XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 26 de Setembro
Jesus hoje está nos pressionando a dar o nosso testemunho
na sociedade em que convivemos, mostrando com o nosso comportamento, que Ele é
o próprio Deus, que veio ao mundo para nos salvar do pecado, para que sejamos
conduzidos um dia à vida eterna.
Meu irmão, minha irmã. Jesus hoje está perguntando a
nós, o que pensamos dele. Quem é Jesus para você? Um mágico que fez truques
espetaculares? Um sociólogo? Um socialista? Ou um filósofo do tipo, Platão ou
Sócrates? Quem é Jesus?
Não nos preocupemos agora com a resposta dos demais.
Importa saber qual a minha resposta? Qual a sua resposta! O ideal seria que
cada um de nós respondesse com muita fé, com uma fé viva e operante, sem
hipocrisia. Seria maravilhoso se cada um
de nós quisesse seguir Jesus com muita fidelidade, confiança, com entrega total
e irrestrita, empenhando a nossa vida pela causa do Evangelho e do Reino de Deus.
Meus irmãos. De nada adiante eu dizer que tenho
muita fé, se na prática eu afirmo outra coisa. Será que eu seria merecedor da
vida eterna vivendo uma vida completamente fora do que digo que acredito?
Tiago em sua carta nos mostra que a prática da nossa
fé está diretamente relacionada ao nosso irmão carente, que não tem o que comer, o que vestir e nem onde se
abrigar de forma digna. Se diante de todos
na igreja eu bato no peito e afirmo que
creio em Deus Pai todo poderoso Criador do céu e da Terra assim como acredito em
seu Filho, e ao sair dali ignoro a miséria do meu irmão, na verdade eu sou um
grande mentiroso! Porque eu não pratico
aquilo que eu digo que acredito, aquilo que o Mestre me ensinou, e que até ensino
aos meus irmãos na catequese ou no sermão. E na vida real, ou seja, longe dos
meus discípulos, eu finjo que não estou vendo a mão estendida do meu irmão
miserável, suplicando por uma migalha de comida. Como posso ser salvo? Se não mato a fome do meu irmão, a minha fé
está morta. Se minha fé é desprovida de caridade, é uma fé morta.
Certa vez conheci uma senhora muito devota, que
sofria muito pelo fato de seu marido comerciante de pouquíssima fé não ser como
ela. Ele não a acompanhava nas atividades da paróquia e nem mesmo ia à missa
com ela. Essa senhora tinha um filho e duas lindas filhas, as quais viviam
muito preocupadas com o seu estado mental, e já tinham providenciado várias
consultas médicas, e feito constante tratamento. Certa noite, aquela devota senhora depois dos
seus compromissos paroquiais, não voltou para casa. O marido chegou nervoso com
problemas com um dos empregados, o filho saiu às pressas para procurar em hospitais e
na delegacia. Naquele tempo não havia celular.
A filha mais nova chorava e se descabelava, enquanto a filha mais velha, era a única que mantinha a
calma. Ela achava que a sua santa mãezinha estava dentro da igreja. A paróquia ficava há umas oito quadras da
casa daquela família, e a filha mais velha pedia ao pai para levá-la até lá. Ela sabia com quem ficava a chave, porém
o pai não acreditava na sua proposta, achando que a sua esposa havia se sentido
mal, e teria sido levada para a casa de alguma amiga...
Conclusão. Foram atrás da chave da igreja, e não deu
outra. Duas horas da manhã, encontraram a dona Maria ajoelhada no primeiro
banco, quase cochilando, pois já nem conseguia
rezar mais. Ela amava tanto o seu querido Jesus, que queria passar uma noite
inteirinha na sua presença, falando com ele. Não lhe importando todos os
transtornos e sofrimentos que aquele seu gesto pudesse causar para a sua
família.
Moral dessa história real. Nossa prática da fé não
deve ser unilateral ou mutilada. Amando
somente a Deus e ignorando o irmão. Foi o que aquela santa e beata senhora fez,
e fazia sempre. Jesus era tudo para ela. Porém, para o irmão, ela nunca tinha
tempo. Tinha dia em que ela assistia mais de uma missa, sem se importar muito
com os afazeres do lar. E ficava toda feliz, ao dizer isso para nós. Porém,
infelizmente, ela não era muito caridosa.
Caríssimos. O certo é fazermos como disse Jesus.
Amar a Deus e ao irmão. De nada adianta passar a noite rezando, e no outro dia,
não dar atenção ao irmão. Não ajudá-lo em suas necessidades, não ser cordial, nem
mesmo conversar com as pessoas do nosso
convívio. Fé assim, é uma fé sem obras. É uma fé morta ou no mínimo, incompleta.
Vivamos a nossa fé, e que ela seja completa, plena,
total e viva pela sua prática!
José Salviano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário