REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA – 25/08/20 - Mt23,23-26
“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas!”
Reflexão de Olivia Coutinho
Caros irmãos e irmãs em Cristo:
No evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, Jesus faz duras críticas aos mestres da lei e fariseus. Estes, mesmo tendo o conhecimento da Sagrada Escritura, viviam o contraste do que eles pregavam.
Fariseus e mestres da lei, haviam vindo de Jerusalém com um único objetivo: investigar Jesus, descobrir que tipo de ensinamento Ele estava passando para os seus seguidores, chegara ao conhecimento deles, que Jesus estava incitando o povo à não observância das Leis.
Ao certificarem de que os ensinamentos de Jesus, não enquadravam com os padrões religiosos estabelecidos por eles, esses adversários do projeto de Deus, começaram a tramar contra Jesus, armando ciladas com o objetivo de incriminá-lo diante do povo.
Ao contrário de Jesus, estes “líderes” não tinham compromisso com a vida, eles obrigavam o povo a cumprir preceitos, normas, rituais, que aos olhos de Deus, nada significam.
Atrás de uma falsa bondade, fariseus e mestres da lei, escondiam a dureza dos seus corações. Fechados numa mentalidade egoística, eles eram incapazes de cultivar o amor e a misericórdia em seus corações. Para impressionar o povo, eles pagavam o dízimo da hortelã, da erva-doce, do cominho, ervas que os judeus cultivavam como aromatizantes e condimentos que nem entravam no preceito mosaico do pagamento do dízimo. Eles pagavam o dízimo sobre essas ervas, com a finalidade de demonstrar um acatamento rigoroso às leis, o que era uma grande falsidade, pois a lei principal, eles não cumpriam, que é a lei do amor. O principal, eles deixavam de lado, como a misericórdia e a justiça...
A hipocrisia tão criticada por Jesus, é um mal antigo, mas que ainda atinge muitas comunidades cristãs. São muitos, os que estão dentro da Igreja, aparentando viver uma adoração constante à Deus, quando na verdade, vivem uma farsa, uma adoração a Deus que não traduz em atos concretos, em compromisso com a vida.
O texto nos leva a um questionamento à respeito da nossa fé e da nossa vivencia: estamos sendo coerentes entre o que falamos e o que vivemos?
Precisamos retirar a trave dos nossos olhos, reconhecer as nossas imperfeições e corrigi-las enquanto há tempo, antes que Jesus nos repreenda dizendo-nos: “ai de vós...”
Deus não nos olha externamente, para Deus, não importa a nossa cor, a nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa é o que somos interiormente, o que cultivamos de bom no nosso interior.
De nada adianta nossos atos externos, se eles não retratam o que na verdade somos interiormente. Aos olhos de Deus, a prática exterior, só tem sentido, quando é uma expressão do que realmente cremos e vivemos, do contrário, não passam de práticas vazias que nada significam, pois mostram o que na verdade não somos...
Deixemos que o nosso coração se encha do amor de Deus, um amor que liberta que nos torna sinal vivo da presença de Jesus no mundo.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
FIQUEM NA PAZ DO SENHOR JESUS! Olivia Coutinho
DEUS te abençoe e te ilumine. Obrigado pela reflexão.
ResponderExcluirSanta Maria, Rio Grande do Sul.