Dia 03 de Agosto de 2020
Evangelho de Mt14,22-36
Estamos no mês de agosto, o mês vocacional!Quem vive a sua vocação, pode dizer, que encontrou sentido para sua vida!
A vocação nos direciona ao serviço, a sermos construtores de um mundo melhor, seja na família, na comunidade e na sociedade! Quando nos colocamos a serviço da vida, já estamos respondendo a nossa vocação, nos posicionando contrários a tudo que gera morte!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos coloca na barca de Jesus, enfrentando os mesmos desafios que os primeiros discípulos enfrentaram quando tiveram, a mando de Jesus, que atravessar para a outra margem.
O texto diz, que Jesus, depois da multiplicação dos pães, mandou os discípulos entrarem na sua barca e atravessarem para outra margem, isto é, que eles fossem ao encontro de outros povos. Podemos dizer, que Jesus, já estava preparando-os para caminharem sem a presença sua física. Até então, os discípulos, eram totalmente dependentes de Jesus, não sabiam sequer, dar um passo sem Ele, o que não poderia continuar, afinal, depois de sua volta para o Pai, seriam eles, os responsáveis em conduzir a sua barca. (sua Igreja)
Em obediência a Jesus, os discípulos, mesmo inseguros, já que iam sem a presença de Jesus, entram na barca e avançam mar adentro em direção à outra margem, que significa, se dirigindo a outros povos.
Atravessar para a outra margem, foi o primeiro desafio que os discípulos enfrentaram e foi nesta travessia, que eles tiveram uma queda na fé, o que pode ser visto com naturalidade dentro da fragilidade humana.
Assim como os pais, observam seus filhos, quando eles começam a dar seus primeiros passos, Jesus observava os discípulos à distancia, Ele percebe de imediato a dificuldade deles, em concluir aquela travessia e vai ao encontro deles.
“A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas as ondas, pois o vento era contrário." Podemos tirar vários significados desta narrativa: os ventos contrários, o mar revolto, significam as dificuldades que a Igreja e todos os que abraçam a sua missionariedade, enfrentam pelo o caminho! Jesus, andando sobre as águas, vem nos dizer, que Ele está acima do mal, já, que o mar, era visto pelos os judeus, como o mal. O medo e o quase afundamento de Pedro, fala-nos da falta de fé, o que pode acontecer conosco também, quando não alimentamos a nossa fé no dia a dia.
“Coragem!” “Sou eu.” Jesus vai em direção aos discípulos andando sobre as águas, e eles demoraram reconhecê-lo! O que às vezes acontece conosco, não percebermos a presença de Jesus, naqueles que Ele envia para nos socorrer!
Quando Pedro recorre a Jesus: “Senhor Salva-me.” Jesus entra em sena e afasta o que para eles, era um grande perigo! Voltada a calmaria, os discípulos nem se derem conta de que o maior perigo que eles enfrentaram, não fora de um naufrágio, e sim, dos danos que a falta de fé pode causar numa pessoa. “Homem fraco na fé porque duvidaste?”
Assim como Pedro vacilou várias vezes na fé, nós também, estamos sujeitos a estes vacilos, mas o importante, é fazermos como Pedro: pedir socorro a Jesus: "Senhor, salva-me!"
Este episódio chama a nossa atenção, para a essencialidade da fé, sem uma fé firme com raízes profundas, não tem como viver bem a nossa vocação, afinal, a vocação é um exercício de fé!
Os discípulos, tiveram muitas dificuldades em atravessar para a outra margem, nós também, temos muitas dificuldades em atravessar os mares impetuosos do nosso interior, de sairmos de nós mesmos para irmos ao encontro do outro. (outra margem)
E se algum dia, formos surpreendidos pelas ondas dos mares revoltos da nossa vida, não tenhamos medo, confiemos em Jesus, Ele virá em nosso socorro, com uma diferença: agora, Jesus vem nos socorrer, escondido no coração de alguém, no coração de seus enviados!
Lembremo-nos: ora, somos socorridos por alguém, ora, somos socorro para alguém.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olivia Coutinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.