Dia 03 de aneiro
Diante
da discussão entre os discípulos de João e um judeu, a respeito da purificação,
João Batista age com muita habilidade, para resolver aquele desentendimento. Os
judeus, entendiam a questão da purificação de uma forma totalmente distorcida
ao longo dos tempos, enquanto que João Batista e seus discípulos a entendiam da
forma que lhes foi inspirada pelo Espírito Santo.
Mas João está mesmo é preocupado em
concluir o seu trabalho de preparação dos caminhos que levam ao Messias. E
naquele momento ele já estava quase terminando a sua tarefa. Vejam que Ele
afirma: Importa que ele
cresça e que eu diminua.
A figura de João Batista tinha
crescido tanto que poderia até prejudicar a pessoa de Jesus Cristo. Por isso é
que ele se expressa desse jeito. Ele vê Jesus se aproximando, e diz: "Eis o Cordeiro
de Deus, aquele que tira opecado do mundo". O fato de João
apontar Jesus como o Cordeiro recorda imediatamente a Páscoa da libertação da
escravidão egípcia (cf, Êxodo 12,1-14). A prática de Jesus será uma
prática de libertação e de passagem da escravidão e morte para a liberdade e a
vida. Jesus vai tirar o pecado do "mundo". Pecado é adesão a um
sistema social que gera a morte do povoe do mundo. Com sua prática, Jesus
libertará as pessoas desse sistema de morte. Todavia, isso não se dará sem o
enfrentamento do centro do poder,representado pelo Sinédrio, o supremo tribunal
que irá condenar e matar Jesus. Mas Jesus ressuscitará e vencerá o poder da
morte.
Em seu
testemunho, João afirma que Jesus é mais importante do que ele. Por isso ele,
João precisa encolher, para dar lugar ao brilho de Jesus.
Seria um
absurdo também se algum de nós se considerasse tão importantes quanto a pessoa
de Jesus. Quando estamos dedicados ao nosso trabalho pastoral, missionário,
recebemos muitos elogios, que podem por um momento nos envaidecer, nos fazer
sentir grande. Cuidado! Grande, Santo é só um. Deus.
Observem
que o próprio Jesus repreendeu aquele jovem quando o chamou de Mestre. Por que
Mestre é só o Pai.
Irmãos.
Sejamos humildes. Os elogios são importantes, e até necessários para incentivar
alguém que está dando tudo pelo Reino de Deus. Mas vai devagar. Não se ache o
máximo diante dos elogios.
João
Batista ao se preocupar em diminuir a sua importância, a sua imagem para que
Jesus possa crescer e exercer a sua missão, nos ensina que nenhum líder
comunitário deve fazer-se mais importante que o padre, ou o vigário da
paróquia.
Por
outro lado, o padre não tem o direito de dificultar o trabalho de um catequista
pelo fato dele saber mais que o padre. Pelo fato do catequista ser um
iluminado, e muito esforçado. O padre tem por obrigação, arrumar tempo para
ler, meditar e rezar muito. Para não se sentir menor que nenhum membro da
comunidade paroquial. O padre é o padre. Acima de tudo tem de fazer por merecer
a iluminação do Espírito Santo. Tem padre que reclama da repetição do
evangelho. Mas fazer o que? É assim mesmo. Os ensinamentos de Jesus são poucos.
Podem ser resumidos em duas frases. Amar a Deus e ao próximo. O resto são
detalhes, que só com muita iluminação, podemos sempre estar variando para
evitar a repetição.
Sal.
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