02 de julho -- DOMINGO - Evangelho - Mt 16,13-19
Tu
és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.
Hoje
é com alegria que nós celebramos a solenidade de S. Pedro e S. Paulo. Eles são
chamados de “colunas da Igreja”, porque Pedro foi o seu primeiro chefe, e Paulo
o primeiro propagador entre os pagãos. Por caminhos diferentes, os dois testemunharam
Jesus Cristo, inclusive entregando a vida por ele.
O
Evangelho narra o momento em que Jesus confere a Pedro o Primado na Igreja: “Tu
és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno
nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu
ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será
desligado nos céus”. Veja que Jesus fala “minha Igreja”. Se é dele, ele tem
autoridade para determinar quem é o chefe. Nós agradecemos a Jesus a clareza
com que ele instituiu Pedro como o chefe supremo da Igreja. Só está unido com
Cristo quem está unido com a Igreja; e só está unido com a Igreja quem obedece
filialmente ao Papa.
E
agradecemos a Deus a sucessão de S. Pedro, que nunca foi interrompida. O Papa
Bento 16 é o 266º sucessor de S. Pedro na cátedra de coordenador geral da
Igreja. Por isso hoje é também o Dia do Papa. Nós reafirmamos a nossa
obediência filial a Bento 16, e rezamos por ele, para que tenha muita saúde,
sabedoria e santidade, a fim de continuar à frente da Igreja por muitos e
muitos anos, como um bom pastor.
A
segunda Leitura apresenta um pouco da vida de S. Paulo, cujo bimilenário de
nascimento estamos celebrando. Ele nasceu em Tarso, na Cilícia, que pertence à
atual Turquia, no Ano Nove da era cristã.
A
palavra “Igreja” foi criada por Jesus para designar a sua instituição. Qualquer
instituição religiosa que se chame de igreja, está usando indevidamente o termo
próprio da Igreja Católica, dado pelo seu fundador.
Vamos
reafirmar a nossa fé na Igreja Católica, como diz o Creio
Niceno-constantinopolitado: “Creio na Igreja, una, santa, católica e
apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados”.
Olavo
Bilac foi um dos maiores poetas brasileiros. Morava no Rio de Janeiro e faleceu
em 1918. Certa vez, um amigo seu encontrou-se com ele na rua e pediu: “Olavo,
estou precisando vender minha chácara, que você bem conhece. Preciso colocar um
anúncio no jornal. Por favor, faça para mim o texto do anúncio, porque eu não sei
fazer”. Bilac pegou um papel e uma caneta e escreveu na hora, ali mesmo na
calçada, sobre a pasta que trazia na mão, o seguinte texto: “Vende-se uma
encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso
arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa
banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda”.
Meses depois, Olavo encontrou-se com amigo e perguntou: “Já vendeu a chácara?”
“De jeito nenhum” – respondeu ele – “Quando li o anúncio, percebi a maravilha
que eu possuo, e a burrada que eu ia fazer ao vendê-la”.
A
santa Igreja é como aquela chácara. É maravilhosa, mas muitos não enxergam a
sua beleza e as suas qualidades. Precisaria vir um poeta descrevê-la para nós,
a fim de a amarmos mais. S. Pedro e S. Paulo poderiam ter defeitos, mas eles
amavam muito a Jesus Cristo e amavam muito a Igreja. Que eles intercedam por
nós a fim de termos também essas virtudes.
Maria
Santíssima é a Mãe da Igreja. Que ela nos ajude a amar a nossa Comunidade
Crista, a nossa Paróquia, a nossa Diocese e a Igreja inteira, pois ela é a nossa
Família, cujo Pai comum é Deus, e cujo chefe visível, continuador de Jesus
Cristo, é o Papa Bento 16. E que ela nos ajude também a colaborar para que a
nossa Igreja seja cada vez mais santa.
Tu
és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.
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