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terça-feira, 12 de setembro de 2017

-O bem e o mal às vezes se confundem-José Salviano

16 de Setembro de 2017

Cor: Vermelho
Evangelho - Lc 6,43-49


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43Não existe árvore boa que dê frutos ruins,
nem árvore ruim que dê frutos bons.
44Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos.
Não se colhem figos de espinheiros,
nem uvas de plantas espinhosas.
45O homem bom tira coisas boas
do bom tesouro do seu coração.
Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro,
pois sua boca fala do que o coração está cheio.
46Por que me chamais: 'Senhor! Senhor!',
mas não fazeis o que eu digo?
47Vou mostrar-vos com quem se parece
todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras
e as põe em prática.
48É semelhante a um homem que construiu uma casa:
cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha.
Veio a enchente, a torrente deu contra a casa,
mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída.
49Aquele, porém, que ouve e não põe em prática,
é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão,
sem alicerce.
A torrente deu contra a casa,
e ela imediatamente desabou;
e foi grande a ruína dessa casa.'
Palavra da Salvação.(CNBB).

Não podemos negar que existem pessoas boas e pessoas más. Isso seria pretender tampara a luz do sol em um dia de verão, com uma peneira.
O bem e o mal convivem na sociedade. Eles se inteiram, se chocam, se misturam, de tal modo que às vezes fica difícil distinguir um do outro, como Jesus nos mostrou na parábola do joio e do trigo.
Jesus disse que assim como não existe árvore boa que dê frutos ruins,
nem árvore ruim que dê frutos bons, nós também somos assim.
Somos reconhecidos pelos nossos frutos. Pelos nossos atos, pelo nosso modo de agir, e acima de tudo pela nossa caridade, ou pela ausência dela.
Muitos de nós, se escondem em uma capa bonita, forrada de sorriso espontâneo, num semblante amigo, com muitos apertos de mão,  muita gentileza, etc.
Porém, lá no findo, ou na realidade, não passam de lobos vestidos de cordeiros. E a sociedade está cheia desse tipo de gente. Lidamos com eles todos os dias, e a todos os instantes.  São pessoas falsas que vêm a nós para nos enganar, pegar o nosso dinheiro, o nosso voto, a nossa confiança para depois aplicar algum golpe, e coisas parecidas.
Porém, se formos mais observadores, podemos detectar naqueles sorrisos forçados, naquela disponibilidade desajeitada, que na verdade, se trata de pura enganação. Pois sua boca não fala do que a sua mente, a sua alma está realmente cheia. Ou seja, suas convicções são outras, ao contrário do que tentam nos demonstrar.
Somos movidos por interesses: econômicos, sexuais, e alguns, são movidos por desvios da personalidade, como é o caso dos criminosos natos, o que é bem mais perigoso, como o sabemos.
E foi exatamente por isso que Jesus disse: “Por que me chamais: 'Senhor! Senhor!', se não fazeis o que eu digo?”
Podemos correr o grande risco de ficar muito tempo dizendo: Senhor, Senhor... ou seja, rezando, repetindo, palavras que não brotam do fundo da nossa alma, da nossa mente, palavras soltas que nem se quer estamos prestando a devida atenção do que estamos falando, pedindo a Deus. Palavras decoradas, ou lidas, e não refletidas. Quantas vezes já rezamos o Pai Nosso sem prestar atenção nas palavras que Jesus nos ensinou?
Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática.”

Jesus nos explica neste Evangelho o que significa ser cristão de verdade. Não basta somente ouvir suas palavras com toda atenção, com todo respeito se não as colocarmos em prática. De nada adianta gritar pelo seu nome, bater na parede do templo, tocar  buzina, fazer gestos espantosos dizendo: sai Satanás! Pois o importante é fazer a vontade do Pai, colocando em prática os ensinamentos do seu Filho.
     
Existem pessoas que se julga santas, pelo fato de assistir missa todo dia, de rezar o terço, e de fazer longas orações. Isso tudo é muito bom, mas se não vier acompanhado de gestos de amor ao próximo, gestos de caridade, de tolerância, de paciência, de compreensão, etc. não valerá nada. É como uma casa construída sobre a areia. Quando bate o  vento e a chuva forte, tudo será destruído.   
        
Do que adianta rezar vários terços, assistir várias missas por semana, ou decorar a Bíblia, se eu discrimino os pretos, os pobres, e os baianos ou nordestinos me sentindo superior a eles? E, olha que às vezes as discriminações são feitas em nome de Deus. É! É duro dizer isso, mais o pior é que é a pura verdade!  Tem pessoas que se julgando santas ou perfeitas, se acham no direito de julgar aqueles que não pensam como elas, e que não são da "raça superior", que não são “puros” como elas.
        
Não adianta fazer uma cara de santo, e depois, ao sair do templo, fazer fofoca, falando mal das pessoas que não acompanham o nosso ritmo de vida.
        
Construir uma casa sobre a rocha firme é amar a Deus de todo o nosso entendimento, com todas as nossas forças, e ao próximo como a nós mesmo. E quem ama o próximo não discrimina, assim como Jesus não discriminou a ninguém. Quem ama o próximo não prejudica ninguém. Quem ama o próximo mata a fome daquele que não tem o que comer. 
        
Caríssimos irmãos. A nossa espiritualidade, a nossa religiosidade tem de estar apontada, voltada para o irmão e para Deus. Ela deve estar direcionada para o Alto, e para os lados, para os irmãos. Parecida com a Cruz. Na qual a cabeça aponta para Deus, e os braços aponta para os irmãos.  Se nos ligarmos somente em Deus  esquecendo do irmão, a nossa fé, ou religiosidade é MUTILADA, é incompleta, é como se faltasse um braço, ou os dois.
        
Então vamos prestar mais atenção nos ensinamentos de Cristo neste evangelho de hoje, que nos orienta  para a verdadeira e completa religiosidade. Assim, nossa fé será parecida com aquela casa construída sobre a rocha. Pode bater o vento das tentações, da descrença, dos sofrimentos, que nós continuaremos firmes unidos a Deus através de Cristo e aos irmãos, rumo à morada definitiva. Porque ninguém se salva sozinho. Lembre-se disso! A nossa salvação está diretamente direcionada aos nossos irmãos. Ou seja, a nossa salvação depende principalmente do nosso relacionamento com o irmão, coma a irmã.


Tenha um bom dia, José Salviano.

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