Quinta - feira, 27 Dezembro de 2012.
Evangelho: Jo 20, 2-8
O evangelista João sintetiza bem a disposição das comunidades depois da morte de Jesus. Mesmo sabendo da necessidade de continuar lutando pela divulgação do reino e pela luta da libertação, as comunidades enfraqueceram um pouco, ficaram meio mornas, desanimadas e sem aquele afinco ardente para o trabalho.
Precisou mais uma vez da força feminina, desta vez de Maria Madalena, correr e anunciar que Jesus não estava no túmulo. De repente encontraram o túmulo vazio somente com o pano de linho. Onde estava Jesus? Por que não estava mais ali? O que fazer agora?
Os dois discípulos encontrados por Madalena representam o ânimo das comunidades, tanto que um saiu correndo para checar a veracidade da notícia. Já o outro chegou atrasado. Na verdade, aquele discípulo que correu mais significa o grande amor que tinha em Jesus; ele chegou primeiro, não porque tinha mais força física ou estava mais preparado, porém significa que tinha mais amor, compaixão e discernimento, tinha uma vontade de estar próximo de Jesus. Já aquele que demorou chegar, mostrou a falta de interesse de algumas comunidades em aderir seu modo de vida, não tinham comprometimento com a verdade de denunciar as injustiças, ou seja, não tinham interesse em abraçar a vida do Cristo na totalidade.
O discípulo amado do Senhor acreditou na ressurreição, tinha plena certeza de que Jesus subiu aos céus para completar o ciclo terreno, ou seja, veio ao mundo; enfrentou as desordens sociais e mostrou o caminho certo a ser trilhado com perfeição. Mas antes de partir, construiu uma comunidade de discípulo que deveria assumir seu trabalho de vida.
Simão Pedro deveria reconciliar com Jesus, mesmo entrando primeiro no túmulo e vendo vazio, ainda não acreditava que teria ressuscitado dos mortos, ou seja, Jesus não teria vencido a morte com a vitória da ressurreição. Diante desta afirmativa, Simão Pedro representa ainda muitas pessoas que duvidam de libertação de Jesus, das ações partilhadas do Mestre e das oportunidades que cada pessoa deve ter para ser igual socialmente.
Cada cristão ou cada indivíduo precisa da justiça e da fraternidade. Não pode ser possível viver num mundo em busca da salvação com pessoas duvidando do projeto de vida de Jesus; não pode ser possível caminhar para os céus se não caminhar na justiça do reino. Para Jesus o homem deve amar através da fé os feitos do Criador para que todos vivam na esfera da solidariedade. O homem passivo e duvidoso não ajuda o reino a crescer e, para o reino crescer o homem precisa acreditar no filho do Deus que teve a coragem de cumprir as promessas feitas às gerações passadas.
Portanto, seja um discípulo amado de Jesus; acredite nas suas palavras e segue o Santo Evangelho para ter a certeza de um dia viver eternamente ao lado do Criador. Amém!
Claudinei M. Oliveira
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