17 de Junho-2020
Evangelho Mt 6,1-6.16-18
É um ato de vaidade
pretender que todos vejam a esmola que estamos dando ao nosso irmão
necessitado. Essa esmola não vale diante do Pai.
Os outros até podem ver o quanto damos. Porém, nós, não devemos ter
a intenção de mostrar ou deixar que vejam a nossa esmola.
Precisamos ser o mais discreto possível. Como disse Jesus: Que a tua mão direita não saiba o quanto deu
a tua mão esquerda, e vice versa.
Nós sabemos que nesse mundo de Deus tem muita gente que gosta de
aparecer. Gente que pratica o bem com a intenção de ser vistos pelos demais.
Até contrata repórteres para registrar a notícia de uma doação que eles fazem a
uma instituição de caridade, por exemplo, só com o intuito de tirar vantagens
políticas na hora da eleição. Ou seja, aquela suposta obra de caridade, nada
mais foi do que uma manobra
inteligentemente preparada para
rechear a sua campanha eleitoral.
Precisamos dar também o que somos – Quando nos referimos a esmola,
geralmente a primeira coisa que nos vem na mente, são umas moedinhas, ou um
pedaço de pão. Isso é muito pouco. Pois aquele pobre coitado que está lhe
pedindo uma ajuda, com toda certeza está com uma baita fome! Ele
tem a necessidade de um pouco mais. Sejamos mais caridosos.
Por outro lado, para muitos de nós, esmola significa apenas dar
alguma coisa material para o irmão necessitado.
Você já parou para pensar quantas e quantos irmãos estão neste
momento precisando de um carinho? De um sorriso sincero? De alguém para contar
suas aventuras passadas? Ou de alguém que lhe ensine mexer no celular, no
computador, A entrar na Internet? ou mesmo a ler e a escrever? Você que sabe
muito, precisa partilhar o seu saber com os demais. Não seja do tipo que
somente quer aparecer, mostrando o seu conhecimento, esnobando a sua capacidade
de tocar um teclado, suas habilidades em fazer e acontecer diante dos outros.
Ajudar os outros, dar
esmola, é um ato de caridade. E o exercício de todas as virtudes é animado e
inspirado pela caridade. Esta é o vínculo da perfeição e a forma das virtudes: articula-as
e ordena-as entre si; é a fonte e o termo da sua prática cristã. É através da
caridade que nós amamos o nosso próximo. Pois a caridade assegura e purifica a
nossa capacidade humana de amar e eleva-a à perfeição sobrenatural do amor
divino.
Nós precisamos rechear
a nossa vida de muita caridade! Seja
material seja assistencial, isto é por meio da ajuda ao irmão que está
precisando de uma força. A prática da vida moral animada pela caridade dá ao
cristão a liberdade espiritual dos filhos de Deus.
Temos de amar a Deus e
ao próximo. E este amor deve ser em atos, e não somente por palavras bonitas
como fazem muitos por aí. E a caridade é
a forma mais plena e bela de amor a Deus e ao próximo. Pois o cristão já não
está diante de Deus como um escravo, com temor servil, nem como o mercenário à
espera do salário, mas como um filho que corresponde ao amor d'Aquele que nos
amou primeiro.
A consumação de todas as nossas obras é o amor. E
este amor é demonstrado pela caridade. É nele que está o nosso objetivo, o
nosso fim: é para a conquista dele que corremos; corremos para lá chegar e, uma
vez chegados, é nele que descansamos eternamente. Pois foi por meio do amor
expresso em caridade, que merecemos
chegar lá.
Por enquanto fica com Deus e com o irmão. José
Salviano
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