-CANÁ-José Salviano

SEGUNDO DOMINGO COMUM

17 de Janeiro

PRIMEIRA LEITURA

No Antigo Testamento, o Arco Iris, (fenômeno óptico no qual vemos projeção das cores primárias dos raios do Sol nos pingos de água da chuva), passou a se chamar arco da Aliança. Aliança, tratado, acordo de Deus com seu povo. A ideia de Aliança, foi inspirada na aliança do casamento. Deus é o noivo, e o seu povo é comparada a esposa. O amor da esposa nem sempre é fiel, mas o amor do esposo é fidelíssimo. O amor e a fidelidade do povo de Israel era falho, sempre havia traição, sempre o povo corria atrás de ídolos, de outros povos pagãos, tudo isso por causa da ganância pelos bens materiais . Ele, O Esposo, perdoa sempre as ingratidões da esposa, e a acolhe de novo pelo perdão. É o que acontece conosco quando caímos, e depois nos levantamos pelo sacramento da confissão.

SEGUNDA LEITURA

É o Espírito Santo que distribui os dons entre nós. Uns têm o do da palavra, outros o dom da cura, e assim por diante, dentro da comunidade, cada um tem a facilidade de fazer melhor uma certa atividade. É Deus agindo para que tudo funcione perfeitamente, uma vez que cada um dá a sua contribuição pessoal para o crescimento do todo.

É muito importante lembrar aqui, que os dons pessoais, não devem servir de exibição diante dos demais, nem para gerar clima de competição, de ciúmes, e  de desentendimentos entre nós.

O dom da voz bonita, o dom da inteligência, o dom da liderança, que lhe foi dado por Deus, por exemplo, não lhe dá o direito de olhar os demais com ar de importância, como se você fosse superior a todos. Do mesmo modo, o dom de administrar não é para você se sentir manda chuva, o melhor, o mais inteligente, e pisar nos demais os humilhando.

Muito pelo contrário, os dons que recebemos das mãos liberais de Deus, servem para promover o bem da comunidade e da sociedade, e não para satisfazer a nossa vaidade pessoal. Os méritos que recebemos devem estar à disposição dos nossos irmãos, e assim, com eles devemos ajudar a quem precisa de ajuda.

EVANGELHO

Neste Evangelho, nós estranhamos o fato de Jesus chamar a sua mãe de mulher.  “Mulher, porque dizes isto a mim?” .   Jesus olhou a sua mãe naquele momento, como uma pessoa da comunidade, a qual faz parte da esposa.  (Deus é como o noivo, e o seu povo é como a noiva). E o amor do Noivo para com a noiva ou esposa deve ser fiel, intenso, e para sempre.

Do mesmo modo, o amor da esposa deve ser fiel. Mas infelizmente, isso nem sempre acontece.

Maria é a esposa fiel da Nova Aliança.

Outro ponto de reflexão muito importante deste Evangelho é aquele que reside no fato de Jesus ter no seu primeiro milagre, transformado a água em vinho em uma festa de casamento. Este episódio não significa que Jesus estaria liberando o uso de bebidas alcoólicas sem nenhuma restrição. Mas tão somente, para que todos naquela festa se alegrassem fraternalmente, na alegria dos noivos que concretizaram a sua união para sempre.

É triste observar que a diversão principal dos adultos e também dos jovens dos tempos atuais, é se embebedar, principalmente nos fins de semana. Não tendo outra diversão disponível (cavalgada, disputas esportivas, ou atividades físicas), homens e mulheres frequentam ambientes desde os mais simples como os botecos, com ou sem música improvisada, até as atuais BALADAS, nas quais, para fugir da realidade sem Deus, e da rotina massacrante de suas vidas sem sentido, se embriagam com álcool, ou com drogas. Ou com os dois juntos. 

MINHAS IRMÃS, MEUS IRMÃOS. QUEM ESTÁ COM DEUS NÃO PRECISA RECORRER A DIVERSÕES PERIGOSAS PARA SE COMPLETAR. POIS SÓ DEUS NOS COMPLETA, DEUS NOS BASTA. EXPERIMENTE! 

É triste também observar a realidade da família nos tempos atuais. Muitos casamentos são desfeitos pela bebida. Os maridos começam a beber, e o álcool prejudica o fígado, tornando-o gorduroso. Essa enfermidade acarreta a fraqueza sexual, e por aí vem uma série de consequências: traição, brigas, tragédias, abandono, e separação, solidão, assassinato e suicídio.  Coitados dos filhos!

O excesso de álcool no organismo, afeta vários órgãos vitais: Além do fígado e da vesícula, o coração que se dilata por causa da pressão alta, e os rins que são também afetados de forma dramática ou mesmo fatal. Baço, e posteriormente pulmões, e por fim o cérebro também são danificados.

O fígado é o primeiro que sente o impacto da agressão do álcool, e começa a ficar inchado, e todos percebem o homem que mais parece uma mulher grávida. E não adianta exercícios abdominais nem caminhadas, por que não se trata necessariamente de barriga grande, mas sim, de fígado inflamado ou esteatose hepática, que pode acarretar numa cirrose mortal.  E toda mulher experiente sabe: Que atrás de uma barriga grande está um homem fraco, um homem impotente. Porque o fígado inflamado, prejudica a sexualidade do homem.

O coração de tanto se esforçar para empurrar o sangue pelos vasos obstruídos, (porque para acompanhar uma bebida sempre vem uma comida gordurosa) dilata-se na tentativa de operar a sua tarefa, e essa dilatação acaba dificultando ainda mais o bombeamento do sangue para o corpo pelo prolapso da válvula mitral. Os rins, por sua vez, são danificados, não conseguem filtrar o sangue corretamente nem expelir a água do corpo pelas vias normais, enviando-a para a pele. Uma prova disso é a coceira (pelas toxinas) nas pernas e o inchaço, pelo acúmulo de água pelo corpo.  

Em decorrência desse quadro temos como resultados, o inchaço generalizado, fadiga, cansaço, distúrbios do sono, e... A morte. 

Na festa de Caná, eles beberam para se alegrar, e beber esporadicamente não faz mal. O que nos mata aos poucos é a bebida constante, aqueles “porres” semanais ou mesmo diários.

Meu amigo. Se embebedar, se esbaldar na bebida, NÃO É APROVEITAR A VIDA, MAS SIM, DESTRUIR A PRÓPRIA VIDA. Ou seja, BEBER NÃO É CURTIR A VIDA, MAS SIM, PREPARAR A MORTE. Pare de beber enquanto é tempo. Esse será ou é o seu primeiro remédio.

         Outros casamentos são do tipo golpe do baú. Ora é ela que sendo muito bonita, casa com um rapaz rico para mudar sua vida, ora é ele que sendo mais atraente ou mais jovem que ela, se submete a uma união com um único objetivo: Melhorar a sua sobrevivência, subir na vida.  Tais uniões raramente dão certo. A insatisfação de ter ao seu lado alguém que não é realmente o seu tipo físico, ou que não está à sua altura quanto à beleza física, ou da sua idade, impulsiona ou acarreta a busca de um plano b, ou para a traição, e pode acarretar numa série de consequências, as quais terminam na separação, ou em tragédia.

         Também está em moda, um terceiro grupo, o dos mais jovens, que influenciados pela mídia, pelos amigos, pelo demônio, pela indiferença a Deus e à Igreja... Esses, nem se casam.  Juntam-se simplesmente.

         E a união sem limites desse terceiro grupo, em vez de casamento, PASSOU A SE CHAMAR DE RELAÇÃO.

         Então, quando as coisas vão mal, eles dizem: vamos discutir a RELAÇÃO...

Desse modo, parece que não teremos mais famílias, mas sim, um jovem, e uma jovem, um homem e uma mulher, vivendo ou mantendo uma RELAÇÃO! UMA convivência longe de Deus, e por isso dificilmente dá certo.

Essa é a triste realidade dos tempos atuais. E o pior, é que os pais se sentem impotentes para intervir nas decisões erradas dos filhos.

Caríssimos. Que podemos fazer para inverter esse quadro? Somos frágeis e impotentes seres humanos, mas com o poder de Deus, tudo podemos. Então vamos fazer alguma coisa para que as uniões homem-mulher sejam: Abençoadas por Deus, que não sejam apenas atração física, que o amor entre eles seja puro e eterno! Amém.

Um bom e santo domingo para você e sua família.

José Salviano.