05 de Junho-2020
Evangelho Mc 12,35-37
Muita gente rodeava Jesus para escutá-lo. E o faziam com muita boa vontade, com muito interesse. Pois ninguém havia falado como Ele até então.
Neste Evangelho, Jesus deixa bem claro, que Ele não é filho de
Davi. E nesta reflexão vamos pular esta parte, pois já discorremos sobre isso em
outra reflexão.
Jesus não se importava das pessoas o chamarem de filho de Davi,
embora Ele não ter nenhum parentesco com
José, seu Pai adotivo, e que era da linhagem de Davi. Por isso, o povo
considerava Jesus, um descendente direto de Davi.
Jesus respeita o nosso livre
arbítrio, o nosso modo de pensar, pois
Ele respeita a nossa liberdade. Jesus
não nos obriga a segui-lo, muito em bora nos convida todos os dias para a
conversão.
Deus criou o homem
racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do
domínio dos seus próprios atos.
Deus quis deixar o
homem entregue à sua própria decisão, de tal modo que procure
por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e
beatífica perfeição. Assim, Deus nos convida, porém não nos obriga a segui-lo.
Deus nos fez racionais. Ou seja, com a capacidade de distinguir o certo do
errado. O adequado, do prejudicial. Desse modo, o homem sendo racional, ele é semelhante a Deus, criado livre e senhor dos
seus atos.
Veja bem. Somos
semelhantes a Deus. Não somos iguais a Ele, muito embora tivéssemos recebido a liberdade.
E é bom lembrar que a liberdade implica automaticamente na responsabilidade. Pois sendo a liberdade o poder, radicado na razão e na vontade, de
agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo,
ações deliberadas, e pelo LIVRE ARBÍTRIO, cada qual dispõe de si, ESTA
LIBERDADE implica automaticamente na RESPONSABILIDADE
das nossas decisões, das nossa escolhas, dos nossos atos livres. Ou seja, temos
de responder pelos nossos atos diante dos demais irmãos. Por tanto, a liberdade
é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade.
Pelo menos é o que se espera de um cristão autêntico. Assim, a liberdade atinge
a sua perfeição quando está ordenada por Deus e para Deus, em comunhão com o
próximo.
Nós somos encaminhados
para Deus. Ou seja, o nosso fim último é Deus, é a glória eterna. E enquanto não
chegamos definitivamente no nosso bem último, que é a vida eterna, a nossa
liberdade significa, implica a possibilidade de escolher entre o bem e
o mal, e por tanto, de crescer na perfeição ou, infelizmente para
outros, de falhar e pecar. É ela que caracteriza os nossos atos propriamente
humanos. Ela torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito
para cada um de nós enquanto estamos navegando neste mar revolto que é a nossa caminhada
terrena. Vamos, por tanto, buscar o bem, para que nos tornemos merecedores do
nosso fim último. E quanto mais nós fizermos o bem, mais livre nós nos tornamos.
Sei que é difícil
aceitar esta colocação, principalmente se alguém tem uma fé morna. Pois quem é
assim, acredita que ser livre é fazer o que bem quiser. Porém, não é assim que
funciona. Pois não há verdadeira
liberdade senão aquela que nos impulsiona para o serviço do bem e da justiça. A
opção pela desobediência e pelo mal é um abuso do uso da nossa liberdade e isso
nos conduz à escravidão do pecado, e ao fogo eterno.
Seja livre com Cristo
Jesus. José Salviano
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