feitas todas as
coisas. O mar, as nuvens, o vento, o fogo, o sol, a lua, as estrelas, são obras
de Deus que nos revelam o Seu poder e manifestam o Seu grande amor para com o
homem que na sua limitação pode apenas admirar, preservar e delas usufruir. A
nós, cabe simplesmente, usando da nossa liberdade, agir coerentemente dentro do
que o Senhor nos ensina e confiar na Sua providência e na Sua Misericórdia para
viver com alegria a graça que Ele nos dá, mesmo que estejamos no meio das
tempestades. - De que sentimento você é
tomado quando contempla a natureza? – Você compreende os altos e baixos do mar?
– Com que olhos você enxerga as coisas da criação: somente com os olhos físicos
ou também com os olhos do seu coração? – Você tenta explicar os acontecimentos
imprevistos na sua vida?
Salmo - Sl 106,23-24.25-26.28-29.30-31 (R.
1b)
R.Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,
porque eterna é a sua misericórdia!
Ou: R.Aleluia, Aleluia, Aleluia.
23Os que sulcam o alto-mar com seus navios,*
para ir comerciar nas grandes águas,
24testemunharam os prodígios do Senhor*
e as suas maravilhas no alto-mar.R.
25Ele ordenou, e levantou-se o furacão,*
arremessando grandes ondas para o alto;
26aos céus subiam e desciam aos abismos,*
seus coraçðes desfaleciam de pavor.R.
28Mas gritaram ao Senhor na aflição,*
e ele os libertou daquela angústia.
29Transformou a tempestade em bonança,*
e as ondas do oceano se calaram.R.
30Alegraram-se ao ver o mar tranqüilo,*
e ao porto desejado os conduziu.
31Agradeçam ao Senhor por seu amor*
e por suas maravilhas entre os homens!R.
Reflexão - Os prodígios do Senhor
são testemunhados por nós e como diz o salmo todo aquele que percebe a ação de
Deus no mundo deve dar graças por sua bondade e misericórdia. Estamos no mundo
sujeitos às intempéries da vida, no entanto, temos confiança no Senhor que
escuta o nosso grito e conhece a nossa aflição, por isso, transforma as nossas
tempestades em bonança. O Senhor nos leva ao porto da santidade e nos encoraja
na caminhada.
2ª Leitura - 2Cor 5,14-17
Leitura da
Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 5,14-17
Irmãos: 14O amor
de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só
morreu por todos, e que, logo, todos morreram. 15De
fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos
não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou.
16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo
segundo a carne, agora já não o conhecemos assim. 17Portanto,
se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O
mundo velho desapareceu.
Tudo agora é novo. Palavra do Senhor.
Reflexão - “uma nova criatura”
Em Cristo somos novas criaturas, e as coisas e
o modo de ser do passado não têm mais sentido. “Tudo agora é novo”! São Paulo nos revela que quando isto acontece,
nós não agimos mais conforme a nossa natureza humana, da mesma forma que não
mais enxergamos a Cristo como homem, mas como Deus. É o nosso lado humano que
vai se divinizando conforme a nossa entrega a Cristo. “Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova”, diz São
Paulo. A paixão, morte e ressurreição de
Cristo, por amor a nós, nos motivam a enxergar o Deus Pai de Amor que Ele veio
nos revelar, por isso, São Paulo, fala na sua carta que “o amor de Cristo nos pressiona”. Jesus veio dar dignidade à nossa
humanidade, e, na medida em que nos apossamos de Cristo, nós percebemos a nossa
transformação interior. O parâmetro, então, para que percebamos se somos
criaturas novas, é justamente, o nosso modo de agir segundo Cristo, orientados
conforme o Evangelho e vivendo a caridade como a regra de ouro das nossas
ações. É muito bom a gente meditar sobre a profundeza desta novidade que habita
em nós porque, passo a passo, nós vamos seguindo as pegadas de Jesus e, cada
vez mais nós nos configuramos a Ele. – Pense nisto! – As suas ações já têm sintonia
com as de Jesus? – Você tem sido transformado (a) interiormente? – Você já se
considera um homem, uma mulher nova?
Evangelho - Mc 4,35-41
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,35-41
35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos:
'Vamos para a outra margem!' 36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele. 37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já
começava a se encher. 38Jesus estava na parte de
trás,
dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram
e disseram: 'Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?'
39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: 'Silêncio! Cala-te!'
O ventou cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: 'Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?' 41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: 'Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?'
Palavra da
Salvação.
Reflexão - “medo ou falta de fé?”
A fé é como uma ponte que se move
debaixo dos nossos pés quando atravessamos as dificuldades com Jesus. Naquele dia, ao cair da tarde, os discípulos
de Jesus, obedecendo ao Seu chamado, O acompanharam para a outra margem do mar
da Galiléia. Eles não sabiam o que lhes iria acontecer e durante a travessia a
ventania assolou a barca e eles arguiram a Jesus: 'Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?' Jesus
mandou que o vento cessasse, mas depois os censurou: 'Por que sois tão medrosos? Ainda não
tendes fé?' Assim também nós
agimos! Caminhamos com Jesus certos de que a nossa vida será um mar de rosas,
e, ao cair da tarde, isto é, quando começamos a vislumbrar que a noite da
dificuldade se aproxima, Ele nos chama para atravessar para a outra margem. A outra margem significa o contrário da
tranquilidade em que vivemos, algo mais que teremos que enfrentar, uma missão
diferente, um novo modo de viver. Quando chega a hora da tempestade, nós
começamos a desconfiar do chamado de Deus e esquecemos de que o seguimento de
Jesus implica em que saiamos da comodidade da nossa “vidinha” para entrar na
Sua barca que na maioria das vezes enfrenta o mar bravo onde a ventania lança
ondas fortes e tenta nos afogar. No entanto, mesmo sabendo que Jesus está
conosco, somos, como os discípulos, inclinados a deduzir que Ele dorme enquanto
a tempestade nos ronda e que nos deixou entregues à nossa própria sorte. Há
momentos que a gente pensa até em pular do barco, no entanto Jesus identifica o
que está faltando em nós quando nos declara: “Ainda não tendes
fé?” A nossa falta de fé em Jesus é a
causa do medo que sentimos nos nossos momentos difíceis. Infelizmente, ainda
não nos apossamos deste dom precioso. Murmuramos, reclamamos e, como os
discípulos, nós também O afrontamos: “e
tu não te importas?” O homem novo, cheio do Espírito Santo também é cheio
de fé e tem confiança que Jesus está perto, no barco da sua vida e embora que
às vezes pareça estar “dormindo”, nunca o abandonará. O medo, embora faça parte
da nossa humanidade, não deve, porém, dominar nossa nova criatura. – De que
você tem medo? – Você confia que Jesus está perto de si? – Você também costuma arguir a Deus quando as
coisas são diferentes do que espera? – Você suporta o sofrimento confiando no
poder e no Amor de Deus? – Qual é a sua reação diante dos seus fracassos? –
Você já entrou na barca com Jesus?
Vamos sim está em orações José Salviano.
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo e Nossa Mãe Maria Santíssima continue iluminando a todos. Abraços fraternos.