Bom
dia!
Um
ponto…
Certa
vez divagávamos sobre a vida do cacto ornamental que vive nuns potinhos
enfeitando as casas e apartamentos, dizíamos sobre ele: “(…) Quem prefere
esperar de si sem Deus é o próprio cacto. Tem tudo ou quase tudo ao seu redor e
a sua disposição, mas prefere, contrariando as expectativas, a manter os
espinhos. Tem talentos, dons, mas os esconde ou só os revela as escondidas.
Recebem todos os dias as chuvas de bênçãos dedicadas aos filhos, mas ainda
prefere ser escravo”.
Quem
assim prefere viver priva-se de ver algo ainda mais grandioso e pleno em suas
vidas que é a alegria de viver o amor que vem da fraternidade aos irmãos. “(…)
Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de
vocês seja completa”
Vamos
dar um exemplo intrigante
Vemos
duas juventudes nos dias de hoje. Uma, em virtude da competitividade, cada vez
mais, foca no futuro. Quando não esta em regime de semi-internato imposto pelas
grandes escolas visando o vestibular ou ENEM, e outra, buscando exatamente o
inverso, ou seja, “quanto menos tempo na escola, melhor”.
O que
esses pontos de vista têm haver com a reflexão de hoje? Repare que cada um dos
mundos narrados, seja do cacto, do aluno aplicado ou do desinteressado procuram
adaptar seu mundo à realidade que esperam e não a verdadeira a realidade.
Mesmo o
aluno aplicado precisa abandonar o mundo real para poder tentar êxito. É comum
vê-los longe de tudo e de todos em especial aqueles que sonham com as carreiras
mais disputadas. Sua forma de falar muda, seus hábitos acompanham a necessidade
[...]. É comum também vê-los afastados de Deus.
O aluno
que pouco se importa com o estudo vê o presente como futuro, pois não alimenta
expectativas. Cai na gandaia muito cedo, amadurece (ou seria apodrece) muito
rápido, pois se o presente é o futuro é preciso viver o hoje o mais rápido que
possível. Não tem coragem de exigir mais, pois não desejam que sejam cobrados
também. É um mundo rápido demais, que “precisa ser vivido” a toda velocidade…
Namoros rápidos, pouco amor, muita paixão… Deus também fica de fora, pois sabem
que é preciso parar e silenciar para ouvi-lo.
E o
cacto? Nossa! Essa é a plantinha que mais cresce em nossas comunidades.
São
pessoas que talvez já tenham feito faculdade, já trabalham, talvez já chefiem
suas famílias, mas que se acostumaram às facilidades (que são ótimas) ou não
tiveram experiência com o compromisso social e comunitário. Ficam em casa, não
ajudam, se negam a participar, convencer, dar exemplo… Apesar do conforto e da
umidade, recusa perder os espinhos.
Já não
são tão intempestivos ao tempo ou a velocidade ou tão pouco precisam sumir das
pessoas por um objetivo maior, então, por que não ajudam? Quem são essas
pessoas? Aqueles que vemos nas missas, encontros, grupos, que ouvem a Palavra, mas não se
sentem tocados a mudar seu jeito de ser e viver.
Reparemos
a reflexão proposta pela CNBB:
“(…) Os
mandamentos que Deus nos deu na verdade constituem-se na grande manifestação do
seu amor, POIS OS MANDAMENTOS DE DEUS NOS POSSIBILITAM A DESCOBERTA DOS VALORES
QUE PODEM FAZER O HOMEM VERDADEIRAMENTE FELIZ. O cumprimento dos mandamentos
tem dois significados: o primeiro é a correspondência ao amor de Deus que nos
amou primeiro, e o segundo é trilhar os caminhos para a verdadeira felicidade,
pois o amor faz com que permaneçamos unidos a Deus, que é a única fonte da
verdadeira alegria, a alegria plena, que é a alegria da perfeita comunhão com
aquele que nos ama com amor eterno”.
A
verdadeira felicidade é descoberta quando buscamos Deus no outro, pois somente
assim conseguiremos preencher um vazio que os lindos carrões, casas luxuosas,
TVs de plasma não conseguem completar.
Não
estou pedindo que ninguém abandone o que esta fazendo, ou dê uma guinda de 180
graus em sua rotina “(…) eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja
em vocês, e a alegria de vocês seja completa”
Um
imenso abraço fraterno
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