Não desprezeis nenhum desses pequeninos.
Nas sociedades antigas um dos valores fundamentais
era a honra. E a desonra era fortemente temida, a ponto de muitas pessoas
preferirem morrer a cair em desonra. Uma das maiores honras era ser importante
e reconhecido, porque o individuo anônimo e desconhecido era desprezado. Jesus
muda essa maneira de pensar, e o evangelista nos mostra isso pela imagem do
“pequenino” e da “ovelha perdida”.
O pequenino, não só representa a criança que, por
sua dependência, ignorância e debilidade, era considerada insignificante.
“Pequenino” era também uma alusão a todas as pessoas simples, pacíficas e
anônimas que não tinham vontade nem meios sociais para ocupar um lugar na
escala de honras. Jesus toma como modelo cristão essas pessoas que, sem se
deixar contaminar pelos valores de sua época, colocam toda sua existência a
serviço da vida.
O mesmo ocorre com a “ovelha perdida”. O evangelho
nos recorda que na comunidade não há lugar para exclusão e para a indiferença.
Se alguém se perde, é dever da comunidade reintegrar essa pessoa perdida. Qual
é nossa atitude ante as pessoas anônimas e ante os extraviados?
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