Mt 18,21-19,1
Se neste exato momento você está magoada, magoado pelas
ingratidões do seu filho, da sua filha, do seu esposo, da sua esposa, pelas injustiças
do seu chefe de sessão, pelas atitudes injustas do seu amigo, do seu colega, pelas
discriminações sofridas, está na hora de lembrar deste trecho do Evangelho, e
perdoar aqueles que lhe têm ofendidos.
Não é nada fácil! A gente faz tudo pelos filhos, sofremos
quando eles sofrem, não dormimos quando eles estão fora de casa preocupados com
a sua segurança, em fim, doamo-nos inteiramente a eles para que sigam o caminho
certo e tenham vida em abundância, e de uma hora para outra o que recebemos? Uma
patada, um resposta atravessada, um bater de porta, ou sei lá o que mais!
Ficamos magoados! É claro. Porque os amamos muito e não esperamos respostas
desse jeito.
Se nós que somos maus e humanos ficamos magoados, Deus que
tem por nós um amor infinito, também não fica feliz com as nossas ingratidões, com
os nossos pecados. E a nossa vida é uma constante de altos e baixos. Ora estamos
no alto, em estado de graça, ora estamos em baixa, estamos em pecado, caímos nas
muitas tentações, e corremos para pedir o perdão de Deus. Porém nos esquecemos
de que para obter o perdão do Pai, precisamos perdoar aqueles que nos têm
ofendidos.
E quantas vezes devemos perdoar? Infinitas vezes. 70 x 7 quer
dizer infinitas vezes. Isto mesmo! Não tem um limite de quantas vezes eu devo
desculpar, perdoar, reatar a amizade com o meu pai, com o meu filho, com a
minha esposa, com o meu marido, com o meu amigo, etc.
Perdoamos, ou então, caso contrário, não podemos mais rezar o
Pai Nosso, no qual Jesus ensinou: “perdoai
as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Para sermos perdoados por Deus, precisamos
primeiro perdoar o nosso irmão.
Prezados irmãos. Quando perdoamos as ofensas do nosso irmão,
sentimos um alívio, retiramos um peso de cima de nós. Isso porque o rancor e a
mágoa nos fazem muito mal. O ficar de
mal com nosso amigo é como se um pedaço de nós estivesse quebrado, ou doente. Não
é nada agradável! Fica faltando alguma coisa muito importante, quando nos
desentendemos com uma pessoa que amamos, de que gostamos, ou mesmo uma pessoa
distante do nosso convívio social. Sentimos um grande mal estar que só pode ser
eliminado com o perdão. Guardar rancor e mágoa faz muito mal. Ficar recordando
as ofensas a nós feitas pelos nossos irmãos gera em nosso ser um estado de angústia,
de infelicidade muito grande. Portanto, não vale a pena ficar emburrado, de
cara fechada, negar a palavra ao seu
ofensor ou ofensora, pois isso fará efeito contrário. Em vez de castigá-lo,
isso tudo castiga a você mesmo.
Vamos! Vamos esquecer tudo! Vamos fazer as pazes, vai lá e
peça desculpas, ou se não conseguir fazer isso, faz uma brincadeira para
quebrar o gelo! Não vale a pena! Afinal, você também precisa do perdão de Deus.
Lembra?
Perdoar é divino.
J.Salviano
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