Terça - feira, 26 de dezembro de 2017.
Evangelho: Mt 10, 17-22
O evangelista
Mateus estava preocupado com sua comunidade. Havia desavença entre os membros
da comunidade, cada um queria mostrar sua grandeza e esquecia-se do amor mútuo.
Então Mateus se volta para o ensinamento de Jesus aos seus discípulos nas
dificuldades de anunciar o Reino, àqueles que não estão com o coração preparado
para acolher a palavra.
Jesus foi
categórico com seus discípulos: “cuidado com os homens porque entregarão aos
tribunais e vos açoitarão nas suas
sinagogas” (Mt 10-17). Estes homens que não aceitam os ensinamentos que liberta, agem de forma a sucumbir àqueles que tem uma
mensagem de esperança.
Por isso o cuidado
deve ser redobrado para não cair nas ciladas.
A visão empreendedora dos homens que seguem a lei mundana não enxerga o
espírito renovador de um Deus presente que provoca mudança. Só enxergam seus interesses, o lucro, não querem ver suas
ideias contrariadas, vão agir vigorosamente para impor sua cultura.
Isso acontece
dentro da própria comunidade. Quantos líderes agem de modo individual para
aparecer? Quantos membros de comunidade
que não aceitam o novo ou não aceitam o
questionamento para melhorar a realidade da própria comunidade? Vivemos com
essa realidade cotidianamente. Olha que são pessoas que pregam a Palavra e
estão diante do altar do Senhor. Vivem uma realidade para si e esquece de viver
na coletividade.
Mateus leva esta
mensagem para o seio de sua comunidade. Quer a harmonia e a felicidade, pois
são todos irmãos e merecem a solicitude entre todos.
Mas se a
comunidade não está vivendo de acordo com os princípios de Deus, deixa o
espírito santo agir. O Espírito tem muito que falar porque é o espírito do Pai
Celestial. Este espírito tem o agrado e a bondade de Deus para revelar as
investiduras certeiras.
Para nós esse
Evangelho nos revela a insistência de abraçar o ardor do anúncio. Temos a
certeza de que nada será fácil para enfrentar os poderosos. Seus ideais não
poderão ser colocados em xeque, mas com a participação de nosso Deus, munidos
da força, da graça e da fé, nada vai impedir que o amor de Cristo não permeia
toda a situação.
São Estevão foi o primeiro
mártir por estar sempre cheio da graça e poder, fazia prodígios e grandes
sinais entre os povos. Mas sua sabedoria incomodava seus companheiros, ficaram
enfurecidos, arrastaram para fora da
cidade e começaram a apedrejar. Estevão, fiel a Cristo, olhou para o céu e viu
a glória de Deus, em gritos dizia: “estou vendo o céu aberto e o Filho do
homem, de pé, à direita de Deus” (At 7,56).
O espírito de Deus falava por ele. Tanto que enquanto Estevão era
apedrejado clamava a Senhor Dizendo:
“Senhor Jesus, acolhe o meu espírito” (At 7,59).
Assim como Mateus
falava para sua comunidade que entre os convivas poderiam encontrar
dificuldades de anunciar a Santa Palavra, muitos poderiam levar aos tribunais e
serem castigados. Por isso deve ter cuidado. Essa missão deve ser encarada com
destreza e não temer, mas ter coragem para levar a diante o projeto do Reino de igualdade.
Portanto, o
castigo da revelação da plenitude não tardará. O próprio Jesus enfrentou o
sistema engessado dos fariseus e escribas. Foi punido severamente. Mas não se
entregou! Lutou até seu último suor. Ensinou seus irmãos, mesmo pregado na cruz
e, perdoou o ladrão que estava ao seu lado.
Temos muito que
aprender com os ensinamentos de
Jesus. Mas para ter a convicção da fé é
preciso deixar o espírito de Deus agir em nossa alma.
Abraços
Claudinei M. Oliveira
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