Segunda-feira, 01 de
janeiro de 2018.
Evangelho: Lc 2,16-21
Nesta
solenidade da Santíssima Maria, Mãe de Deus, percebemos o quanto é importante
refletir o que Deus quer nos falar. Sentir a presença do Libertador e perceber
o caminho a seguir. Deixar as trevas e voltar-se para a luz.
A caminhada que
o cristão faz, encontram-se diariamente perigos. Muitos destes consomem a
vitalidade com coisas supérfluas, não acrescenta nada para o bem da caminhada.
Logo, urge apressar para descobrir os encantos divinos nas entrelinhas do dia a
dia e viver na paz. Os pastores souberam seguir a estrela e encontrar o Messias
numa manjedoura com sua família. Isso aconteceu porque tinham fé e tinham um
objetivo de não deixar que coisas mundanas entrassem em seus caminhos.
A recompensa
foi ver de perto o Menino-Deus em serenidade com o Espírito Santo purificador.
Em seu olhar percebeu o quanto sua presença reinaria um novo tempo, pois os
filhos de Israel padeciam por melhores dias; estavam sendo consumidos pela
opressão e pela maldade de uma minoria. Os filhos amados de Deus precisavam de
um homem que tinha um compromisso com a Boa Nova. Anunciar a libertação plena e
cheia de misericórdia.
Ao lado da
criança recém-nascida estava sua mãe. Serena como sempre. Calada diante do
milagre e da entrega enquanto serva de Deus. Maria refletia tudo o que tinha
passado e traçava o futuro para o menino enquanto oferta ao Pai. Símbolo de uma
comunidade que se preocupa com a vivência, Maria tem a certeza de que o Menino
seguiria a missão do Criador. Não a decepcionaria, porque em seu ventre foi
gerado o Verbo que habitaria no meio da humanidade.
Caros leitores,
como nossa Mãe foi digna de receber o Menino Deus. Como estava preparada para
enfrentar os desafios da vida. Como se mostrou dinâmica em receber os
visitantes e ouvir atentamente os desígnios de Deus através dos pastores. Maria
assumiu para sim a responsabilidade de cuidar do salvador, pois saberia que Ele
faria a diferença na sociedade.
Assim deve agir
a família unidade de Deus em nosso tempo. Os pais devem zelar pela educação
catequética dos filhos e ensinar a caminhar na estrada da vida como se fosse
levá-los ao paraíso. A família que se ama, cresce, tem um Deus amigo e
companheiro, torna-se exemplo para a sociedade.
Assim foram
José e Maria: amigos, compreensivos, dedicados e responsáveis pelo rebento.
Sabemos que estava cumprindo as promessas feitas ao povo de Deus, mas mesmo
assim, os pais agiram de modo maravilhoso enquanto família.
Nossas famílias
carecem de unidade, fortaleza, exemplo e dedicação daqueles que dispuseram a
formar uma família de verdade. Muitos casais dedicam-se ao máximo com seus
filhos: zelam, doutrinam-se, ensinam o que é o certo, mostram o caminho a ser
percorrido, ou seja, preparam os filhos para a Boa Nova. Entretanto, muitas famílias se formam por acaso, não tem
o cuidado um com o outro, vivem na discórdia, nem a igreja procuram. São
famílias a mercê do encardido. Precisa de ajuda, mas uma ajuda solidária, não
uma ajuda deselegante e cheia de moral.
O certo é que
temos o exemplo a ser seguido: a família de Nazaré. Formada por um anjo e
cuidada pelo pai Celestial, a família pobre de Nazaré venceu todos os desafios.
Não deixaram ser derrubado pelo mal. O casal se amava e tinha a certeza da
missão. Essa era a comunidade perfeita. Uma comunidade que partilhava e
agradecia junto às belezas da vida.
Quem tem Deus
no coração tem tudo. Aconteceu com Moisés ao receber o privilegio de anunciar a
Arão e seus descendentes que o “senhor te abençoe e te guarde; que o
Senhor brilhe seu rosto sobre você e seja propício para você; o Senhor te
mostrará o seu rosto e te dará paz. E chamem meu nome sobre os israelitas e os
abençoarei” (Número 6, 24-27)
Quem assume a
vida em plenitude com Deus tem seu amparo e cordialidade. Não anda nas trevas e
caminha sempre na luz. No passado o povo de Deus teve o privilegio de ser
guiado pelo Senhor com a proposta de enviar seu filho a fim de restaurar a
vida. Ele cumpriu sua promessa e continua abençoando e dando a paz.
Agora temos a
mãe da humanidade que gerou o filho abençoado e com todo carinho nos ensina a
mansidão e a serenidade de uma vida feliz. Que Nossa Senhora nos proteja e nos
cubra com seu manto sagrado, nos livrando de todo mal e nos intercedendo junto
ao seu Filho bem amado a graça de vivermos na glória de Deus.
Feliz Ano Novo
Claudinei M. Oliveira
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