23 de janeiro
Jesus
entra no templo e logo percebe um irmão excluído pela sociedade por causa de um defeito
que tinha em uma das mãos. Sentado no chão, com vergonha por ser um dos últimos
dos seres humanos naquela sociedade excludente, e com pena de si mesmo, o pobre
homem tentava se conformar com a cruz que tinha de carregar, como o faz muitos
irmãos que hoje perambulam pelas ruas de nossas cidades, pobres criaturas mal
vestidas e mal cheirosas, dependentes da nossa caridade para matar a fome e a
sede.
Era dia
de sábado, e segundo a lei não era permitido fazer absolutamente nada.
Estavam
presentes os lideres judaicos, escribas e fariseus, que se julgavam os puros
observadores da lei de Israel, estavam como sempre a observar se Jesus faria
algum milagre no dia do descanso segundo a Lei. Eles não disseram nada. Somente
estavam observando, mas Jesus percebeu os seus pensamentos e sem nenhum temor,
pede ao aleijado que se levante. Todos de olhos nos dois, principalmente os
escribas e fariseus. E Jesus então pergunta aos presentes, especialmente aos
seus adversários:
“Eu
pergunto a vocês: o que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é
permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar
morrer?”
Em
seguida, Jesus cura, aquele homem libertando-o daquele defeito que o
marginalizava, que o humilhava.
Os lideres judaicos, furiosos,
trocam entre si opiniões, sobre como eliminar Jesus, que segundo eles, estava
desrespeitando a Lei.
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Ao
contestar a observância religiosa do repouso sabático, imposta pela Lei de
Israel, Jesus mostra que o mais importante, é salvar a vida, é fazer o bem, e
não observar cegamente um preceito religioso simplesmente por observar. Este
foi um dos quatro gestos de Jesus em que Ele agride a ordem legal defendida
pelos mandatários locais. Jesus não se intimida e, ostensivamente, toma a
iniciativa provocadora de passar por cima daquele preceito religioso e libertar
aquele pobre homem do seu motivo de humilhação social. Enquanto que os seus
oponentes, que se julgavam tão santos, tramam a morte de Jesus.
Nós
também não devemos nos intimidar diante das injustiças, diante das coisas
erradas que nos cercam. Vizinhos que nos incomodam, e outros abusos que são
frutos do egoísmo das pessoas que só pensam em satisfazer os seus intentos e
desejos sem se incomodar se estão prejudicando os demais. Precisamos ter a
coragem de reclamar, de enfrentar tais abusos, porém sem ofender os
abusados.Poderemos ser crucificados, retaliados. Por isso, peçamos a proteção
de Deus.
Sal.
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