Sábado, Dia 04 de Agosto
Mt 14,1-12
Infelizmente o único que tenho aqui é um que você
mesmo escreveu.
Domingo, Dia 05 de Agosto
Jo 6,24-35
Quem vem a mim não
terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Este Evangelho
narra que, após a multiplicação dos pães, Jesus se retirou, mas a multidão foi
procurá-lo. Quando o encontraram, Jesus desabafou: “Estais me procurando não
porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos”.
Com essas palavras,
Jesus quis ajudar as pessoas que o procuravam avidamente, a entenderem que o
motivo era bastante egoísta e puramente material: queriam mais pão de graça.
Segundo Jesus, o povo não entendeu o principal, o motivo por que Jesus havia
multiplicado os pães, que era para provar que ele é o Deus encarnado, que sacia
todas as sedes e todas as fomes do mundo, e que portanto as pessoas precisam
crer nele. E Jesus aproveitou para dar um conselho: “Esforçai-vos, não pelo
alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que
o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com o seu selo”.
Então algumas
pessoas perguntaram-lhe: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” De
acordo com a orientação dos doutores da Lei, por esta expressão eles entendiam:
oração, jejum, esmolas, dízimos, ritos, purificações etc. Mas Jesus declara: “A
obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Percebemos que Jesus
centralizava a conversão na fé nele, na união com ele, no seguimento dele, que
é o enviado de Deus.
E alguns judeus
perguntaram: “Que sinais realizas, para que possamos ver e crer em ti?” Essa
pergunta eles sempre faziam, porque não tinham fé, pois Jesus vivia fazendo
sinais. E recordam a cena do maná, que está narrada na primeira Leitura. Jesus
responde que não foi Moisés, e sim Deus Pai que mandou o maná. E agora este
mesmo Deus lhes manda o pão verdadeiro, que é o próprio Jesus, pão fortíssimo
que, quem dele comer não terá mais fome. Este é o pão verdadeiro, do qual o maná
era apenas uma figura.
“Eu sou o pão da
vida.” A samaritana, quando ouviu Jesus dizer que é uma água viva e quem bebe
nunca mais terá sede, ela pediu: “Senhor, dá-me dessa, para que eu não tenha
mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água” (Jo 4,15). Também aqui o povo
continua interessado apenas no “terra a terra”, e pede: “Senhor, dá-nos sempre
desse pão”. Jesus estão explica: “Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê
em mim nunca mais terá sede”. Portanto, mais uma vez é um convite ao povo a
sair de interesses apenas materiais e pensar na vida eterna.
Jesus é o pão da
vida, selado por Deus Pai com a divindade e entregue às pessoas humanas para
trazer vida a todos. Mas essa iniciativa amorosa de Deus só chega a nós se
tivermos fé e praticarmos boas obras. Portanto, precisamos “esforçar-nos, não
pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna”.
Vemos uma ligação
clara entre a multiplicação dos pães, o maná e a eucaristia. Resta para nós
saciar-nos continuamente do pão da vida que é Jesus, e assim saciar a nossa
sede de paz, nossa fome de justiça, e assim construir a fraternidade na
esperança e na alegria. Precisamos viver não como os pagãos, mas como criaturas
novas, embriagados pelo Espírito que constrói a santidade verdadeira.
A febre do
bem-estar, à base do ter e consumir, é talvez o ideal mais comum na vida das
pessoas de hoje. Mas a busca do mero pão material, do ter e do gastar,
deixa-nos interiormente vazios. São interessantes as perguntas: O que é que
procuramos? Qual é o centro da nossa vida?
Havia, certa vez,
três homens super pobres que sempre iam a uma padaria pedir pão. Um dia, o dono
da padaria resolveu fazer um teste com eles. Quando os três chegaram, ele foi
lá dentro e voltou, com o auxílio dos funcionários, trazendo três sacos cheios.
Um continha pães, o outro farinha de trigo e o terceiro sementes de trigo.
Colocou os sacos na frente dos homens, explicou o que havia dentro e pediu que
eles escolhessem.
O primeiro,
apressadamente, pegou o saco de pães e foi-se embora contente. O segundo pegou
o saco de farinha e também foi embora feliz. O terceiro não teve escolha: ficou
com o saco de sementes. O padeiro perguntou se ele estava triste por isso. Ele,
com um largo sorriso, respondeu: “De modo nenhum! Pois vou plantar estas
sementes e terei pães em casa por muitos anos!” Agradeceu e foi também embora
com o saco de sementes nas costas. Este, com certeza, foi o único que não
voltou mais à padaria para pedir pães.
Deus não costuma
dar os pães já prontos, nem a farinha. Ele nos dá as sementes. “Eu sou o pão da
vida... Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá
sede”.
O centro da vida de
Maria Santíssima era o seu Filho Jesus. Santa Maria, rogai por nós.
Quem vem a mim não
terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Padre Queiroz
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