QUARTA FEIRA DA 4ª SEMANA DO TC 03/02/2016
1ª Leitura 2 Samuel 24, 2.9-17
Salmo 21/32 “ Disse: “Sim,
vou confessar ao Senhor a minha iniquidade”
Evangelho Marcos 6, 1-6
“Os Caciques de Plantão...”
Jesus não tinha nem um cargo importante na comunidade da sua cidade
de Nazaré, onde morara na adolescência e juventude, até que deixara o lar para
formar o grupo dos discípulos. Mas todo Judeu adulto tinha o direito de
conduzir a reflexão ou homilia sobre a Palavra de Deus, proclamada diante da
assembleia. Não era Ministro da Palavra, Padre, Diácono ou catequista, porém,
falava com grande sabedoria, causando espanto e admiração nos seus conterrâneos
e em meu imaginário, vejo os “Caciques” da Comunidade alvoroçados e já se
deixando levar pela inveja pois o povão, não só se encantava com Jesus mas era
ainda beneficiado pelos seus milagres, pelo menos alguns o procuravam com Fé e
eram curados de suas enfermidades.
Os “Caciques” não admitiam que alguém vindo de fora fizesse sucesso
na comunidade, ainda que fosse alguém ali da terra. Jesus não era diplomado,
não tinha Teologia, não tinha formação acadêmica e nem tinha credencial das
autoridades Religiosas. Era simplesmente um Leigo, podia até usar da Palavra,
como a Lei lhe facultava, mas brilhar daquele jeito e ter toda aquela fama? Ah
! Os invejosos da comunidade morriam de raiva. Então começaram a tentar
diminuir a sua fama, alegando que não era nenhuma celebridade, pois era filho
do “Sêo” José Carpinteiro, e da Dona Maria, Tiago, José, Judas e Simão eram
seus irmãos, quer dizer, “primos”. Enfim, era um “Pé Rapado” ali da Vila e não
poderia jamais ser o Grande Messias prometido e anunciado pelos Profetas.
Em nossas comunidades sempre há as pessoas humildes que acolhem com
alegria e se admiram da Santa Palavra de Deus, vendo também os sinais que Jesus
vai realizando na comunidade, nos trabalhos pastorais, na catequese, nos
ministérios e na catequese, quanta sabedoria de Deus, manifestada em Jesus e
que nos chega através das pessoas que se abrem a essa graça, sejam elas leigos,
ministros, padres, ministros ou Diáconos.
Mas infelizmente há também os “Caciques”, que imitando os “Senhores
Feudais” querem ter tudo sob seu controle e de repente se sentem no direito de
monitorar até os carismas que Deus concede as pessoas para o serviço e com
isso, eles abafam e sufocam os carismas e dons, como tentaram fazer com Jesus
na sua comunidade de Nazaré.
Continuemos a nos encantar com as maravilhas que a Graça de Deus
realiza em nosso meio, mas também peçamos perdão por tantos carismas e
ministérios sufocados em nossas comunidades, por conta de tanta prepotência e
arrogância dos “Importantes” que ainda não aprenderam a reconhecer Jesus nas
pessoas mais simples....(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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