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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

“O Menino crescia forte e cheio de sabedoria!” - Claudinei M. Oliveira.


Sábado, 30  de dezembro  de 2017.
Evangelho:  Lc 2, 36-40)

         Neste lindo Evangelho, Lucas da ênfase à Mulher. Uma sacerdotisa, de idade avançada, viúva que anunciava para todos,  a chegada do Menino da libertação. Ana sentia a exclusão de ser viúva, mas tinha a certeza de que a Luz gerada no ventre de uma mulher pobre viria para dar aos marginalizados a oportunidade de louvar e agradecer a Deus.
         A mulher sempre foi renegada pelo sistema político e econômico da época de Jesus. Não tinha acesso aos privilégios, somente os homens ricos tinham a liberdade de usufruir as vantagens do mundo. Contudo, mesmo o homem sobrepondo a mulher, não dando a dignidade necessária, a vida não era bom para todos. Muitas pessoas padeciam de alimentos e de necessidades básicas.
         Ana rompeu nas palavras do evangelista a barreira  do determinismo. Ela anunciou para o mundo o messias que ao voltar para Galileia “crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”. (Lc 2,40). Ana almejava a libertação da opressão em que vivia, não somente pela sua viuvez, mas por todas as mulheres oprimida de sua época.
         A mulher estava na frente dos homens em muitas ocasiões especiais. Veja  quem anunciou o Cristo Ressuscitado? Foram as mulheres. Elas cuidavam do túmulo e foram as primeiras a perceber que a pedra havia rolado do lugar. Mais uma vez não ficaram quietas, saíram correndo pelas ruas  divulgando a novidade: “Jesus não está no túmulo!  Vão lá e vejam!”
         As oportunidades devem ser para todos. Todos são filhos e filhas de Deus. Tem o mesmo direito. A exclusão social da mulher revela a pobreza da sociedade machista. Carregado de ódio maltratam as mulheres e as deixam em situação vexatória. Não percebem que Deus criou o homem e a mulher para viver na alegria e na fraternidade. Um sendo companheiro do outro, ajudando-o mutuamente. Sem a parede da exclusão.
         Logo, o menino tão esperando não seguiu a doutrina mundana. Através de suas ações provocou no seio da sociedade o equilíbrio fraternal. Sem discórdia e sem competição  entre mulher e homem  Jesus ensinou como deveria ser a vida. Na entrega e na doação homem e mulher devem viver na solicitude do discernimento do amor.
         Para afirmar que o amor mundano desagrega os filhos de Deus, na Primeira Carta de São João nos revela que “não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – as paixões da natureza, a  concupiscência dos olhos e a ostentação da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo” (1Jo 2,15-16)
         Ana sabia que no mundo não encontraria a fortaleza e nem a sabedoria para acalentar a maldade que atormentava, mas estava naquele que nasceu numa manjedoura entre animais com uma missão fantástica: dar a oportunidade para o homem da terra a destreza de conhecer o amor da luz e viver na paz de um Deus justo e conciliador.
Abraços
Claudinei M. Oliveira


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