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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

A paz de Deus, excede toda a inteligência -Alexandre Soledade




Bom dia!
Era uma vez… Amo quando Deus me inspira essas histórias…
Um homem muito inteligente resolveu sair a busca do conhecimento e de uma verdadeira razão para acreditar no ser humano. Procurou a explicação em vários livros, diversas religiões, no entanto ficava cada vez mais cético. Sua relação com Deus esfriava a cada dia.
Seguindo uma pista foi parar na África, seguindo outra amanheceu na China. Desbravou de norte a sul de leste a oeste, mas nada conseguia lhe convencer.
Certo dia, enquanto banhava seus pés numa praia no Oceano Pacífico, foi surpreendido com uma garrafa de vidro que flutuava no mar. Surpreso ficou ao ver que havia um bilhete dentro da garrafa e lá dizia: “no alto do Tibet, na montanha mais alta, lá encontrará a resposta da sua longa jornada pelo conhecimento”.
Não tendo nada a perder partiu…
Escalou cada encosta, conversou com cada monge e a resposta era sempre a mesma: “Sua busca termina se não desistir”.
Aquilo o irritava, mas conseguiu ultrapassar cada obstáculo que lhe fora apresentado até chegar numa ponte de madeira quebrada. Um precipício o separava do conhecimento.
Horas e horas se passaram e ele não conseguia encontrar uma solução que o levasse para o outro lado. Lembrou então do conselho que haviam lhe dado: “Sua busca termina se não desistir”.
Resolveu descer a montanha e buscar meios para consertar a ponte, mas um empecilho não programado aconteceu: Como conseguir tábuas, cordas, pregos, ferramentas se não tinha dinheiro e tão pouco sabia a língua local? A jornada parecia impossível de ser realizada e pior que isso como voltar e dizer aos amigos que não conseguiu chegar ao fim?
Precisou então engolir o orgulho e desistir. Ao descer o monte viu um homem que sofria em virtude do frio. Agoniando e clamando por socorro, ele lhe empresta uma das suas jaquetas, faz uma fogueira, um abrigo e tenta o possível para aquecê-lo.
No dia seguinte após uma longa e fria noite no Tibet, prepara um café da manhã para que o homem ganhe forças, mas nota que ele havia sumido. Que homem ingrato! Nem sequer agradeceu o meu tempo perdido! – pensou
Não querendo desistir por completo voltou ao precipício e lá encontrou o homem que salvou na note passada, consertando a ponte. Ao terminar o agradeceu pelo gesto heróico e partiu. Não pensou duas vezes atravessou a ponte e lá do outro lado encontrou um homem.
Perguntou: Fale-me sábio senhor, pelo que vale lutar nessa vida, pois busco essa resposta há muito tempo?
O homem então lhe disse:
- Todos os dias, vem alguém aqui e me faz essa pergunta e eu lhe proponho que volte, destrua a ponte e fique esperando, pois misteriosamente Deus lhe enviará um anjo quando mais precisar. Um anjo que precisará engolir o orgulho para descer ou desistir de algo fútil, para então salvar sua vida. Esse anjo, para te salvar, terá que se importar com seu sofrimento, cuidar dos seus ferimentos e em troca você construirá uma nova ponte para que ele chegue até aqui!
Entendem o sentido?
“(…) E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus. Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco”. (Filipenses 4, 7-9)
Voltamos então a refletir que o ultimo degrau até o cume é descer do monte. Descer para subir? Sim, como o próprio evangelho de hoje nos orienta a renegar a si mesmo (nossos interesses, nossas ambições, nosso querer) sempre em prol de algo maior que seria a vontade de Deus e o bem estar daquele que esta ao meu lado. O que adianta almejar conquistar a santidade sem lutar para que outros a conseguissem? “(…) O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira”?
A santidade não advém de um ato egoísta e sim do altruísmo. A conversão é individual, mas a santidade vem do relacionamento com os irmãos e dentre eles meus familiares, amigos, trabalho, escola, (…). Ser santo na igreja é fácil, mas o que me credencia ao cume são os gestos que tenho e o desejo de ver isso realmente acontecer
Todos temos em nossos pensamentos pessoas que desejávamos que estivesse aqui neste estágio da subida. Sabemos também que algumas já estão em pontos mais altos e não mais estranharemos ao vê-las descendo para nos levantar.
A conversão ou mudança daqueles que gostamos inicia nele quando ouvem o chamado do pastor. Às vezes somente nas lágrimas que conseguimos fazer o silencio necessário para ouvi-Lo. Mesmo assim, fadigados pelo peso da nossa cruz, devemos descer para vê-lo subir. Mas cuidado! Descer não significa voltar a pecar, pois algumas pessoas, no desejo de apressar o tempo, acabam voltando a uma vida que já tinham abandonado na base da montanha (Romanos 6 ).
Bom fim de semana e um abençoado DOMINGO
Um imenso abraço fraterno.



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