TERÇA FEIRA DA 11ª
SEMANA DO TEMPO COMUM – 19/06/2012
1ª Leitura 1Reis 21,
17 – 29
Salmo 50 (51), 3ª
“Tende piedade de mim, Senhor, segundo a vossa bondade”
Evangelho Mateus
5, 43 – 48
Jesus nesse evangelho acrescenta algo ao
Amor que vai se tornar inédito e revolucionário: o Amor que respeita a
Liberdade do outro! Claro que o amor já é perfeito em si mesmo, desde que seja
autentico, porque na sociedade há certos tipos de “amor”, mais falso do que uma
nota de Doze Reais. Mas a Liberdade torna o Amor ainda mais bonito,
poderíamos dizer que ela realça ainda mais a beleza que o Amor tem. No que
consiste amar com liberdade, exatamente em não dominar e não sufocar quem nós
amamos.
O nosso amor, diferente do amor de Deus,
é dominador, exigente, condicionado. Somos capazes de morrer por quem amamos,
desde que o outro também seja capaz de morrer por nós. O marido ama a esposa de
paixão, desde que ela sempre o ame também. A Mãe ama seus filhos, mas espera
deles uma retribuição, que sejam bons, que só lhes dêem alegrias e não
aborrecimentos, a verdade é uma só, queremos e gostamos de amar as pessoas que
são boas para nós. Dizia-me outro dia uma mãe “Olha Diácono, meus dois
filhos são uns amores, só me dão alegria, nunca me deram aborrecimento”, ou
seja, precisamos que as pessoas nos dêem boas razões para que a amemos.
Esse amor mercantilizado infesta todos
os outros amores, conjugal, filial, paternal, maternal, filial, inclusive o
modo de amar os irmãos e irmãs na comunidade, e o grande problema é que
confundimos isso com o amor Cristão, achamos que foi isso que Jesus quis dizer
com o mandamento novo “Amai-vos uns aos outros”. Esse evangelho desmascara esse
amor que é medíocre e que está muito longe do Amor de Deus. Basta que cada um
de nós se pergunte, com toda sinceridade, que motivos nós damos para que Deus
nos ame? Certamente vamos concluir rapidinho, que ao contrário, nossas
ações merecem muito mais o castigo Divino.
Por isso que nesse evangelho, ao ensinar
os seus discípulos a amarem seus inimigos, e fazer o bem aos que os
odeiam....Jesus imediatamente acrescenta “Deste modo sereis Filhos do Vosso Pai
do Céu....e no final completará “sedes perfeitos, assim como o vosso Pai
Celeste é perfeito”. Em Deus não há maldade, crueldade, espírito vingativo,
ranços e ressentimentos. Muitos cristãos ainda não pensam dessa forma porque
não experimentaram esse Amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
Quando amamos verdadeiramente as
pessoas, damos a elas a total liberdade, até de não nos amar, sem que isso
comprometa o nosso amor. É assim que Deus nos ama, a ponto de Santa Terezinha
dizer em seus escritos “Deus não nos ama porque somos bons, mas para que
sejamos bons”. Se amarmos assim, seremos verdadeiramente Filhos e Filhas de
Deus, e o nosso amor terá o aval de Deus, o selo de qualidade e o certificado
de autenticidade. Diferente disso, não conseguirá passar no “Controle de
Qualidade” final, porque diante de Deus, o que é autêntico permanece, o que é
falso se desfaz como as geleiras ao sol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário