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terça-feira, 2 de junho de 2020

-A MULTIDÃO O ESCUTAVA COM PRAZER-José Salviano.


05  de Junho-2020

Evangelho Mc 12,35-37

Muita gente rodeava Jesus para escutá-lo. E o faziam com muita boa vontade, com muito interesse. Pois ninguém havia falado como Ele até então.

Neste Evangelho, Jesus deixa bem claro, que Ele não é filho de Davi. E nesta reflexão vamos pular esta parte, pois já discorremos sobre isso em outra reflexão.

Jesus não se importava das pessoas o chamarem de filho de Davi, embora Ele não  ter nenhum parentesco com José, seu Pai adotivo, e que era da linhagem de Davi. Por isso, o povo considerava Jesus, um descendente direto de Davi.

Jesus respeita o  nosso livre arbítrio, o nosso modo de pensar,  pois Ele respeita a nossa liberdade.  Jesus não nos obriga a segui-lo, muito em bora nos convida todos os dias para a conversão.

Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios atos.
Deus quis deixar o homem entregue à sua própria decisão, de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição. Assim, Deus nos convida, porém não nos obriga a segui-lo. Deus nos fez racionais. Ou seja, com a capacidade de distinguir o certo do errado. O adequado, do prejudicial. Desse modo, o homem sendo  racional,  ele é  semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus atos.
Veja bem. Somos semelhantes a Deus. Não somos iguais a Ele, muito embora  tivéssemos recebido  a liberdade.  E é bom lembrar que a liberdade implica automaticamente na responsabilidade.  Pois sendo a liberdade  o poder, radicado na razão e na vontade, de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, ações deliberadas, e pelo LIVRE ARBÍTRIO, cada qual dispõe de si, ESTA LIBERDADE implica automaticamente  na RESPONSABILIDADE das nossas decisões, das nossa escolhas, dos nossos atos livres. Ou seja, temos de responder pelos nossos atos diante dos demais irmãos. Por tanto, a liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. Pelo menos é o que se espera de um cristão autêntico. Assim, a liberdade atinge a sua perfeição quando está ordenada por Deus e para Deus, em comunhão com o próximo.
Nós somos encaminhados para Deus. Ou seja, o nosso fim último é Deus, é a glória eterna. E enquanto não chegamos definitivamente no nosso bem último, que é a vida eterna, a nossa liberdade significa, implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e por tanto, de crescer na perfeição ou, infelizmente para outros, de falhar e pecar. É ela que caracteriza os nossos atos propriamente humanos. Ela torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito para cada um de nós enquanto estamos navegando neste mar revolto que é a nossa caminhada terrena. Vamos, por tanto, buscar o bem, para que nos tornemos merecedores do nosso fim último. E quanto mais nós fizermos o bem, mais livre nós nos tornamos.
Sei que é difícil aceitar esta colocação, principalmente se alguém tem uma fé morna. Pois quem é assim, acredita que ser livre é fazer o que bem quiser. Porém, não é assim que funciona. Pois  não há verdadeira liberdade senão aquela que nos impulsiona para o serviço do bem e da justiça. A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso do uso da nossa liberdade e isso nos conduz à escravidão do pecado, e ao fogo eterno.
Seja livre com Cristo Jesus. José Salviano

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