27 de junho
Evangelho
- Mt 8,18-22
Quantos irmãos nossos que vivem sem teto! Quantos
que não têm onde morar, onde repousar a cabeça.
Quantos e quantas que de uma hora para outra têm a
sua casa destruída pela enchente, e perdem tudo o que possuem!
Por outro lado, outros filhos de Deus, vivem em
mansões, em apartamentos de luxo, sem se importarem com aqueles e aquelas que
sofrem frio e dormem com fome!
Essa é a realidade dessa vida. Uns com muito e
outros com muito pouco, ou com nada!
Um escriba se mostra disposto a seguir Jesus.
"Respondeu Jesus: As raposas têm
suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde
repousar a cabeça."
Jesus fala que para segui-lo é necessário ser uma
pessoa despojada de si mesma, sem reservas, sem apegos às coisas desse mundo,
sem ser meio lá meio cá. É o
caso dos nossos sacerdotes, que morrem para si mesmo e se entregam para continuar a missão de Jesus. Para isso é preciso
ter coragem! Não é coisa muito
fácil. Pois o sacerdote olha do lado e vê as pessoas com roupas novas, carros
importados, dinheiro no bolso para comprar o que bem quiser, casa para morar, e
familiares reunidos que bem ou mal, vivem uma vida na companhia uns dos outros.
Meus irmãos, minhas irmãs. É por isso que nós, os
membros da comunidade paroquial, temos que dar todo apoio possível ao
sacerdote, convidando-o para almoçar em nossa casa, ficando mais tempo em sua
companhia, dando todo o carinho fraterno que ele merece e precisa para não se
lembrar que é um celibatário.
Porque o problema do celibato é parecido com o
seguinte exemplo: A Televisão, no seu noticiário, anunciou que a partir do meio
dia vamos ficar sem água por cinco dias. Que acontece na nossa mente? Ficamos
com sede na hora. Só de pensar que não terá água, além da sede, começamos
a nos sentir sujos, até com coceiras pelo corpo com vontade de tomar aquele
banho. É o que acontece com o seminarista. Só de saber que não poderá se casar,
ele sente mais vontade de construir um a família. Outros jovens solteiros da
sua idade, nem estão pensando no assunto. É igual a pessoa que mora em frente
ao mar. Fica dias, até meses sem ir à praia. Ela pensa. A praia está aí mesmo,
quando eu quiser, eu vou. Hoje não. Deixa para outro dia. Assim, os dias vão se
passando, e aquela pessoa nem se preocupa com a praia. Ao contrário, uma pessoa
que mora longe do mar, fica pensando o verão inteiro como seria bom morar perto
da praia para tomar banho de mar todos os dias! E quando tem a oportunidade de ir ao mar, aproveita
tanto como se fosse morrer amanhã. Isso é parecido com o problema do celibato.
Se ele não fosse obrigatório, os seminaristas e padres não teriam nenhuma
complicação com relação à solidão. Já sei que você está se preparando para
mandar-me um recado dizendo que o problema da solidão é superado com a graça de
Deus, e da Virgem Maria. Claro, que é. Mas não se esqueça das tentações do
mundo atual que nos cercam por todos os lados. Na rua, na internet, no cinema,
na televisão...
Todo cristão, toda cristã, deve ter o bom senso de
contribuir para que os nossos sacerdotes se sintam em UMA FAMÍLIA, em se
tratando de comunidade paroquial. Façamos isso e estaremos ajudando em vez de
atrapalhar aqueles que fizeram uma entrega total de suas vidas, daqueles que
atenderam o chamado de Cristo para transformar o mundo pecador. Amém?
Um bom dia, José Salviano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário