Domingo, 16 de agosto de 2020.
Evangelho de Lc 1, 39-56.
É com muita alegria que celebramos, nesse domingo, a Assunção de
Nossa Senhora! Por meio de Maria, Deus
realizou maravilhas entre nós. Assunta ao céu, ela vive a plenitude da
salvação, esperança para nós, que peregrinamos ainda nesse mundo, ela aguarda
nossa chegada junto dela e da Trindade. Esse é o destino do cristão, a glória
do céu.
O Evangelho de hoje apresenta a visitação de Maria à sua parenta
Isabel, o encontro das duas mulheres, ambas contempladas de modo especial pelo
olhar misericordioso de Deus, o qual olha para a “humildade de seus
servos e servas” (v. 48). Esse episódio do encontro entre as duas
mulheres é o da dupla anunciação: do nascimento de Jesus a Maria (cf. 1,26-38),
e de João a Zacarias (cf. Lc 1,5-25).
Assim que Maria
recebeu a visita do Anjo que lhe disse: “Alegra-te
Maria... eis que conceberás por obra do Espírito Santo”. Maria diz: “Faça-se em mim segundo a tua Palavra”.
Com essa resposta Maria se coloca a disposição de Deus, ao Plano de Deus. O
anjo lhe revelou que sua prima Isabel estava grávida de seis meses, Maria
partiu às pressas para a casa da prima para ajudá-la. O evangelho de São Lucas narra um dos mais belos encontros de amor, o
encontro de duas mães: uma se alegra com a alegria da outra e juntas agradecem
pelo dom da fecundidade! A narração deixa claro o poder infinito de Deus,
porque para Ele, nada é impossível! Ao se colocar a caminho, subindo montanhas,
levando Jesus em seu ventre, Maria torna-se a primeira discípula de Jesus!
Maria corre à casa de sua prima, desejosa de lhe comunicar sua
alegria e interessada em lhe dedicar atenções que necessitava. Esta atitude de
Maria é um exemplo para nós e nos ensina a lição da humildade. Como Maria,
precisamos ir ao encontro de nossos irmãos, visitando os parentes, ajudando-os
quando se encontram em necessidade.
Quando Maria
chegou à casa de Isabel, elas se cumprimentaram e Isabel plena do Espírito Santo
exclamou, gritando: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o
fruto do teu ventre!” (v. 42). Isabel chamou-a de ‘bendita’ porque
Maria carregava no ventre o Messias, isso fazia dela a mais ‘bendita’ entre
todas as mulheres.
O relato nos mostra também o encontro de duas crianças que estavam
sendo geradas no ventre de duas mulheres distintas! No ventre da jovenzinha
Maria, crescia Jesus, o Salvador do mundo, Aquele que daria a sua vida para nos
resgatar! E no ventre, antes estéril, de Isabel, já de idade avançada, crescia
o menino que pulou de alegria, ao sentir a presença de Jesus, João Batista o
grande profeta, o precursor, aquele que iria preparar o caminho para a entrada
de Jesus na historia da salvação.
Naquele tempo gerar filhos na mentalidade bíblica, era sinal de
bem-aventurança e bênção, era uma confirmação de que se tinha mesmo Deus a seu
favor. Logo, gerar o Messias seria prova de uma dignidade inigualável. Maria cheia de Deus cantou um
hino chamado Magnificat demonstrando toda a sua preocupação com a situação do
seu povo e toda sua esperança de libertação. No Magníficat Maria celebra a obra admirável de Deus. Um cântico
que é grandíssima expressão de louvor, de alegria e da paz que vem da presença
do Senhor no próprio coração.
Magnificat é uma palavra latina dada ao “Cântico de Maria”, é um
hino de louvor significando “engrandecer ou exaltar”. No “Magnificat” – a
Virgem Maria realça a fidelidade de Deus manifestada na história dos homens: o
Menino que ia nascer, e que já começava a ser formado em seu ventre imaculado,
primeiro sacrário da História, era o cumprimento das antigas promessas do
Senhor a seu povo.
O magnificat, o poema
que Maria cantou é uma coletânea de versos extraídos de vários livros do Antigo
Testamento, sendo inspirado no chamado “Cântico de Ana” (cf.ISm 2,1-10) E,
nesse sentido, é poema de mulheres pobres, não só por marcar o encontro de
Maria e Isabel, mas entre outras coisas, afirmar que a jovem mãe fazia parte
dos pobres de Deus. “Esse cântico foi declarado pelos documentos de Puebla o ‘espelho da alma
de Maria’, o “cume da
espiritualidade dos pobres de Javé e do profetismo da Antiga Aliança e
o prelúdio do Sermão da Montanha”.
Deus preservou
Maria da mancha do pecado original, ela foi concebida sem pecado, por isso ela
é a Imaculada Conceição. Isso quer dizer sem mancha de pecado. Deus
escolheu e predestinou Maria para ser a mãe do seu Filho, o Salvador Jesus,
portanto ela é a Mãe de Deus. Deus não quis escolher para mãe do Messias
uma rainha, escolheu uma “serva” desconhecida, pobre, humilde para ser a mãe do
Salvador.
A grandeza de
Maria consiste muito mais em fazer a vontade de Deus do que em ser sua mãe.
Maria foi totalmente aberta à Palavra de Deus. Ela era estudiosa e conhecedora
da Palavra. Disse “sim”. Por isso, Deus
nasceu no seu coração, Deus morou nela e a fez mãe do seu Filho único, Jesus.
Ela que gerou
Jesus, que deu para Ele o seu sangue, sua carne, seu corpo, que carregou no seu
ventre durante os nove meses, Ela que enfrentou todos os problemas e
dificuldades para proteger seu filho. Ela que o amamentou, ensinou-O a falar,
andar... Ela que o educou... Mãe que sempre esteve presente na vida do filho,
que acompanhou seu sofrimento na condenação e na cruz, que o acompanhou até o
sepulcro e depois da ressurreição de Jesus e da sua ascensão, Jesus pediu que
não se afastassem de Jerusalém que Ele enviaria o Espírito Santo.
Maria ficou com
os apóstolos, animando, incentivando todos a esperar e acreditar que Jesus
cumpriria a promessa. Ela uniu todos em oração esperando que o cumprimento da
promessa se realizasse. Ela estava com
eles no dia de Pentecostes (no cumprimento da promessa), quando Jesus enviou
sobre todos o Espírito Santo, fortalecendo-os, esclarecendo, recordando tudo o
que Ele havia ensinado.
Assim no início
da igreja ela estava presente, animando os apóstolos, encorajando a todos,
na missão de continuar a implantar o Reino dos Céus, que Jesus havia começado. Maria,
mulher forte, digna, sábia, sempre humilde, mulher de fé, de amor, era um ponto
de apoio para os apóstolos continuarem sua missão aqui na terra.
Agora pensemos:
uma mulher que foi tudo isso e muito mais, poderia apodrecer num túmulo, como
nós pecadores? Ser comida por vermes, a mãe do Senhor Deus? Ter seu corpo puro,
santo corrompido como qualquer um de nós? Ela que nunca pecou, ter o mesmo
destino nosso, os pecadores?
Não!!!! Ela
morreu! Jesus também morreu! Mas ele a ressuscitou e os anjos a levaram para o
céu, a isso chamamos de Assunção! (conta a lenda ou tradição: que quando alguns
apóstolos souberam do seu falecimento vieram vê-la, foram ao seu sepulcro, ele
estava vazio, havia apenas rosas com muito perfume).
Maria ocupa o
lugar que ela merece, junto da Trindade: Pai, Filho, Espírito Santo. Maria foi
coroada como rainha do céu e da terra.
Maria merece todo
o nosso amor, devoção, carinho, atenção por tudo o que Ela é. E como Maria é
nossa mãe, ela continua cuidando de cada um de nós. Ela é nossa intercessora
junto a Jesus.
A nossa devoção a
ela, deve ser em imitar suas virtudes como: obediência, humildade, fé,
disponibilidade, caridade, e sobretudo, o amor a Deus e ao próximo!
Nas horas de sofrimento e dor, de doenças, de contrariedades,
quando o desânimo quiser tomar conta de nossa vida, lembremos-nos de Maria
invocando a sua proteção materna. Sejamos agradecidos, pratiquemos a humildade
e seremos um dia exaltados e feliz na companhia de nossa Mãe do Céu. Não esqueçamos: nosso destino
é o céu, participando da glória de Cristo, da qual a Virgem Maria já participa
plenamente!
Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes
Vamos imitar Maria e que ela nos cubra com seu manto Maternal.
ResponderExcluirEu, Jair Ferreira da Cidade de Cruz das Almas, na Bahia da Diocese Nossa Senhora do Bom Sucesso, leio e reflito sobre as leituras diária dessa equipe(José Salviano, Helena Serpa, Olívia Coutinho, Dehoniamos, Jorge Lorente, Vera Lúcia, Maria de Lourdes Cury Macedo, Adélio Francisco) colocando em prática no meu dia-dia, obrigado a todos que doaram um pouco do seu tempo para evangelizar, catequizar e edificar o reino de Deus, que o Senhor Jesus Cristo continue iluminando a todos. Abraços fraternos.
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