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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E, imediatamente, a lepra o deixou. Padre Queiroz


11 de janeiro
Lc 5,12-16

E, imediatamente, a lepra o deixou.
Este Evangelho narra Jesus curando um leproso. A lepra era uma das piores doenças; não tinha cura e deformava o doente. Além disso, o povo a considerava contagiosa. Esta cura do leproso é um sinal da chegada do Reino de Deus, que vence os males do mundo e liberta as pessoas de toda miséria, reintegrando-as na sociedade. Jesus veio curar todas as nossas enfermidades: físicas, mentais e espirituais.
“Vendo Jesus, o leproso caiu aos seus pés, e pediu: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.” A fé é requisito indispensável para receber as graças de Deus. Como a fé é também uma graça, precisamos pedi-la.
“Jesus estendeu a mão, tocou nele, e disse: Eu quero, fica purificado. E imediatamente a lepra o deixou”. O contato físico significa envolvimento pessoal com o doente. Hoje há leprosos de todos os tipos. Os vícios são piores que a lepra. Mas Deus cura também os vícios.
“Vai mostrar-te ao sacerdote.” O leproso devia viver isolado da sociedade e até da família. Para ser reintegrado, após a cura, a pessoa devia apresentar-se ao sacerdote, a fim de provar que estava curado. Jesus se interessa não só pela cura, mas pela integração daquele homem na sociedade. A Boa Nova não se limita a palavras, ela trás uma mudança de convivência social. Daqui para frente não haverá mais marginalizados.
“E oferece pela purificação o prescrito.” Os judeus consideravam a lepra um castigo de Deus. Portanto, a cura significava o perdão ao leproso. Ele devia, então, fazer uma oferta no Templo em ação de graças pela purificação.
O testemunho de Jesus, neste caso da cura do leproso, foi tríplice: Curou um leproso, reintegrou-o na sociedade e tudo de graça, sem cobrar nada. Isso numa sociedade que não se preocupava em curar os doentes, mas em preservar-se do contágio deles. É semelhante à sociedade de hoje, que quer prender os “bandidos”, para livrar-se deles, sem muita preocupação em recuperá-los.
“Não digas nada a ninguém.” Jesus fazia milagres como sinais, convidando o povo à conversão ao Reino de Deus. No entanto, as pessoas estavam mais interessadas em receber curas e outras ajudas materiais. Por isso que ele pedia a não divulgação. Suas boas obras eram inteiramente gratuitas; ele não queria nenhum retorno, nem reconhecimento.
“Não obstante, sua fama ia crescendo.” O testemunho é como o perfume, ele se espalha por si. Por isso, quanto mais Jesus pedia para não contar, mais a sua fama se espalhava.
Várias vezes, Jesus comparou a si mesmo, e os seus discípulos, com a luz, o sal e o fermento. A lâmpada não chama a atenção para si mesma, mas para os objetos que ela ilumina. Nós nem nos lembramos da lâmpada, a não ser quando ela se apaga. O sal desaparece no meio da comida. E o fermento também desaparece na massa. Era assim que Jesus queria viver. No entanto o povo acabava espalhando as suas obras e as multidões a procuravam. Que Jesus nos liberte da lepra do orgulho e do desejo de ser o maior, que tanto mal causa à sociedade.
“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e se entregava à oração”. Jesus tinha ima inclinação incontida a unir-se a sós com Deus, para um diálogo, uma oração livre e descontraída. Isso acontece com muitos cristãos e cristãs que amam muito a Deus. É uma convivência semelhante à de pessoas que se amam apaixonadamente.
Certa vez, um senhor quebrou a perna e o médico a engessou. Como tinha de ficar muito tempo com o gesso, ele resolveu ir trabalhar assim mesmo. E lá se foi o homem, na rua, com a calça arregaçada de um lado e aquela perna branca, chamando a atenção.
Quando ia atravessar a rua, os carros logo paravam para que ele passasse. Quando chegava ao ponto de ônibus, era uma beleza, todo mundo dava a frente para ele. No elevador, a mesma coisa. Quando ia tomar táxi, o motorista dava a volta e abria a porta para ele.
Tempo depois, o homem sarou, o gesso foi retirado e ele começou a andar normal, como antes. Aí voltou àquela vida cruel: empurrões, buzinas quando atravessava a rua... E aquele homem sentia saudade do tempo em que tinha a perna engessada.
A sociedade do tempo de Jesus desprezava os doentes, os pecadores e os pobres. A nossa sociedade faz o contrário: é delicada com os visivelmente doentes, mas despreza o próximo, as pessoas que se aproximam de nós no meio da multidão.
Maria Santíssima era humilde e ao mesmo tempo muito atenciosa e solícita para com todos, tanto os sadios como os doentes. Santa Maria, rogai por nós.
E, imediatamente, a lepra o deixou.

Padre Queiroz


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