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de Janeiro- Sexta - Evangelho - Mc 2,1-12
Bom
dia!
Num
primeiro momento como não se encantar com esses dois fatos: a vontade e a
paciência de Jesus em curar os que se acotovelavam a sua procura e a força de
vontade daqueles que subiram no telhado para de lá descerem o paralítico até
Jesus?
Se
imaginarmos a cena, poderemos ver a cidade parada em torno do que acontecia. Um
homem santo, um profeta que curava a todas as moléstias, tanto físicas como da
alma, estava em Cafarnaum e aquele povo sedento vinha até ele com a esperança
de ser tocado e curado. Isso é sinal de fé? Não sei bem! Explico:
Ainda
hoje muita gente vem em busca dos milagres de Deus e não do Deus dos milagres. Falávamos
terça-feira do processo da cura, sob a visão da pedagogia de Jesus, no episódio
narrado da cura da sogra de Pedro: “(…) de fato, JESUS SE APROXIMA, NOS SEGURA
PELA MÃO, AJUDA-NOS A LEVANTAR ENTÃO A REDENÇÃO ACONTECE…”. (reflexão de
quarta-feira)
Precisamos
notar que o empenho daqueles que traziam o paralítico não foi em vão (pois Ele
via a fé deles) e o que Jesus primeiro oferece ao paralítico? O perdão
dos pecados! Como pode alguém querer ser curado se o mal verdadeiro que o
aflige não for junto? Uma mulher que pede pela mudança ou conversão do marido,
que ele passe a acompanhá-la na igreja, entende que ele não mudará enquanto
seus pecados não forem curados (vicio do cigarro, bebida…)
Deus
enxerga o que precisamos primeiro para então enfrentar o telhado que a vida irá
nos impor todos os dias. Será que conseguimos notar a mediocridade daquele que
pede a Deus dinheiro, carros, casa se no fim não tem como manter esse pedido?
Sim! Muita gente ainda volta hoje pra casa com o sentimento que Deus não a ouviu,
pois aquilo que queria não foi atendido? Sim! Somos muitas vezes insensíveis ao
toque de Deus revelando o quanto somos ingratos. Ambicionamos o milagre mas não
a conversão!
Dessa
mesma Cafarnaum, Jesus talvez esperasse um pouco mais de gratidão, visto que a
cidade parara para vê-lo curar de suas enfermidades, mas creio eu, em um
evangelho mais para frente, Ele olha e vê que os motivos deles não eram os
verdadeiros
“(…)
Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem
sido feitos os prodígios que foram realizados em vosso meio, há muito tempo
teriam feito penitência, cobrindo-se de saco e cinza. Por isso haverá no dia do
juízo menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. E TU, CAFARNAUM, QUE TE
ELEVAS ATÉ O CÉU, SERÁS PRECIPITADA ATÉ AOS INFERNOS”. (Lucas 10, 13-15)
Deus
opera em nós curas e milagres, mas quanto tempo dura a alegria e a gratidão
pelo milagre? Cada um de nós tem algo para testemunhar que Deus fez e operou em
nossas vidas e por si só já seriam motivo de eterna gratidão, mas por que
sempre estamos negociando nossa fé a ver novos prodígios? Estou sendo duro?
Não!
“(…)
A centralidade da missão de Jesus encontra-se na revelação do Reino de Deus, de
modo que para ele é mais importante a pregação do que a realização de curas e
outros tipos de milagres. Os milagres estão relacionados com a revelação, pois
explicitam o conteúdo principal da pregação de Jesus que é o amor que Deus tem
por todos nós e o bem que ele concede a nós como manifestação desse amor. Sendo
assim, o mais importante não é o milagre em si, mas a revelação que ele traz
junto de si: Deus ama a todos nós com amor eterno e tudo faz pela nossa
felicidade, e isso deve ser anunciado a todos os povos”. (Reflexão proposta
pela CNBB quanto a Lucas 10)
É
complicado ainda ver pessoas subindo nos telhados hoje e amanhã se comportando
como criança birrenta! Gente, como eu ou você, em que Deus muito operou tanto e
mesmo assim me recuso a crescer na fé. Deus sempre nos dá o que precisamos, mas
nem sempre o que quero é o necessário. No entanto, qual é a nossa retribuição?
Complicado ter que quase mendigar para que pessoas ajudem nas pastorais e
movimentos, que se tornem catequistas, que toquem baixo nas missas, que busquem
uma vida mais santa…
Somos
perfeitos em Deus, mas frágeis e suscetíveis aos erros como homens, mas não
abracemos a ingratidão. Por hoje: “(…) Eu digo a você: levante-se, pegue a sua
cama (o que te prende) e vá para casa”.
Um
Imenso abraço fraterno!
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