Bom dia!
Paulo tem tamanho destaque e
admiração da Igreja, que mesmo seu dia sendo comemorado conjuntamente a São
Pedro no mês de Junho, hoje comemoramos a sua conversão pessoal. A mudança de
vida desse homem associado ao seu compromisso e destemor com que se dedicou
levar a Boa Nova, o destacam como modelo de homem e evangelizador.
Tento encontrar na internet, mas não
tenho as referencias de uma palestra que vi pela TV onde Dom Alberto Taveira,
na Canção Nova (Colônia de Férias), fez uma colocação intrigante sob o fato de
muitos buscarem a igreja, mas não procurarem a conversão. De certa forma ele
apresentava uma realidade que vivemos. Juntando esses pedaços ao primeiro
enunciado, temos uma situação: O que seria da igreja que conhecemos se Paulo
curasse sua visão, mas não se convertesse?
Outro ponto: Na prática existem
“conversões” e não apenas uma conversão. Não adianta se agarrar ao primeiro
encontro se persisto, como diz padre Joãozinho, “lutando com as mesmas armas
todos os dias”, pois quando mudo de atitude provoco uma alteração de direção em
minha vida (conversão); planto novos objetivos pessoais, sonhos e planos, mas
isso pouco dará frutos se não volto dia após dia para ver se o solo precisa de
água, adubo, (conversões)…
Muitas vezes nos apegamos a primeira
conversão, mas não mudamos na essência. Precisamos sempre voltar ao local onde
Jesus semeou a Boa Nova para regá-la. Padre Joãozinho apresenta que o próprio
Saulo sofreu outras conversões que moldaram seu caráter e o tornaram o Paulo
que conhecemos e admiramos.
“(…) Paulo, o grande apóstolo, teve
uma primeira conversão no caminho de Damasco. Deixou de perseguir os cristãos,
mas utilizava a mesma arrogância para anunciar o evangelho. Alguma coisa
aconteceu. Houve uma segunda queda. E uma segunda conversão. O Paulo que
escreve a segunda carta aos coríntios não é o mesmo que escreveu a primeira.
Leia e perceba a diferença. Agora temos um sujeito humilde que diz: trazemos
este tesouro em vasos de barro (2 Cor 4,7)“ (blog canção Nova – padre Joãozinho
– segunda conversão)
Esse Paulo, que foi Saulo, referência
cristã no dia de hoje, é fruto dos atos diários de conversão que teve. Creio
que seja assim que devemos entender: Quem participa de encontros, retiros,
congressos, volta profundamente transfigurado pela graça de Deus, mas essa
graça deve ser monitorada, cultivada, regada, (…). Uma camiseta nova, um terço
novo não vão adiantar se não dobrar meu joelho e continuar rezando para manter
a graça “viva”.
Parafraseando o que padre Joãozinho
afirma sobre a segunda conversão de Paulo trago um questionamento para todos
nós: Será que sou “ainda” o mesmo de dez anos atrás? Será que os pequenos
vícios do passado ainda me acompanham?
Precisamos ter muito cuidado com a
perca do zelo pela conversão diária. Quedas e esfriamentos acabam sendo
inevitáveis. Pequenas sementes, ervas daninha, fungos (…) podem comprometer
toda uma plantação, todo o trabalho de uma vida. Pequenos defeitos todos têm,
mas não podemos nos acomodar a eles. O que adianta toda sabedoria do mundo se
não conseguir ouvir uma opinião contrária? Como sou dentro e fora da igreja?
Meu coração realmente se converteu?
“(…) Entre dentro do seu coração e
descubra que você foi feito para fazer o bem, mas o próprio São Paulo dizia:
‘EU FAÇO O MAL QUE NÃO QUERO E NÃO FAÇO O BEM QUE EU QUERO’. É uma contradição,
uma angústia que ele experimentava dentro de si e você também experimenta. Você
faz mil propósitos: ‘Eu quero acertar’. Mas quantas vezes nós caímos, erramos e
precisamos recomeçar continuamente. Esta obediência não é sempre fácil, ao
contrário é exigente.“. (Dom Alberto Taveira)
Além de todo trajeto percorrido para
levar a Boa Nova, São Paulo conseguiu também se renovar durante o trajeto. Quem
coordena ou ocupa postos de liderança, seja na igreja, em casa ou no trabalho,
por mais tempo que tenham, também precisam, como Paulo, se deixar converter por
suas próprias palavras; deixar-se curar do veneno que impregna nossa alma
pecadora chamado auto-suficiência, orgulho, egoísmo…
Por fim, para aqueles que não vêm
ainda a necessidade da mudança contínua, deixo um breve desabafo do Ricardo Sá
“(…) Quantas vezes, eu ouvi tantas
coisas e voltei para casa chorando e, graças a Deus, chorei no colo da Eliana,
minha esposa. Pessoas que me disseram, aqui, no pé da escada, que eu era auto-suficiente,
arrogante, etc. O QUE VOCÊ ESCUTA E O TIRA DO SÉRIO É PORQUE TALVEZ POSSUA UM
POUCO DE VERDADE. É tempo de mudança, e se você quiser mudar realmente, este é
o tempo propício. Nosso Senhor espera de nós uma verdadeira conversão!“.
São Paulo, ensina-nos o que
aprendeste pelo caminho!
Um Imenso abraço fraterno!
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