Terça - feira, 05 Fevereiro de 2013.
Evangelho: Mc 5,21-43
Impressionante a dinâmica de Jesus. Além de carregar multidões, sensibilizar pessoas, encorajar alguns desmotivados, ensinar seus discípulos a arte do amor, tinha tempo para curar as pessoas, renovar vidas e alimentar a alma de muitos com seu encanto.
Bastou uma frase para animar Jairo e fazê-lo compreender que a vivacidade do Espírito não tem limites quando não tem medo, mas tem fé. A fé é algo individual que alinha o pensar do homem no plano do mistério. É o acreditar na suprema misericórdia de Deus sem enxergar ou tocar. A fé transcende a alma do cristão, alimenta a crença e carrega de esperança. Se não existir a fé, nada vale a presença de Deus e nem seus ensinamentos.
A fé no poder de Jesus fez a mulher doente ser curada simplesmente no toque de sua veste. Ela estava enferma, nada estancava o sangue, mas sua fé a curou. Na verdade a mulher ficou curada pela fé e pela coragem. Não amedrontou de ser julgada, não se intimidou; ela foi ao encontro de Jesus porque queria ser curada. A mulher não pensava em outra coisa a não se a cura. Ela despojou-se ao lado de Jesus, confiou nas suas palavras e canalizou todas as energias para o milagre. Por isso Jesus queria saber quem havia tocado em suas vestes e ao descobri-la disse: “Filha, atua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
Inacreditável tanto o milagre da cura como a fé da mulher doente. Esta cena deveria mexer com o imaginário de qualquer pessoa. De repente uma pessoa fica curada no estalar de dedos! Somente Jesus tinha este poder misericordioso.
Mas a alegria de ter fé não parou somente neste caso. Jesus estava indo para casa do chefe da sinagoga ver a menina que estava morta. No caminho muitos zombavam de Jairo e até de Jesus dizendo: a menina está morta, porque incomodar este rapaz, claro que não voltará a viver. Mas Jesus tinha uma missão de revelar aos olhos dos incrédulos que a fé e a crença no Deus poderoso devem existir. Nada poderá ser impossível para o Filho do Homem.
Claro que Jesus deu vida nova para a filha de Jairo de apenas doze anos. Ao dar a vida para a jovem Jesus quis firmar para seu povo que a renovação da vida é fundamental para reviver novos tempos. A morte da menina representa os costumes velhos da crença dos fariseus que adoravam Deus, mas massacravam o povo pobre, rezavam nos templos, mas dizimavam as pessoas com duro trabalho, vestiam-se bem e sentavam-se nas primeiras filas nas sinagogas, mas martirizavam o povo que não tinha o desprendimento para vestir-se bem.
Todos ficaram admirados com a dinâmica de Jesus. Além de curar a doença da mulher, deu vida nova para a filha do chefe da sinagoga. Não era para menos. Jesus não só surpreendia as pessoas como as faziam pensar no acontecido. Isto mesmo, Jesus desenvolvia a consciência das pessoas para terem criticidade de tudo que acontecia. Não queria pessoas alienadas, sem gosto para a vida e sem projetos para o bem viver; ele queria pessoas firmes, de consciência clara e atuantes na sociedade. Pessoas que não tivessem preguiça para buscar o novo e nem medo de denunciar as mazelas sociais.
Jesus foi um exemplo de coragem e apontamento para novos projetos. Viajou por vários lugares plantando flores nos corações das pessoas para um dia existir um belo jardim, onde todos pudessem contemplar as belezas do Criador e sentirem-se protagonistas na construção da bela paisagem.
Portanto, o medo e a falta de fé podem impedir que conheçam o maior homem que já existiu: Jesus de Nazaré. Mas somos teimosos e acreditamos na presença invisível do Mestre. Somos felizes porque somos filhos de Deus amado. Assim seja, amém!
Claudinei M. Oliveira
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