02 de Julho-2020
Evangelho Mt 9,1-8
Triste situação de um paralítico! É um ser humano que não tem
nenhuma capacidade de se locomover
adequadamente, e de resolver as suas necessidades básicas diárias de
forma sustentável.
A cura para um paralitico
significa a devolução de sua vida.
Para ele é como nascer de novo, mesmo já sendo adulto. É uma verdadeira
libertação de uma prisão. Ele se sente agora livre daqueles laços que o
impediam de se movimentar.
Jesus ficou admirado com a grande fé daqueles homens que levaram o
paralítico até Ele para ser libertado da
sua paralisia!
Muitas coisas e fatos podem
nos tirar total ou parcialmente a nossa
liberdade. Poderemos ser ameaçados a
agir de um certo modo, poderemos ser pagos
com grandes somas de dinheiro para
fazer o mal a alguém, ou a um grupo de pessoas, poderemos ser ameaçados
de forma muito perigosa a fazer o mal, a cometer crimes, entre outras coisas
horríveis!
A
nossa liberdade é praticada ou exercitada
nas relações entre as pessoas. Toda a
pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, tem o direito natural de
ser reconhecida como ser humano livre e responsável. Todos devem a todos este
dever do respeito. O direito ao
exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da
pessoa humana, nomeadamente em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser
civilmente reconhecido e protegido dentro dos limites do bem comum, dentro da
sociedade e da ordem pública.
É bom lembrar que liberdade não
significa fazer o que bem entendemos.
Nós somos livres para fazer tudo,
porém nem todo o que fizermos nos torna livres. Pois existem muitas ações que
podem nos tirar a liberdade. Muitos dos nossos atos livres podem nos levar a
prisão.
Ninguém é, plenamente
livre. Nem mesmo aqueles e aquelas que
optaram pelo mau uso da sua liberdade, conseguem fazer o que bem quer na hora que quiser. Eles têm de respeitar os limites
dos seus passos. Vivem evitando ou
fugindo da polícia, têm de administrar o convívio com os seus rivais e com os inimigos de fato e em potenciais. Por tanto, por
incrível que isso possa parecer, os malvados precisam seguir normas, sim. Não podem sair por aí atirando
por todos os lados, e até são gentis e corteses em festas e outros eventos.
Por outro lado, o cristão seguidor de Jesus, também não é, e
nem deve ser plenamente livre. Ele precisa dar o bom exemplo, aos seus filhos e esposa, na
comunidade e na sociedade em que vive.
Em suma, ninguém é
totalmente livre, e nem o deve ser. Pois a liberdade tem seus próprios
limites, assim como temos de ser livres
de forma responsáveis. Temos de responder pelos nossos atos.
Aquele paralítico teve
de presente a sua liberdade física recuperada, porém, ele, em sua vida moral,
social e religiosa, teve de agir com cautela, dentro dos limites dos
costumes e da lei humana e divina.
Assim devemos ser
todos nós.
José Salviano.
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